sexta-feira, 29 de março de 2024

Imitar Jesus na vida e na morte sempre!

                                                                

Imitar Jesus na vida e na morte sempre!

Sejamos iluminados pelo texto “Do Livro sobre o Espírito Santo”, de São Basílio Magno, Bispo (Séc. IV).

"O desígnio de nosso Deus e Salvador em relação ao homem consiste em levantá-lo de sua queda e fazê-lo voltar, do estado de inimizade ocasionado por sua desobediência, à intimidade divina.

A vinda de Cristo na carne, os exemplos de Sua vida apresentados pelo Evangelho, a Paixão, a Cruz, o Sepultamento e a Ressurreição não tiveram outro fim senão salvar o homem, para que, imitando a Cristo, ele recuperasse a primitiva adoção filial.

Portanto, para atingir à perfeição, é necessário imitar a Cristo, não só nos exemplos de mansidão, humildade e paciência que Ele nos deu durante a Sua vida, mas também imitá-Lo em Sua morte, como diz São Paulo, o imitador de Cristo:

'Tornando-me semelhante a Ele na Sua morte, para ver se alcanço a ressurreição dentre os mortos' (Fl 3,10).

Mas como poderemos assemelhar-nos a Cristo em Sua morte?
Sepultando-nos com Ele por meio do Batismo.

Em que consiste este sepultamento e qual é o fruto dessa imitação?

Em primeiro lugar, é preciso romper com a vida passada. Mas ninguém pode conseguir isto se não nascer de novo, conforme a Palavra do Senhor, porque o renascimento, como a própria palavra indica, é o começo de uma vida nova. Por isso, antes de começar esta vida nova, é preciso por fim à antiga.

Assim como, no estádio, os que chegam ao fim da primeira parte da corrida, costumam fazer uma pequena pausa e descansar um pouco, antes de iniciar o retorno, do mesmo modo, era necessário que nesta mudança de vida interviesse a morte, pondo fim ao passado para começar um novo caminho.

E como imitar a Cristo na Sua descida à mansão dos mortos?
Imitando no Batismo o Seu sepultamento. Porque os corpos dos batizados ficam, de certo modo, sepultados nas águas.

O Batismo simboliza, pois, a deposição das obras da carne, segundo as palavras do Apóstolo:

'Vós também recebestes uma circuncisão, não feita por mão humana, mas uma circuncisão que é de Cristo, pela qual renunciais ao corpo perecível. Com Cristo fostes sepultados no Batismo' (Cl 2,11-12).

Ora, o Batismo, por assim dizer, lava a alma das manchas contraídas por causa das tendências carnais, conforme está escrito:

'Lavai-me e mais branco do que a neve ficarei'(Sl 50,9). 

Por isso, reconhecemos um só Batismo de salvação, já que é uma só a morte que resgata o mundo e uma só a ressurreição dos mortos, das quais o Batismo é figura”.

Somos convidados a imitar Cristo na mansidão, humildade e paciência que são atitudes que marcaram Sua vida. Imitá-Lo na Sua morte, assumindo o Mistério da Paixão e Cruz, de modo que se morrermos com Ele, com Ele também ressuscitaremos e poderemos celebrar a verdadeira Páscoa do Senhor em nossa vida. 

Eis a Boa Nova do Batismo que um dia recebemos: A semente de imortalidade!

Deste modo, urge que o imitemos, num amor incondicional, numa fidelidade expressa da mesma forma!

Reflitamos:

-  Quais são as atitudes de Jesus que devo intensificar mais em minha vida?

--- De que modo me configuro a Cristo no Mistério de Sua Paixão e Morte?

- -  O que significa morrer com Cristo para ressuscitar com Ele concretamente na vivência do meu Batismo?
- 
- - O que me falta ainda para uma rica e frutuosa preparação para a Celebração da Páscoa do Senhor?

Oremos:

"Concedei, ó Deus, ao vosso povo que desfalece, por sua fraqueza, recobrar novo alento pela Paixão do Vosso Filho. Que Convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Amém".

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG