A consolação divina

A
consolação divina
“Bendito
seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação” (2 Cor
1,3)
Jesus
assim nos falou no Sermão da Montanha ao nos apresentar a terceira
Bem-aventurança: “Bem-aventurados os
aflitos, porque serão consolados” (Mt 5, 5).
Esta
Bem-Aventurança nos remete ao Apóstolo Paulo (2 Cor 1,1-7), na qual ele nos
fala de Deus como “o Pai das
misericórdias e Deus de toda consolação” (2 Cor 1,3).
Acompanhado
de uma bênção, o Apóstolo agradece a Deus que “gratifica com as Suas consolações àqueles que estão aflitos por causa
do Evangelho, para que eles sejam por sua vez anunciadores da consolação”
(vv.3-7). (1)
Em
poucos versículos menciona nada menos do que dez vezes a palavra “consolação”.
Esta consolação consiste na “libertação
interior” diante da dor, com a certeza da presença do Pai de misericórdia
que sustenta a quem sofre, e assim “o
sofrimento é embebido de amor e serenidade” (2)
O
Apóstolo tendo experimentado a misericórdia e bondade divinas, aprendeu a ser
também ser instrumento destas para com seus irmãos: “Paulo agradece a Deus não só porque foi consolado, mas porque agora
sabe como consolar” (3).
Da
mesma forma, como discípulos missionários do Senhor, haveremos de comunicar aos
outros a experiência de amor vivida em relação ao próximo: “A experiência é convincente, porque transmite alguma coisa de vivo, de
pessoal” (4).
Deste
modo, suportar com maturidade e confiança o sofrimento com Cristo, permite que
aprofundemos a solidariedade e alcancemos a promessa da consolação que nosso
Senhor fez, e sejamos bem-aventurados.
Ressoe também o Salmo 33, com seu refrão que, por vezes,
retomamos na Celebração da Ceia Eucarística, ao apresentar o Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo: “Provai e
vede quão suave é o Senhor!”.
(1) Lecionário Comentado – Tempo Comum – Volume I – Editora Paulus –
Lisboa – p.479
(2) (3) (4) Missal Cotidiano – Ed Paulus – p.874
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