terça-feira, 28 de outubro de 2025
“Peregrinando na penumbra da Fé”
Lavemos nossas vestes no Sangue do Cordeiro
Em poucas palavras...
Povo santo e pecador
“«Enquanto que Cristo, santo e inocente, sem mancha, não conheceu o pecado, mas veio somente expiar os pecados do povo, a Igreja, que no seu próprio seio encerra pecadores, é simultaneamente santa e chamada a purificar-se, prosseguindo constantemente no seu esforço de penitência e renovação» (Lumen Gentium n.8).
Todos os membros da Igreja, inclusive os seus ministros, devem reconhecer-se pecadores (1Jo 1,8-10). Em todos eles, o joio do pecado encontra-se ainda misturado com a boa semente do Evangelho até ao fim dos tempos (Mt 13,24-30).
A Igreja reúne, pois, em si, pecadores abrangidos pela salvação de Cristo, mas ainda a caminho da santificação:
A Igreja «é santa, não obstante compreender no seu seio pecadores, porque ela não possui em si outra vida senão a da graça: é vivendo da sua vida que os seus membros se santificam; e é subtraindo-se à sua vida que eles caem em pecado e nas desordens que impedem a irradiação da sua santidade.
É por isso que ela sofre e faz penitência por estas faltas, tendo o poder de curar delas os seus filhos, pelo Sangue de Cristo e pelo dom do Espírito Santo» (São Paulo VI).” (1)
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 827
Todos somos chamados à Santidade
Mas o que é ser santo?
Quantos degraus subi ou desci na escada da Santidade?
A ação evangelizadora à luz das Bem-Aventuranças
Os Santos contemplam a glória dos céus
De que lhes servem nossos elogios? Os Santos não precisam de nossas
homenagens, nem lhes vale nossa devoção. Se veneramos os Santos, sem dúvida nenhuma, o interesse é nosso, não deles. Eu por mim, confesso, ao recordar-me deles, sinto acender-se um desejo veemente.
Em primeiro lugar, o desejo que sua lembrança mais estimula e incita é o de gozarmos de sua tão amável companhia e de merecermos ser concidadãos e comensais dos espíritos bem-aventurados, de unir-nos ao grupo dos patriarcas, às fileiras dos Profetas, ao senado dos Apóstolos, ao numeroso exército dos mártires, ao grêmio dos confessores, aos coros das virgens, de associar-nos, enfim, à comunhão de todos os Santos e com todos nos
alegrarmos.
A assembleia dos primogênitos aguarda-nos e nós parecemos indiferentes! Os Santos desejam-nos e não fazemos caso; os justos esperam-nos e esquivamo-nos.
Enquanto isto não sucede, nossa Cabeça não como é, mas como Se fez por nós, se nos apresenta. Isto é, não coroada de glória, mas com os espinhos de nossos pecados.
- O primeiro desejo: gozar de tão amável companhia,e por isto, Ressuscitados com Cristo, busquemos as realidades celestes, com gosto pelas coisas do alto.
- O segundo desejo: que Cristo, nossa vida, tal como a eles, também apareça a nós e, nós, juntamente com Ele, apareçamos na glória.
Para tanto, exorta-nos para que cobicemos esta glória, contando com a intercessão dos Santos, e tê-los como companhia enquanto vivemos o tempo do combate, enquanto peregrinamos no tempo presente, é para nós motivo de júbilo e certeza de vitória.
Na fidelidade ao Senhor, temos Santos e Santas que viveram a graça do Batismo; lavaram suas vestes no Sangue do Cordeiro; alvejaram-nas; viveram as Bem-Aventuranças como um Projeto de Vida que o Senhor nos apresentou na montanha, e hoje veem a face de Cristo, contemplam a glória de Deus na comunhão com o Santo Espírito.







