Tempo do Advento: a conversão necessária
Nas passagens do Evangelho (Mc 1,1-8; Mt 3,1-12; Lc 3,1-6), João Batista, uma voz a gritar no deserto, anuncia a proximidade da concretização do Reino, por isto, sua palavra é um forte grito profético que chama à conversão:
“Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo” (Mt 3, 1). E ainda: “Esta é a voz que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas” (Mt 3, 2).
Todos precisamos de conversão, pois podemos, também hoje, nos considerarmos religiosos (como se julgavam os fariseus e os saduceus), mas permanecermos longe de Deus.
Podemos nos purificar com ritos, deles participar, mas sem nada corrigir e reorientar a própria vida, sem ressonâncias no agir cotidiano, sem nada nos transformar e renovar.
Também podemos cair no risco de reduzir nossa oração a intensos monólogos com Deus, acompanhado de demasiado silêncio imposto a Ele, e com isto caímos no vazio, ficamos desorientados e desmotivados.
Neste Tempo do Advento, ouvindo a voz de João Batista, o precursor do Salvador, no deserto, ponhamo-nos em atitude de conversão, procurando viver na simplicidade de vida, na demolição de tantos ídolos e cultos desviantes que nos afastem do Deus Vivo e Verdadeiro.
Purifiquemo-nos através de orações autênticas, múltiplas formas de religiosidade puras e purificadoras.
Deste modo, Deus não ficará aparentemente perto, apenas nas palavras vazias de conteúdo; e ficará bem mais perto de nós, do que nós de nós mesmos, então será o Verdadeiro Natal do Senhor que vamos Celebrar e mais um ano por Ele iluminado, caminhar com fidelidade, a cruz cotidiana, com renúncias necessárias, compromissos com o Reino jamais adiar.
Fonte inspiradora: Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa – 2011 - PP 86-87


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