sábado, 2 de novembro de 2024

Um dia a morte deixou de ser para sempre!

Um dia a morte deixou de ser para sempre!
 
Segundo o Apóstolo Paulo, quando ainda éramos pecadores, Deus por amor aceitou encarnar-Se em nosso meio (cf. Rm 5,6-11).
 
Seu Filho, em fidelidade absoluta, morre na Cruz.
Seu sangue derramado nos reconcilia com o Pai.
Amor que ama até o fim!
Morte que vence toda morte!
 
Veio das alturas do Amor de Deus, encarnou e comunicou o incomensurável amor de Deus.
Testemunhou a profundidade do mesmo amor, descendo a mansão dos mortos para acordar os que adormeciam no sono da morte e conduzi-los à mesma altura de onde viera: Céu.
 
A morte, com Sua morte, deixou de ser para sempre.
A Vida enfim venceu a Morte: Morto, o Pai o Ressuscita.
É elevado acima de todo nome, entra na glória de Deus, redime toda a humanidade, somos justificados, reconciliados com Deus.
 
Vida Nova nasceu! Somente a partir de Sua morte, a morte cedeu à Vitória:
 
“A morte foi absorvida na vitória.
Morte, onde está tua vitória?
Morte, onde está o teu aguilhão?” (1Cor 15,55).
 
Ele quebrou para definitivamente os grilhões da morte!
 
Na Missa de finados, a Igreja, reza no Prefácio dos Fiéis Defuntos:
 
 “Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-Vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso.
 
N’Ele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição. E, aos que a certeza da morte entristece, a promessa da imortalidade consola.
 
Senhor, para os que creem em Vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.
 
“E, enquanto esperamos a realização de Vossas promessas, com os anjos e com todos os santos, nós Vos aclamamos, cantando a uma só voz: Santo, Santo, Santo é O Senhor...”
 
Graças a Jesus a morte deixou de ser para sempre, para tornar-se o verdadeiro nascimento:
 
“Se morrermos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele” (Rm 6,8).
 
Morte: um ponto final, parágrafo, na outra linha, para continuar a escrever nossa história na plenitude do amor de Deus: Céu.
 
A morte não é rompimento absoluto, definitivo, intransponível. A morte em Cristo é a possibilidade de continuar a escrever uma bela e eterna história de amor, iniciada, aprendida, amadurecida no tempo presente, aqui na terra.
 
A partir da morte eterniza-se o que devemos viver como constante ensaio, treino, aprendizado permanente:
 
Alegria, perdão, solidariedade, comunhão, doação, plenitude de amor.
 
Viver é empenho constante no realizar da vontade Deus, e quanto mais o fizermos, mais o céu será presença e realidade entre nós.
 
Céu ou inferno?
Morte ou vida eterna?
Depende de nós!
 
Um dia a morte deixou de ser para sempre!
Quando Ele fez morrer a morte em Sua morte:
Morte de todas as mortes!
 
Confirma o que Oseias profetizou:
“Ó Morte, Eu serei a tua morte” (Os 13,14).
Aleluia! A Vida venceu a Morte!
 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG