Na quarta-feira da 2ª Semana do Advento, ouvimos a passagem do Profeta Isaías (Is 40,25-31), em que contemplamos a ação de Deus que dá coragem ao desvalido.
Haverá de ser sempre o amor de Deus, que nos impulsiona a fazer o máximo que pudermos por amor e com amor, sem jamais nos cansarmos:
“Cansam-se as crianças e param, os jovens tropeçam e caem, mas os que esperam no Senhor, renovam suas forças, criam asas como águias, correm sem se cansar, caminham sem parar” (Is 40,31)
“Ah, não fosse o Amor de Deus!” . Se não fosse o Amor de Deus há muito já não faríamos, pois força e motivação não teríamos, porque este é amor é a incrível força que nos acompanha, inflama e renova nossa alegria de nos colocarmos sempre a serviço do Reino de Deus.
O amor que nos move, motiva, impulsiona, nos leva a superar rotinas, fazendo a mesma coisa como se fosse a primeira.
De fato, “quem ama deveras nunca se cansa”. Assim é o Amor de Deus para conosco, que jamais se cansa de nos amar.
Trabalhos, atividades que se multiplicam, aparente impotência diante de tanto por fazer, e às vezes nos sentimos limitados pelo tempo que parece diminuto e o muito a fazer.
Iluminados pelos ensinamentos de dois grandes Santos, num hipotético diálogo, se perguntássemos qual o caminho para não nos cansarmos e seguirmos sempre em frente, realizando bem todas as coisas, e assim nos responderiam:
Santo Agostinho (Séc. V):
“Tenho de amar o Redentor e sei o que disse a Pedro: Pedro, tu Me amas? Apascenta minhas ovelhas (Jo 21,17). E isto uma vez, duas vezes, três vezes. Questionava-se o amor e impunha-se o trabalho, porque onde é maior o amor, menor o trabalho”.
Santa Teresa de Jesus (séc. XV):
“Procuremos sempre ir considerando estas verdades se estimulando-nos a amar. Porque, uma vez que nos conceda o Senhor a graça de que este amor nos seja impresso no coração, tudo nos será mais fácil: Fazemos grandes coisas muito depressa e com pouco trabalho”.
É admirável pessoas que por amor fazem coisas que jamais o fariam por dinheiro algum, pois por amor a Jesus, tudo vale a pena.
De fato, onde o amor é maior, menor é o trabalho e muitas coisas fazemos com alegria, bem depressa e com pouco trabalho.
O amor é a grande força que nos motiva a pequenos gestos que se tornam grandes, para gestos ainda maiores. Eis o caminho para o louvor de Deus, concretizado no amor e serviço ao próximo.
O amor é imprescindível em tudo que fazemos, pois sem ele tudo se torna difícil, de modo que, por amor a Jesus, tudo que fizermos ainda é nada diante do Seu amor sem limites:
“Deus amou tanto o mundo que entregou o Seu Filho único, para que todo o que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
E por isto, assim falou o Evangelista:
“Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.” (Jo 13,1).
Tudo fazer por amor, apenas Amor, amor que transcende todo o desejo, amor que ultrapassa todos os limites, amor que alcança o inatingível, amor cantado por Paulo aos Coríntios e a nós!
Esperamos o Senhor que veio, vem e virá, e nos deu o Mandamento do Amor a ser vivido, pois o Amor jamais passará.
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