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quarta-feira, 26 de junho de 2024
O coro dos Profetas
Vivamos a Palavra do Senhor
Jônatas, modelo de amigo verdadeiro! Existirá ele em minha vida?
Quando Saul pronunciou sentença de morte contra Davi, Jônatas não abandonou o amigo. Por que deve morrer Davi? Que culpa tem? Que fez ele? Tomou sua vida em suas mãos e feriu o filisteu e tu te alegraste. Por que então irá morrer? A tais palavras, louco de cólera, o rei tentou transpassar Jônatas, com a lança contra a parede, ameaçando aos gritos: Filho de mãe indigna, bem sei que gostas dele para vergonha tua, confusão e infâmia de tua mãe. Depois vomitou todo o veneno sobre o coração do jovem, acrescentando incentivo à sua ambição, alimento a inveja, estímulo à rivalidade e a amargura...
Jônatas, o moço cheio de afeição, guardou o pacto da amizade, forte contra as ameaças, paciente contra o furor, desprezou o reino por causa da amizade, esquecido das glórias, bem lembrado da graça. Tu serás rei e eu serei o segundo depois de ti. Esta é a verdadeira, perfeita, estável e eterna amizade, aquela que a inveja não corrompe, suspeita alguma diminui, não se desfaz pela ambição. Assim provada, não cede; assim batida não cai; assim sacudida por tantas censuras, mostra-se inabalável e, provocada por tantas injúrias, permanece imóvel. ‘Vai, então, e faze tu o mesmo’ ”.
Todos desejamos que haja “Jônatas” em nossa vida! Mas não basta querer a amizade de Jônatas, antes, é preciso empenhar-se em ser Jônatas na vida de alguém.
terça-feira, 25 de junho de 2024
Discípulos do Divino Mestre em busca da perfeita sintonia
Discípulos do Divino Mestre em busca da perfeita sintonia
Sejamos iluminados pelo Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão, escrito pelo bispo São Gregório de Nissa (séc. IV).
“São três as coisas que manifestam e distinguem a vida cristã: a ação, a palavra e o pensamento. Das três, tem o primeiro lugar o pensamento. Em seguida, a palavra, que nos revela o pensamento concebido e impresso no espírito.
Depois do pensamento e da palavra vem, na ordem, a ação, realizando por fatos o que o espírito pensou.
Portanto, se alguma coisa na vida nos induz a agir ou a pensar ou a falar, é necessário que o nosso pensamento, a nossa palavra e a nossa ação sejam orientadas para a regra divina daqueles nomes que descrevem a Cristo, de modo a nada pensarmos, nada dizermos e nada fazermos que se afaste do seu alto significado.
Então, o que terá de fazer aquele que se tornou digno do grande nome de Cristo, a não ser examinar diligentemente os próprios pensamentos, palavras e ações, julgando se cada um deles tende para Cristo ou se lhe são estranhos?
De muitas maneiras operamos este magnífico discernimento. Tudo quanto fazemos, pensamos ou falamos com alguma perturbação, de nenhum modo está de acordo com Cristo, mas traz a marca e a figura do inimigo, que mistura a lama das perturbações à pérola da alma para deformar e apagar o esplendor da joia preciosa.
O que, porém, está livre e puro de toda afeição desordenada, relaciona-se com o Autor e Príncipe da tranquilidade, o Cristo.
Quem d’Ele bebe, como de Fonte pura e não poluída, as suas ideias e os seus sentimentos, revelará em si a semelhança com o princípio e a origem, tal como a água na própria fonte é igual a que corre no límpido regato e á que brilha na jarra.
De fato, é uma só e mesma a pureza de Cristo e a que se encontra em nossos espíritos. Mas a pureza de Cristo brota da fonte, enquanto a nossa dela flui e chega até nós, trazendo consigo a beleza dos pensamentos para a vida.
Portanto, a coerência do homem interior e do exterior aparece harmoniosa, quando os pensamentos que provêm de Cristo guiam e movem a modéstia e a honestidade de nossa vida”. (1)
Reflitamos sobre a nossa vida cristã autêntica, para encontramos a perfeita sintonia entre pensamento, palavra e ação, de tal modo que reavivemos e consolidemos nossa vocação e eleição.
Procuremos sempre esta perfeita sintonia, de tal modo que quanto maior for, mais autêntica vida cristã, e ressoando as palavras do Bispo, que a “lama das perturbações” não se misture à pérola de nossa alma, apagando o esplendor divino que em nós habita.
O Cardeal Martini (Vida Pastoral nº 266) nos apresenta quatro atitudes que, se verdadeiramente vividas, realizarão a premente necessidade de sintonia entre o pensar, falar e agir, assegurando-nos criatividade e autenticidade como discípulos missionários de Jesus Cristo:
I. A Leitura orante da Bíblia – diariamente, nutrir-se pela Palavra de Deus, para que os pensamentos, por ela, sejam iluminados, expressos em palavras e gestos. O maior bem que se possa desejar e alcançar.
II. O autocontrole – a vontade de Deus há de prevalecer sobre as próprias vontades, com disciplina, renúncia, acrisolamento, amadurecimento, despojamento, desprendimento; alcançando o amadurecimento no discipulado, afastando toda possibilidade de esgotamento e vazio existencial.
III. O Silêncio – Mais do que nunca, é necessário afastar-se da insana escravidão do barulho e das conversas, muitas vezes, inúteis e desnecessárias. Dedicar, ao menos, meia hora por dia para o silêncio e meio-dia a cada semana para pensar em si mesmo, refletir e rezar. Aparentemente inviável e impossível, mas é preciso dar o primeiro passo.
IV. A Humildade – O Espírito Santo é o verdadeiro protagonista da Evangelização. Há de se ter a consciência de que sem o sopro do Espírito nada somos e nada podemos. Dele procedem todos os dons e a graça para que consigamos viver o que falamos, falar o que pensamos e pensar o que rezamos.
A credibilidade da Igreja está relacionada ao seu testemunho do indizível Amor divino, sem incoerências execráveis, na mais perfeita fidelidade Àquele que é a Perfeitíssima Coerência: Cristo Jesus, Nosso Senhor; entranhados em Seu coração e envolvidos pelos laços de Sua indispensável ternura.
A triplicidade vivida é fundamental para o alcance da autêntica felicidade, de modo que, a sua ausência abre espaço para incoerências, infidelidades, contratestemunhos e escândalos, enfraquecendo o conteúdo da Palavra Divina que anunciamos, do Projeto do Reino que acreditamos e do Mistério que celebramos.
Reflitamos:
- Como alcançá-la?
- Qual o caminho para encurtar eventuais distanciamentos entre o que pensamos, falamos e fazemos?
Concluo: quer pensemos, quer falemos, quer façamos qualquer coisa, façamos em nome do Senhor Jesus.
A vida cristã será cada vez mais autêntica, quanto mais encurtemos a distância entre o que pensamos, falamos e agimos, sempre dentro dos propósitos do Evangelho, para melhor correspondermos ao que Deus espera de cada um de nós. Amém!
(1) Liturgia das Horas – Vol. III – pp.354-355.
Falar com sabedoria, ensinar com amor
Falar com sabedoria, ensinar com amor
Ó Deus, fortalecei nossa paciência e tolerância, como discípulos do Vosso Filho, com a presença do Santo Espírito, na espera da Parusia, do novo céu e da nova terra, comprometidos com um mundo mais fraterno, justo e solidário, em que não haverá mais dor, luto, morte e sofrimento.
Concedei-nos a graça de sermos sábias e corajosas testemunhas da Vossa Misericórdia e compaixão, que recompensa os pacientes e perseverantes no carregar da cruz de cada dia, com suas renúncias necessárias.
