domingo, 30 de junho de 2024

Anéis de uma mesma corrente

                                                    

Anéis de uma mesma corrente

Celebrando a Solenidade de São Pedro e São Paulo, renovaremos a alegria de nossa pertença à Igreja, pela graça do Batismo, como pedras vivas que somos, como bem escreveu o Apóstolo Pedro:

“Do mesmo modo, também vós, como pedras vivas, constituí-vos em um edifício espiritual, dedicai-vos a um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pd 2,5).

O Apóstolo Paulo também assim escreveu:

“Portanto, já não sois estrangeiros e adventícios, mas concidadãos dos Santos e membros da família de Deus. Estais edificados sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas, do qual Cristo Jesus a Pedra angular. N’Ele bem articulado, todo o edifício se ergue como santuário santo, no Senhor, e vós, também, n’Ele sois coedificados para serdes habitação de Deus, no Espírito” ( Ef 2,19-22).

Deste modo, podemos afirmar que “São Pedro e São Paulo são os últimos dois anéis de uma corrente que nos une ao próprio Cristo.

Em certo sentido, nossa comunhão com Jesus passa através deles. Nós celebramos, por isso, a festa dos ‘fundadores’ de nossa fé, dos antepassados do povo cristão.” (1).

Assim como São Pedro e São Paulo, continuemos a missão de Jesus, tão expressivamente como eles o fizeram, chegando ao ápice do martírio, culminando com o derramamento do sangue, em plena fidelidade a quem os chamou, Jesus Cristo, morto e Ressuscitado, Aquele que agora vive e reina em todo o Universo e em todos os povos.

Eles, colunas mestras da Igreja; nós, pedras vivas amadas e escolhidas por Deus neste edifício espiritual, em que Cristo é a Pedra angular.

Eles, os dois últimos anéis da corrente, nós, humildes anéis que, se não unidos a eles e a Cristo, sucumbimos diante das dificuldades e na fidelidade do carregar da cruz, não alcançando a graça da contemplação da face divina, um dia, na glória da eternidade, após termos vivido o bom combate da fé.

Digamos para nós mesmos: como é bom ser um anel, um simples anel nesta corrente inquebrável, indestrutível, que começamos a fazer parte no momento de nosso Batismo.


(1) O Verbo Se fez Carne – Raniero Cantalamessa - Editora Ave maria -  p. 837.

Nenhum comentário:

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG