quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Reavivar a fé sempre

                                              


Reavivar a fé sempre

Uma reflexão para um mergulho mais profundo na vivência de uma autêntica fé, sobre as exigências no seguimento de Jesus, à luz do Evangelho (Lc 14, 25-33):

- Sem liberdade interior radical não há como seguirmos Jesus. Não há autêntico discípulo missionário sem esta liberdade, com seus complementos mencionados:

“Seguir Jesus é uma aventura, cujas implicações devem ser ponderadas com sabedoria. O discípulo entrega-se completamente na relação com o seu Senhor, a sequela exige uma liberdade interior radical...”

Que nossa fé não perca o ímpeto dos primeiros momentos, jamais perca a necessária lucidez:

“As palavras do Evangelho de hoje podem parecer duras, mas são salutares, são um antídoto contra o risco de uma certa habituação própria de uma vida de fé que perdeu o ímpeto dos momentos originários e que se adapta facilmente aos costumes, perdendo a lucidez de uma avaliação crítica”.

- Jesus Cristo e Sua Palavra têm que ocupar o primeiro lugar em nosso coração sempre: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça e tudo mais vos será acrescentado...”

“Recordam que a nossa vida de fé é autêntica quando cristo ocupa o primeiro lugar no nosso coração, e obrigam-nos constantemente a verificar quando isso acontece, confessando os nossos espaços de autossuficiência e de desatenção à Palavra de Deus... O primeiro lugar cabe só a Deus e à sua Palavra, o seu Filho Jesus, o qual não é alternância a afetos, relações e compromissos humanos, antes é critério decisivo quanto ao modo de se viver tudo isso”.

Sendo Cristo o centro e ocupando Ele o primeiro lugar em nossa vida, nossa fé não é uma quimera, ilusão, fuga, alienação, mas uma práxis concreta a ser vivida na comunidade e no mundo:

“Se Cristo ocupa o primeiro lugar, a fé torna-se práxis, e não só realidade ideal. Mas, para se tornar práxis, deve ser ao mesmo tempo força que educa e determina o mundo dos afetos e das sensibilidades orientado para os bens criados, não para os inibir, mas para o endereçar para aquilo que é prioritário (virtude da temperança” (Leccionário Comentado p.  720 – 721)

Avaliemos a nossa fé e o nosso compromisso cristão:

- Que lugar o Senhor e Sua Palavra ocupam em nossa vida?
- Qual o ímpeto de nossa fé?
- Com que ardor a vivemos?

A nós descei a divina luz, em nossas almas acendei o Amor de Jesus! Agora e sempre. Amém.

Concluamos com esta Oração da Liturgia Armênia:

“Que a labareda do Vosso Amor derramado sobre
a terra, sobre as nossas almas, acenda-se
e purifique os pensamentos dos nossos corações.
Resplandeça a luz do Vosso conhecimento,
desperte-nos do sono da morte e
inflame o nosso espírito com o Vosso fogo”



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