sábado, 2 de novembro de 2024

Gritos silenciosos do coração

Gritos silenciosos do coração

Alguns dias passados, gritos tantos ouvi.
Eram gritos sem sons, sem palavras pronunciadas.
Gritos que brotavam do recôndito mais profundo,
Acompanhados de lágrimas, as faces molhadas.

Eram gritos silenciosos que vêm do fundo da alma.
São os gritos que sinalizam vários sentimentos
Da saudade de quem eternamente se ama,
E conosco viveu muito mais que momentos.

Quanto mais tenha marcado nossa vida,
Mais intenso e alto serão os gritos.
Amenizados com a doce e suave lembrança,
Serenam nossos corações agitados e aflitos.

Ó, que gritos mais fortes se podem ouvir,
Do grito de um pai e/ou mãe que partiu?
Ó dor/saudade tão intensa e imensa,
Só dela entende quem já sentiu.

Quero estes gritos silenciosos ouvir,
Vivendo o que a Igreja me ensina:
No repouso eterno já morando,
Brilhando para eles a Luz Divina.

Na Eucaristia por eles sempre rezando,
Na Palavra de Vida eterna me fortalecendo,
Do Banquete da Eucaristia participando,
Na Oração bem feita, a comunhão vivendo.

Saibamos ouvir o grito silencioso de nossos entes queridos.
Rezemos a partir da saudade sentida, como crentes.
Eles partiram de nosso convívio, haveremos de admitir.
Mas pela fé, vivem eternizados, mais do que presentes.

Não morrem para sempre aqueles que amamos.
Não morrem para sempre aqueles que n’Ele creram.
Não morrem para sempre quem d’Ele se alimentou.
Vive para sempre, quem vive e crê n’Aquele que Ressuscitou.

Amém. Aleluia! 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG