domingo, 31 de dezembro de 2023

Que a família seja um santuário da vida!

                                           

Que a família seja um santuário da vida!

Quantos problemas enfrentam as famílias em cada tempo, sobretudo no tempo presente! Falar da família, investir em sua santificação nunca será demais. Por mais que invistamos na solidificação e santificação da família ainda será pouco.

Sejamos enriquecidos pela reflexão da Constituição Pastoral “Gaudium et spes”  do Concílio Vaticano II (1962-1965) sobre a Santidade do Matrimônio para uma iluminada e fecunda presença da Igreja  no mundo de hoje.

“O homem e a mulher, que pelo pacto conjugal já não são dois, mas uma só carne (Mt 19,6), prestam-se mutuamente serviço e auxílio, experimentam e realizam cada dia mais plenamente o senso de sua unidade pela união íntima das pessoas e das atividades.

Essa união íntima, doação recíproca de duas pessoas, bem como o bem dos filhos exigem a perfeita fidelidade dos cônjuges e sua indissolúvel unidade.

O autêntico amor conjugal é assumido no amor divino. É guiado e enriquecido pelo poder redentor de Cristo e pela ação salvífica da Igreja, para que os esposos sejam conduzidos eficazmente a Deus e ajudados e confortados na sublime missão de pai e mãe.

Por isso os esposos cristãos são robustecidos – e como que consagrados – por um Sacramento especial para os deveres e dignidades de seu encargo.

Exercendo o dever conjugal e familiar em virtude desse Sacramento, imbuídos do Espírito de Cristo, que lhes impregna toda a vida com a fé, a esperança e a caridade, aproximam-se cada vez mais da própria perfeição e mútua santificação e, assim unidos, contribuem para a glorificação de Deus.

Em consequência, tendo à frente os próprios pais com o exemplo e a Oração familiar, os filhos e todos os que convivem no círculo da família encontrarão mais facilmente o caminho de humanidade, salvação e santidade.

Mas os cônjuges, providos com a dignidade e o dever da paternidade e maternidade, cumprirão diligentemente o ofício da educação, sobretudo religiosa, que, em primeiro lugar, complete a eles.

Como membros vivos da família, ao seu modo colaboram os filhos para a santificação dos pais. Retribuirão, com efeito, os benefícios dos pais de alma agradecida, com piedade e confiança e os assistirão nas adversidades e na solidão da velhice como convém a filhos.

Seja honrada por todos a viuvez, assumida com fortaleza de ânimo em continuidade com a vocação conjugal. Assim a família comunicará generosamente suas riquezas espirituais também às outras famílias.

E a família cristã patenteará a todos a presença viva do Salvador no mundo e a autêntica natureza da Igreja pelo amor dos cônjuges, pela fecundidade generosa, pela unidade e fidelidade, e pela amável cooperação de todos os membros, porque se origina do matrimônio, imagem e participação no pacto de amor entre Cristo e a Igreja”.

Neste pequeno texto quantas coisas evidenciam aos nossos olhos como valores sagrados da família e para a Igreja, na fidelidade ao Senhor:

- A unidade do matrimônio;
- A indissolubilidade;
- O amor que faz ambos tornarem-se uma só carne;
- A fidelidade entre os cônjuges, com os cônjuges;
- A fidelidade na missão de primeiros educadores na fé dos filhos, por Deus, confiados; missão assumida com carinho e incansável dedicação...

Ciente das dificuldades que as famílias enfrentam, bem como dos ventos contrários que contra ela sopram, uno-me àqueles que não cederam às proclamações de sua derrocada e falibilidade;  àqueles que acreditam que nunca criarão algo que a substitua.

Família, apesar de todas as limitações não ficamos sem ela. Que ela seja um espaço vital de educação, formação, semeadura das boas sementes que frutificarão.

Que nela se aprenda a viver os  valores e princípios que nos acompanharão por toda a vida, pois a ausência deste aprendizado tem terríveis consequências...

Embora não consiga saber e dizer tudo o que se passa na família, acredito que esta pequena parte do Documento, bem como a reflexão pessoal que a acompanha, poderá ser mais um raio de luz...

Que seja ao menos um alento nesta dura missão; um suave sopro do Espírito, sobretudo para as famílias que mais precisam!

Indubitavelmente, novos horizontes para a humanidade passam pelo que por ela fazemos no presente, sabendo reler as sombras e luzes de seu passado.

Não é porque dificuldades existem na família que podemos mergulhar na incredulidade da missão de santificá-la e da construção de uma nova sociedade.

Sem incredulidade e sem romantismos estéreis em relação à família!

Mas muita Oração e investimento
na formação, santificação e solidificação da família
que tem Cristo e Sua Palavra como Rocha,
na Sua escuta e vivência, para que ela seja santo
espaço de harmoniosa convivência! 

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