domingo, 3 de novembro de 2024

“Bem-Aventurados os pobres em espírito”

                                                         

“Bem-Aventurados os pobres em espírito”

Jesus, no Sermão da Montanha, celebrando a alegria dos pobres, aqueles a quem o Reino pertence, nos diz: – “Bem-Aventurados os pobres em espírito” (Mt 5, 3).

Assim compreendeu o Apóstolo Paulo quando diz: – “Ele fez-Se pobre por nós” (2 Cor 8, 9).

Deste modo, as Bem-Aventuranças revelam uma ordem de felicidade e de graça, de beleza e de paz, quando “pobreza em espírito” se compreende como humildade voluntária do espírito humano e à sua renúncia.

As Bem-Aventuranças respondem, portanto, ao desejo natural de felicidade, que por sua vez é de origem divina, pois Deus o pôs no coração do homem para atraí-lo a Si, o único que pode satisfazê-lo.

Elas apontam para a meta da existência humana, o fim último dos atos humanos: Deus nos chama à Sua própria felicidade, e esta vocação é dirigida a cada um, pessoalmente, mas também ao conjunto da Igreja, povo novo constituído por aqueles que acolheram a promessa e dela vivem na fé.

Iluminadoras as palavras do Bispo Santo Agostinho:

“Como é então, Senhor, que eu Te procuro? De fato, quando Te procuro, ó meu Deus, é a vida feliz que eu procuro. Faz com que Te procure, para que a minha alma viva! Porque tal como o meu corpo vive da minha alma, assim a minha alma vive de Ti”.

Na passagem do Evangelho de Lucas (Lc 6, 17.20-26), o Senhor lamenta-Se dos ricos, porque eles encontram a sua consolação na abundância de bens (Lc 6,24).

O Bispo Santo Agostinho, afirmou: – “O orgulhoso procura o poder terreno, ao passo que o pobre em espírito procura o Reino dos céus”, de modo que o abandono à providência do Pai do céu liberta da preocupação pelo amanhã (cf. Mt 6,25-34).

Somente a confiança em Deus dispõe para a Bem-Aventurança dos pobres, e são estes que verão a Deus.

Assim, podemos afirmar que a prática das Bem-Aventuranças é o exclusivo caminho de nossa realização e da felicidade que todos desejamos.

Que o Espírito do Senhor venha em socorro de nossa fraqueza para que possamos vivê-las. 


Fonte de pesquisa: Catecismo da Igreja Católica - n.1718-1719; 2546-2547

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG