sexta-feira, 29 de março de 2024

O Mistério da Cruz e o encontro de três Amores

O Mistério da Cruz e o encontro de três Amores

“Deus não quis poupar Seu próprio Filho,
mas o entregou por todos nós” (Rm 8, 32)


Contemplemos o Mistério da Vida, Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo:

“Na fraqueza do Filho, que se deixa atraiçoar e crucificar, revela-se o poder do Seu amor ablativo e do Pai que O ressuscitará. A Glória de Deus manifesta-se então ao através do insucesso” (1)

De fato, Ele que tinha condição divina, despojou-se totalmente de tudo, experimentando a fragilidade da condição humana, suportando a dor, a agonia, o abandono, a flagelação, a paixão e Morte.

Assim o fez porque viveu um amor oblativo, na doação e entrega de Sua Vida por amor de Deus, livremente, a fim de que nos redimir e nos reconciliar com Deus, purificando-nos de toda infidelidade e de todo o pecado.

Amor que ama até o fim. Amor que ama, simplesmente ama, a fim de gerar, no coração dos que ama, o bem, o belo, a verdade, a alegria, pois é próprio do Amor de Deus querer sempre o melhor para nós, ainda que não o mereçamos, porque pecadores o somos.

Amor que suporta o aparente insucesso, o aparente gosto da derrota na Cruz, mas que tem sabor de vitória, porque pelo Pai foi Ressuscitado, envolvido pela ação do Espírito Santo, amor que O acompanhou em todos os momentos.

Este é o Mistério da Cruz: o encontro de três Amores, como nos disse Santo Agostinho: o Pai, o eterno amante, o Filho, o eterno amado, e o Espírito, o eterno Amor.

Unamo-nos ao Mistério da Paixão e Morte do Senhor, para com Ele também ressuscitarmos, e então cantaremos o Aleluia Pascal, na Noite Santa tão esperada.


(1) Lecionário Comentado - Volume Quaresma/Páscoa - Editora  Paulus  - Lisboa - 2009 - p.287

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG