Semana Santa: o desígnio divino e a liberdade humana
Na quarta-feira da Semana Santa, ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 26,14-25), que nos apresenta os momentos que antecederam à Paixão e Morte do Senhor: O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito d’Ele. Contudo, ai daquele que O trair.
Oremos:
Senhor Jesus, na traição de Judas vemos o entrelaçamento dos desígnios de Vosso Pai e o livre agir de cada um de nós.
Senhor Jesus, não podemos negar que Judas agiu livremente, pois seu gesto foi prenunciado por Vós e consumado quando chegou a Sua Hora.
Senhor Jesus, reconhecemos o quão perigoso é brincar com nossa própria liberdade, e não a vermos como um dom, cujo reto agir é uma conquista.
Senhor Jesus, quanto nos afastamos de nossa realização, quando não a vivemos como fruto de correspondência à graça divina.
Senhor Jesus, não nos permita acostumar com a graça, sem que em nós nada se transforme, e com isto danos irreparáveis.
Senhor Jesus, que não nos acostumemos com a Eucaristia, com o Rosário, com a Vossa presença em nós, sem em nada nos transformarmos.
Senhor Jesus, afastai de nós todo esvaziamento dos Mistérios que cremos e celebramos, e que devem ser vividos, e em nossa vida ressoados, corações e vidas transformados.
Senhor Jesus, concedei-nos a graça de celebrar e viver a Semana Santa como a mais trágica celebração da liberdade humana, em seu mistério mais profundo.
Senhor Jesus, afastai de nós a tentação do livre e irrevogável não de Judas a Vós, e a vivermos o livre e irrevogável sim que destes à vontade do Pai. Amém.
PS: Fonte de pesquisa: Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.327
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