“O festim do triste adeus”
Ouvimos na segunda-feira da Semana Santa, a passagem do Evangelho de João (Jo 12,1-11), em que Jesus seis dias antes da Páscoa foi a Betânia, onde morava Lázaro, aquele a quem havia ressuscitado dos mortos.
A passagem que retrata o festim do triste adeus de Jesus aos amigos antes de Sua Morte, apresenta-nos cinco personagens que nos convidam a reflexão, sobretudo nesta Semana Santa, a Semana Maior.
A primeira é Maria, que tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos. O Evangelista diz que a casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo.
Maria exalta e presta sua homenagem, numa atitude de generosidade que brota de seu coração sensível e amoroso.
Como quê, há uma prefiguração da instituição da Eucaristia em que o Senhor lavará os pés dos discípulos, e ainda mais, o sepultamento que em breve haveria de acontecer.
O segundo é Judas, que numa atitude de mesquinhez desdenha o gesto de Maria, revelando-se um mentiroso, com a insinuação de que seria melhor socorrer os pobres com aquele valor, mas na verdade seria para roubar o valor possivelmente oferecido. No entanto, o esbanjamento deplorado por Judas é aprovado por Jesus.
O terceiro personagem são os chefes dos sacerdotes que se revelam intolerantes com Jesus, e queriam matar não somente Jesus, mas também Lázaro.
O quarto personagem é o próprio Lázaro que por causa de seu testemunho, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.
O último é o próprio Jesus, o Servo Sofredor que contemplamos na primeira Leitura proclamada do Profeta Isaías (Is 42,1-7).
Participemos deste festim e vejamos com quem nos identificamos:
- Com a generosidade de Maria que oferece o melhor que tem para o amigo Jesus?
- Com Judas, que pauta a vida pelos interesses mesquinhos, apropriando-se até mesmo do que não lhe pertence?
- Com os chefes dos sacerdotes que queriam matar Jesus, em absoluto fechamento e rejeição a Sua Pessoa e Boa Notícia?
- Com Lázaro, o ressuscitado que mais do que um amigo, uma corajosa testemunha de Jesus Cristo, que tem poder sobre a vida e a morte?
- E de que modo nos configuramos a Jesus Cristo, o Servo Sofredor, que na fidelidade ao Plano de amor do Pai, foi fiel até o fim, mesmo sacrificando a própria vida, no Mistério de Sua Paixão e Morte na Cruz, mas por Deus Ressuscitado?
Oremos:
“Concedei, ó Deus, ao vosso povo que desfalece por sua fraqueza, recobrar novo alento pela paixão do vosso Filho. Por N. S. J. C., na unidade do Espírito Santo. Amém.”
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