Dai-nos o dom da perseverança para o testemunho de uma fé adulta, edificando uma comunidade marcada pelas relações fraternas, superando todas as sombras de murmurações e lamentações de uns contra os outros.
Ajudai-nos a viver uma caridade operosa, com dedicação e alegria, assim como fizeram Vossos profetas e amigos, Jeremias, Jó e tantos outros, ao longo de toda a História da Salvação.
Concedei-nos a mansidão para não nos lamentarmos uns dos outros, pois quem julga e condena será por sua vez julgado e condenado, e o juiz está à porta, Vosso Filho, que veio, vem e virá gloriosamente.
Inspirai-nos para falarmos com sabedoria e ensinarmos com amor (cf. Pr 31,26), com sinceridade e clareza e necessária transparência na vida comunitária, no testemunho de cada palavra pronunciada.
Iluminai nossas palavras e o diálogo, pois são os instrumentos mais oportunos para construir relações verdadeiras e duradouras, mas que podem, também, destruir aquilo que se construiu com muito tempo e muito sacrifício.
Conduzi-nos, para que a verdade de nossas palavras e ações dispensem os juramentos, de modo que quem ouvir um “sim” ou um “não” saberá que nada há a ser acrescentado, tirado ou subentendido, como já nos alertara o Vosso Amado Filho (Mt 5,33-38). Amém.
Fonte inspiradora: Carta de São Tiago (Tg 5,9-12)
Entre o caos e o êxtase
Sem lamentações inúteis
Com o Bom Jesus, sigamos em frente
Com o Bom Jesus, sigamos em frente
“O amor de Cristo nos impele”
(2 Cor 5,14)
Jubileu vivido, beleza da vida contemplada
Na obra da criação e suas criaturas,
Vida da Fonte de nossa plena existência, adorado,
Jesus, o Amado Senhor Bom Jesus.
Com Ele, encontro envolvente e indizível,
Na Palavra proclamada e na Eucaristia,
No silêncio, nos cantos e louvores,
E no coração de cada irmão e irmã.
A noite escreveu mais uma página,
O sol desponta no alto do céu no horizonte,
Seus raios rasgam a escuridão novamente,
E vou seguir em frente, não posso parar.
Há mares a atravessar, ventos contrários,
Naufrágios aparentes e medo no coração,
Com a presença serena do Senhor, confiar
Com Sua Palavra, coragem e necessária travessia.
Meio do dia, sol a pino, as horas vão se passando,
Cada um pode ter na face o brilho das lágrimas,
E seus reflexos, revelam os revezes por que possamos passar,
Peçamos que o calor da ternura do Bom Jesus às seque.
Em todo o tempo, o Senhor conhece nossas fraquezas,
Compreende nossas quedas, e dores da alma cortantes,
Pois viveu em tudo, como nós, a condição humana,
Exceto o pecado, redimindo-nos para sempre.
Ao cair da tarde, o sol se põe atrás das verdes montanhas,
E a cada instante, cenários indizíveis com cores e contrastes,
Com a promessa de que no outro dia, sem dúvida, voltará,
Brindando-nos com sua luz, brilho e calor.
O cair da tarde, também em nossas vidas se repete,
Deixando na memória seus cenários,
Com paisagens de ternas lembranças ou não,
Mas em todas elas o Bom Jesus conosco compartilhou.
Já é noite, não há mais a luz do sol,
A noite com o luar e o brilho das estrelas,
Tempo do recolhimento necessário com sonhos e sonos
Descanso, forças a recuperar, para um novo dia recomeçar.
No céu, sol posto, mas em todo o tempo o Sol Nascente,
O Senhor Bom Jesus nos envolve com Sua ternura,
E com Ele, um novo dia poderemos sempre contar
E Seu amor, luz, alegria e paz ao mundo testemunhar.
PS: 237º Jubileu do Santuário Bom Jesus de Matosinhos - Conceição de Mato Dentro - MG. - de 13 a 24 de junho de 2024.
Consagração ao Bom Jesus
Consagração ao Bom Jesus