quinta-feira, 31 de julho de 2025
“Cuidemos de nossa casa comum”
“Cuidemos de nossa casa comum”
Com estas ações, que não exigem grande esforço, ao mesmo tempo em que cuidamos do Planeta, estaremos fazendo bem a nós mesmos e aos outros, e, com isto, exercitando a caridade fraterna.
O Senhor revigora a nossa fé
O Senhor revigora a nossa fé
Reflexão à luz da passagem da Carta de São Pedro (1Pd 1,6-9):
“Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações. Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira – mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo – e alcançará louvor, honra e glória, no dia da manifestação de Jesus Cristo. Sem ter visto o Senhor, vós O amais. Sem O ver ainda, n’Ele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação”
A Carta é dirigida aos cristãos das cinco províncias romanas da Ásia menor, e tem como objetivo a exortá-los para que vivam a fidelidade ao Senhor, apesar de toda provação, perseguição e incompreensão.
O discípulo missionário não está livre de aflições e provações, como o próprio Senhor já alertara no Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados” (Mt 5,5); “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos Céus. Bem-Aventurados sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim” (Mt 5,10-11).
A autenticidade, solidez, luminosidade e fecundidade da fé somente são alcançadas quando ela for provada, e assim se torna “mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo” (1Pd 1,7), e como também podemos ler no Livro do Eclesiástico: “Meu filho, se te ofereceres para servir o Senhor, prepara-te para a prova. Endireita teu coração e sê constante, não te apavores no tempo da adversidade. Une-te a Ele e não separes a fim de seres exaltado no teu último dia. Tudo o que te acontecer, aceita-o, e nas vicissitudes que te humilharem sê paciente, pois o ouro se prova no fogo, e os eleitos, no cadinho da humilhação” (Eclo 2,1-5).
É preciso nas contrariedades do cotidiano, sobretudo se inevitáveis, manter a esperança, confiar no amor de Deus, que nos envolve e nos impulsiona, para que jamais recuemos no testemunho da fé, no revigoramento da caridade, virtudes divinas que nos movem, permanentemente, na fidelidade ao Senhor, com a força e presença do Espírito Santo, dom de Deus, e todos os dons que possam nos enriquecer.
Vivamos na solidariedade, alegria, coerência e fidelidade na adesão feita ao Cristo Ressuscitado, em total identificação com Aquele a quem amamos, mesmo sem ter visto, pois Ele é o Cristo que, por amor, Se entregou ao Pai em favor de todos nós.
Nisto consiste a fé: crer no poder e presença do Senhor, ainda que não O tenhamos visto, mas n’Ele acreditamos, como também nos disse o Senhor, quando Se manifestou aos discípulos, dirigindo a Tomé estas palavras: “Porque viste creste. Felizes os que não viram e creram!” (Jo 20,29).
Tão somente deste modo, beberemos de uma fonte genuína e inesgotável de alegria, que é o próprio Senhor Jesus Cristo, que nos ama e nos garante vida plena e feliz, a salvação, e com Ele, chegaremos à glória da Ressurreição.
Concluamos com as palavras do Salmista: “O Senhor nos sacia com a fina flor do trigo. E nos farta com o mel que sai da rocha” (cf. Sl 81,17), e assim, satisfeitos e felizes somos, não obstante às provações e dificuldades que tenhamos que enfrentar e superar.
A esperança da vida plena e feliz
"Salve, Rainha”
“A montanha azul”
O Reino dos céus é como uma rede lançada ao mar
- O que pedimos quando dizemos: “Venha a nós o Vosso Reino”?
Rezando com os Salmos - Sl 70 (71)
Vós sois minha esperança, ó Senhor
“–1 Eu procuro meu
refúgio em Vós, Senhor:
que eu não seja envergonhado para sempre!
–2 Porque sois justo, defendei-me e libertai-me!
Escutai a minha voz, vinde salvar-me!
–3 Sede uma rocha protetora para mim,
um abrigo bem seguro que me salve!
– Porque sois a minha força e meu amparo,
o meu refúgio, proteção e segurança!
–4 Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio,
das garras do opressor e do malvado!
–5 Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança,
em Vós confio desde a minha juventude!
=6 Sois meu apoio desde antes que eu nascesse,
desde o seio maternal, o meu amparo:
para Vós o meu louvor eternamente!
–7 Muita gente considera-me um prodígio,
mas sois Vós o meu auxílio poderoso!
–8 Vosso louvor é transbordante de meus lábios,
cantam eles Vossa glória o dia inteiro.
–9 Não me deixeis quando chegar minha velhice,
não me falteis quando faltarem minhas forças!
–10 Porque falam contra mim os inimigos,
fazem planos os que tramam minha morte
–11 e dizem: 'Deus o abandonou, vamos matá-lo;
agarrai-o, pois não há quem o defenda!'
–12 Não fiqueis longe de mim, ó Senhor Deus!
Apressai-Vos, ó meu Deus, em socorrer-me!
–13 Que sejam humilhados e pereçam
os que procuram destruir a minha vida!
– Sejam cobertos de infâmia e de vergonha
os que desejam a desgraça para mim!
–14 Eu, porém, sempre em Vós confiarei,
sempre mais aumentarei Vosso louvor!
–15 Minha boca anunciará todos os dias
Vossa justiça e Vossas graças incontáveis.
–16 Cantarei Vossos portentos, ó Senhor,
lembrarei Vossa justiça sem igual!
–17 Vós me ensinastes desde a minha juventude,
e até hoje canto as Vossas maravilhas.
–18 E na velhice, com os meus cabelos brancos,
eu Vos suplico, ó Senhor, não me deixeis!
–19 Ó meu Deus, Vossa justiça e Vossa força
são tão grandes, vão além dos altos céus!
– Vós fizestes realmente maravilhas.
Quem, Senhor, pode convosco comparar-se?
=20 Vós permitistes que eu sofresse grandes males,
mas vireis restituir a minha vida
e tirar-me dos abismos mais profundos.
–21 Confortareis a minha idade avançada,
e de novo me havereis de consolar.
–22 Então, Vos cantarei ao som da harpa,
celebrando Vosso amor sempre fiel;
– para louvar-Vos tocarei a minha cítara,
glorificando-Vos, ó Santo de Israel! –
–23 A alegria cantará sobre meus lábios,
e a minha alma libertada exultará!
–24 Igualmente a minha língua todo o dia,
cantando, exaltará Vossa justiça!
– Pois ficaram confundidos e humilhados
todos aqueles que tramavam contra mim.”
O Salmo 70(71) é uma súplica ao Senhor, no qual se deposita toda
a confiança desde a juventude, e descreve as maravilhas realizadas por Ele:
“O salmista afirma
que sua vida foi um louvor contínua a Deus. Agora, velho e é perseguido, não
sente abalada sua confiança em Deus, cujo poder e justiça deseja cantar à
geração seguinte.” (1)
O Apóstolo Paulo, na Carta aos Romanos, exorta que sejamos
alegres na esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração (Rm
12,12).
Concluo com as palavras de Santo Agostinho:
“Ó Senhor! Sem ti, nada;
contigo, tudo [...].
Sem nós, Ele pode
muito ou, melhor, tudo;
nós sem Ele, nada”.
(1) Comentário da Bíblia
Edições CNBB – p.784
Não nos curvemos diante das dificuldades...
Concluímos com as palavras do Apóstolo Paulo “Tudo posso n’Aquele que me fortalece.” (Fl 4,13).