A morte cede lugar à vida!
Urge que sementes de paz sejam plantadas, para que todos tenham vida, e a tenham em plenitude, com o Reino de Deus comprometidos, e que Jesus reine em nosso coração e em todo Universo.
Num contexto de dor, sofrimento, lágrimas, luto, o profeta Ezequiel enfrentou o exílio, a deportação, a desolação, com o desafio de plantar a esperança no coração de quem em nada mais crê, nada mais espera...
O que são “ossos ressequidos” (cf. Ez 37,12-14) senão a sinalização de que já não há esperança?
Entretanto, como Ezequiel, o Apóstolo Paulo na segunda leitura (Rm 8.8-1) e o próprio Senhor no Evangelho, ressuscitando Lázaro, reacendem em nós a esperança, pois o Espírito de Deus tudo vivifica (Jo 11,1-45):
“Vou abrir os vossos túmulos e deles vos farei ressuscitar, ó meu povo.” (Ez 37, 12);
“Ele, que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo Seu Espírito que habita em vós.” (Rm 8,11);
“Eu sou a Ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, ainda que tenha morrido, viverá.” (Jo 11,25).
Muitas vezes em nossa existência passamos por situações de desespero em que tudo parece ruir, a vida parece perder todo o seu sentido.
Pode ser a morte de alguém muito querido, o enfraquecimento de laços familiares, a indesejável e sofrível traição de um amigo ou alguém que tenhamos em alta estima, a perda de um emprego, a solidão devoradora que se prolonga com as horas, a falta de perspectivas e objetivos, o vazio da alma, o desencanto com o outro, e outras inúmeras situações com “matizes sepulcrais”.
Quando parece não haver mais esperança, Deus lança a mais preciosa semente da vida e tudo então se renova, floresce, frutifica.
Em Deus e com Deus há esperança de que as coisas novas virão: a morte cederá lugar à vida; a violência à paz; a dor ao prazer; o luto à Ressurreição; o sacrifício, acompanhado de eternos louvores, à eternidade!
É preciso sair do sepulcro e avançar, dando um decidido passo ao encontro da Vida Plena que só Jesus pode nos oferecer.
É n’Ele que esta promessa se cumpre, é n’Ele que somos arrancados das sepulturas da vida e da sepultura da morte; é no Seu Espírito Santo, derramado sobre nós, que o Pai nos vivifica. Jesus nos devolve o sentido derradeiro de nossa existência.
Não podemos sucumbir, curvar-nos diante da morte e muito menos nos fecharmos num sepulcro sem futuro e sem esperança.
Bem sabemos que vivemos num mundo que procura desesperadamente a vida, a felicidade...
Numa época como a nossa, em que se tem sede de um sentido para a existência, Jesus se apresenta a nós como a própria Ressurreição e a Vida, Aquele que tem coração, rosto, voz e Amor sem fim!
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