domingo, 31 de dezembro de 2023

“Eu e minha família serviremos ao Senhor”

“Eu e minha família serviremos ao Senhor”

“A quem serviremos?”

Esta questão a família precisa se colocar todos os dias, e a resposta deve ser aquela que Josué deu naquele dia:  

“Se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses e a quem vossos pais serviram na Mesopotâmia, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Quanto a mim e à minha família, nós serviremos ao Senhor” (Js 24,15).


Sendo a família uma espécie de Igreja Doméstica, como nos ensina a “Lumen Gentium” (n.11), deve nutrir-se sempre da Divina Fonte do Amor, Jesus, que alarga os horizontes da vida, dando-lhe um novo sentido, novo odor e esplendor: odor do amor, luz que aquece e ilumina.

Ressoem em nosso coração as palavras do Bispo São João Crisóstomo (séc IV), que sugere aos jovens casados que façam este discurso às suas esposas, e que poderá também ser dito pelos cônjuges em juras eternas de amor:

“Tomei-te em meus braços, amo-te e prefiro-te à minha própria vida. Porque a vida presente não é nada e o meu sonho mais ardente é passá-la contigo, de maneira que estejamos certos de não sermos separados na vida futura que nos está reservada [...]. Ponho o teu amor acima de tudo, e nada me seria mais penoso do que não ter os mesmos pensamentos que tu tens”.

Que nas famílias haja sempre o silêncio orante, fecundo, em que as mais preciosas Sementes do Verbo, da Sua Palavra, caiam, floresçam e frutifiquem maravilhosamente, e nelas se vivam relações intensas e profundas de amor.

Deste modo, a família de fato servirá ao Senhor, e poderá dizer como Josué, quando na travessia pelo deserto rumo à Terra Prometida: “Eu e minha família serviremos ao Senhor”, porque Deus é a mais genuína e inesgotável fonte do Amor.

Inserida no Mistério de amor da Trindade Santíssima, a família viverá maior simplicidade, disponibilidade e alegria, dando cada um de sua pobreza, movidos pela oração, na mais bela e frutuosa devoção, imitando as virtudes de nossa tão querida Mãe da Igreja, Mãe das Famílias – Maria.

Perseverantes na participação da Mesa Sagrada da Palavra e da Santa Eucaristia, nossas famílias renovem a chama ardente do primeiro encontro, que o Senhor acendeu no coração de todos, e que esta jamais se apague, porque haverá de se eternizar no Céu, onde contemplaremos o Fogo Eterno do Amor de Deus, que jamais se apaga e se consome, e que apenas experimentamos. 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG