A terceira aparição do Ressuscitado
Aprofundando a riquíssima linguagem simbólica do Evangelho (Jo 21, 1-19), vemos que João nos apresenta a terceira aparição do Ressuscitado em três grandes partes: a pesca, a refeição e a investidura de Pedro.
Os sete Apóstolos voltam à sua atividade quotidiana:
Sete indica totalidade – uma Igreja toda em missão.
Pescar revela a missão da Igreja – pescar aqueles que se encontram mergulhados no mar do sofrimento e da escravidão.
Noite sem nada pescar – noite como tempo das trevas, da escuridão, da ausência de Jesus. Sem Jesus tudo é um fracasso irremediável - “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo, 15,5).
Êxito da pesca – garantida pela presença do Ressuscitado e confiança em Sua Palavra.
Rede com 153 peixes – número marcado pelo simbolismo – resultado da soma dos 17 primeiros algarismos – 10 + 7 = totalidade, todos os peixes conhecidos. Significa a plenitude e a universalidade da Salvação.
O discípulo amado reconhece Jesus, o Ressuscitado – amar é condição para reconhecer Sua presença.
Comer com os discípulos – prefigura-se a Eucaristia – “Os pães com que Jesus acolhe os discípulos em terra são um sinal do Amor, do serviço, da solicitude de Jesus pela Sua comunidade em missão no mundo: deve haver aqui uma alusão à Eucaristia, ao Pão que Jesus oferece, à vida com que Ele continua a alimentar a comunidade em missão” (1)
Concluindo, somos enviados ao mundo para o resgate de humanidade, do mar do sofrimento e da escravidão. Nisto consiste “sermos pescadores de homens”.
É Páscoa!
Pelo Senhor fomos escolhidos, amados, enviados.
Por Ele assistidos, acompanhados, nutridos.
A Ele toda fidelidade, entrega, amor e doação.
Com Ele, servir, testemunhar, nossa missão.
Amar e seguir, seguir e amar.
Amar e servir, Servir e Amar.
Amar o Amado sempre, em fidelidade ao Pai,
que nos enviou o Santo Espírito de Amor.
Amém. Aleluia! Aleluia!
(1) Fonte: www.dehonianos.org
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