domingo, 17 de dezembro de 2023

“Exultemos de alegria” (IIIDTAB)

                                                 


 “Exultemos de alegria”

A vida cristã consiste num permanente peregrinar na penumbra da fé, rumo ao horizonte da eternidade, com renovados compromissos com a Boa-Nova do Evangelho de Jesus Cristo.

Enquanto peregrinamos, rezamos como o Salmista: “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria”. Fez, faz e fará sempre, porque a Sua misericórdia, caridade e amor são para sempre.

Chegamos ao final de mais um ano marcado por peregrinação incansável e necessária, e exclamamos como o Salmista: “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria” (Sl 125, 3).

Vivemos situações difíceis, momentos tristes, como vemos todos os dias nos noticiários; a crise no mundo da política, em todos os níveis; crise econômica, marcada pelo aumento da inflação e, consequentemente, do desemprego; a trágica situação de milhões de refugiados etc.

Peregrinando, temos que despir as vestes de luto e aflição, e nos revestirmos com os adornos da glória vinda de Deus, cobrindo-nos com o manto da justiça que vem de Deus, como nos fala o Profeta Baruc (Br 5, 1-2.5).

Peregrinando, também podemos perceber sinais da manifestação da ação divina através de pessoas de boa vontade, em gestos de amor, de partilha e de solidariedade, multiplicados em favor da vida plena e da paz.

Peregrinando, podemos dizer: “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria”, por fatos tão significativos que manifestam a força e a ação divina, que nos acompanha sempre.

Exultemos de alegria no Senhor:

- pela graça do testemunho de doação e fidelidade ao Senhor de nosso Papa, bispos, padres, religiosos, religiosas, seminaristas;

- pela perseverança dos cristãos leigos e leigas, nas mais diversas atividades, formações;

- pela solidariedade das comunidades em diversos momentos de morte de parentes e amigos queridos, ou em situações emergenciais e locais;

- pela assídua participação ativa, consciente e piedosa do Povo de Deus nas Eucaristias Dominicais, e também nos dias feriais, alimentando-se com o Pão da Palavra e da Eucaristia;

- pela participação de todos na celebração dos Sacramentos da Igreja;

- pelo empenho em viver as obras de misericórdia corporais e espirituais, como expressão concreta de nossa fé, esperança e caridade.

Há muitos outros sinais e por isto repetimos com o Salmista: “Chorando de tristeza sairão, espalhando suas sementes; cantando de alegria voltarão, carregando seus feixes” (Sl 125, 6).

Olhemos para frente, temos muito ainda para semear. Ainda não é o tempo da colheita. Ainda temos muito que peregrinar na penumbra da fé.

Ainda é o tempo do combate, até que um dia mereçamos a coroa da glória alcançar. Temos que aprender a peregrinar com os profetas, com Maria, a Mãe de Jesus, com os magos que foram adorar o Menino Deus.

Somente quem se põe a caminho, somente quem tem coragem de peregrinar, com a presença da graça, força, ternura e luz divinas, é que sabe que o semear não é em vão, a colheita é certa, ainda que outros colham. 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG