“Marta, Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas.
Uma só é necessária. Foi Maria quem escolheu a melhor
parte: ela não lhe será tirada.”(Lc 10, 41)
Trafegamos entre eles, procurando a melhor direção, superação...
As lágrimas do pranto, da partida de quem se ama, a saudade anunciada,
Trêfegos ficamos, como que sem expectativa de um novo amanhecer.
Trafegamos na Palavra, mergulhamos nela, procuramos um alento,
Um abraço, um ombro, para reerguimento, para que a dor seja levada pelo vento.
Trêfego pela falta do tempo necessário para o muito fazer,
Trafegando sem fôlego entre uma atividade e outra, sôfrego...
A pós-modernidade, com a impressionante mudança de época,
Nela trêfegos também ficamos, incertos, vorazes de segurança...
Mudança de época, trafegar entre as novidades que se multiplicam,
Sem perder a certeza e convicção das verdades que são eternas.
Sôfregos ficamos, porque por vezes acorrentados pelas trevas do erro,
Mais felizes seríamos se trafegássemos sob a luz da Verdade.
Trêfegos porque nos inquietamos por tantas coisas,
Quando tão apenas uma é necessária, e Maria soube escolher.
Trêfegos, aprendamos com Maria aos pés do Senhor se assentar,
Para a Voz do Amado Jesus, suavemente ouvir, forças renovar.
Não mais trefegamos como Marta, mas com o coração sereno,
Porque também soubemos parar, a alma em repouso colocar...
Façamos nossas as palavras do Bispo Santo Agostinho:
“Fizeste-nos para Ti e inquieto está nosso coração enquanto não repousa em Ti.”
Sigamos trafegando entre os acontecimentos, sempre iluminados
Pela Divina Palavra, menos trêfegos, mais serenos.
Que nosso coração no Senhor encontre a paz. Amém.
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