sábado, 29 de junho de 2024

Jesus: “O Cristo de Deus"

 


Jesus: “O Cristo de Deus"
 
Na passagem do Evangelho de Mateus (Mt 16, 13-19), em que Jesus pergunta aos discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” e “E vós, quem dizeis que  Eu sou?” (Mt 16,13.15), e que podemos também contemplar na passagem do Evangelho de Lucas (Lc 9,18-24).
 
Reflitamos sobre dois temas fundamentais da vida cristã: Cristo e a Igreja, a partir da pergunta de Jesus: “Quem sou Eu para vós?”.
 
A passagem do Evangelho pode ser dividida em duas partes: a primeira, mais cristológica, ou seja, Jesus é o Filho de Deus; e a segunda, mais eclesiológica, pois retrata a missão da Igreja confiada a Pedro por Jesus.
 
Jesus interrogando sobre a Sua identidade não quer medir a Sua quota de popularidade, ao contrário, quer tornar tudo mais claro para os discípulos, para uma consciente adesão; e, assim, confirmá-los na missão, confiando a Pedro, em primeiro plano, esta missão de conduzi-los, por isto lhe são entregues as chaves do Reino para ligar e desligar.
 
Este é o real simbolismo da entrega das chaves, mencionado no Evangelho: Jesus nomeia Pedro como administrador e supervisor da Igreja, com autoridade para interpretar Suas palavras, bem como de adaptar os ensinamentos às novas necessidades e situações, e de acolher ou não novos membros na comunidade.
 
Também nós somos interpelados por Jesus: “Quem sou Eu para vós?”.
 
A resposta deve contemplar a realidade: alguém que é mais do que um homem, um ídolo, um revolucionário, uma pessoa de sabedoria incomum...
 
A nossa resposta tem que ser a de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”.
 
Ele é o esperado, que traz vida para o tempo presente e todo tempo; e mais que isto, para a eternidade.
 
Somos convidados, na renovação de nossa fé, a fortalecer nossa pertença à Igreja, revigorando a dimensão profética e missionária de nossa fé, sem desânimos, fraquezas e esmorecimentos:
 
“No nosso mundo, onde tudo aparece sempre provisório e discutível, uma caminhada de fé, sólida precisa de uma referência clara. Por isso, o serviço de Pedro e dos seus sucessores é preciso e deve ser acolhido como uma dádiva.” (1)
 
Como discípulos missionários do Senhor, abismados pelo Amor de Deus, a quem glorificamos e tributamos toda a honra, glória, poder e louvor, porque possui toda ciência, riqueza, poder, sabedoria, continuemos o caminho que iniciamos no dia de nosso Batismo.
 
Bem falou o então Papa Bento XVI sobre este convite de renovação do encontro pessoal com Jesus Cristo, quando tomamos a decisão de nos deixar encontrar por Ele, de procurá-Lo, dia a dia, sem cessar:
 
−“Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”  (cf. n. 7 da EG).
 
Mais que uma resposta, renovação e adesão e fortalecimento para a missão de discípulos missionários, para que construamos uma Paróquia com um rosto novo, em contínua conversão, para que seja comunidade de comunidades, em que se sacia do Pão da Palavra, da Eucaristia e da Caridade.
 
Oremos:
 
Pai Santo, fonte de sabedoria,
Que no testemunho humilde do Apóstolo Pedro
Colocastes o fundamento da nossa fé,
Concedei a todos os homens a luz do Vosso Espírito,
Para que, reconhecendo em Jesus de Nazaré,
O Filho do Deus vivo, se tornem pedras vivas
Para a edificação da Vossa Igreja. Amém.
 
 
PS: Fonte de pesquisa - www.Dehonianos.org/portal
(1) Lecionário Comentado – p. 183 
 

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