Dilemas, inquietações e segredos de quem escreve…
Em meio às múltiplas atividades pastorais, e outras emergências na vida de um bispo, dedico tempo para escrever e chegar até quem precisa de uma reflexão, um texto, uma homilia, algo que seja como um bálsamo para as feridas, sustento para o caminho.
Nesta atividade aparecem os dilemas, inquietações, afinidade com o sopro do Espírito, atenção para os clamores que emergem dos mais simples, o momento, os desafios diversos que não podem exilar-se dos olhos, ouvidos, mente e coração de quem escreve.
O que acontece com aquele que escreve?
Às vezes vou escrever uma coisa,
E acabo escrevendo sobre outra.
Tem coisas que não dá para entender,
Muito menos para explicar…
Coisas de quem escreve com o coração,
Coisas de quem escreve por divina inspiração,
Coisas de quem escreve, às vezes, sem ela!
Nem sempre vem a inspiração querida…
Fazer o que?
Limites próprios e humanos de nossa fragilidade,
Isto é o que nos faz belos aos olhos de Deus:
Reconhecer nossos limites, imperfeições…
Necessitados de contínuas e múltiplas conversões!
Acertamos mais quando
Suplicamos a divina inspiração!
Somente com ela nos expressamos claramente
E adentramos alma e coração.
Luz divina que, inexoravelmente, o quarto escuro
De minha mente e meu coração obscuro, ilumina…
Luz divina, que inextinguível, mais que desejável:
Arde, aquece, inflama… Consome-se e nunca termina!
Que os dilemas e inquietações sejam minhas santas preocupações no cuidado do “rebanho”.
Que façamos de cada dilema uma possibilidade de abertura e crescimento.
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