quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025
A misericórdia divina e a nossa conversão (VIIDTCC)
A misericórdia
divina e a nossa conversão
“Os
pregadores da verdade e os ministros da graça divina, todos os que, desde o
princípio até os nossos dias, cada um a seu tempo, expuseram a vontade
salvífica de Deus, dizem que nada lhe é tão agradável e conforme a Seu Amor
como a conversão dos homens a Ele com sincero arrependimento.
Procuremos novos caminhos, renunciando às obras das trevas, o que nos
introduzirá no esplendor da luz do Ressuscitado, como discípulos missionários
Seus, em contínuo processo de conversão, com gestos e novos compromissos, para
que sejamos testemunhas vivas e credíveis do Ressuscitado; testemunhas de que a
misericórdia de Deus pode nos purificar e nos libertar de todo pecado que rouba
nosso movimento, como que numa indesejável paralisia espiritual.
“Ó abismo de indizível caridade!” (VIIDTCC)
Ó Pai de Misericórdia! (VIIDTCC)
Ó Pastor Eterno, protegei e aumentai o Vosso pequenino rebanho que somos, para que como ovelhas Vossas, sejamos congregados na unidade, sob um só Pastor, Jesus Cristo, Vosso Unigênito e Amado Filho que, na Cruz morrendo, revelou-nos Vosso infinito amor, amando-nos até o fim.
Ó Pai de Amor, Vós que nos enviastes ao mundo Vosso Filho, a Palavra que Se fez Carne, dai-nos a graça de sermos deste Semeador providente, semeadores da Palavra em Vosso campo, para que dê frutos abundantes para a vida eterna, assim como torne fecundo nosso coração para acolher e frutificar a semente da Vossa Palavra nele também lançada.
Ó Pai Eterno, Vós que sois sábio construtor, santificai a Vossa Igreja, Vossa casa e Vossa família, para que apareça no mundo como Cidade Celeste, Jerusalém nova e Esposa sem mancha, na fidelidade ao Seu divino fundador, Vosso Filho, Jesus Cristo, Senhor Nosso, com a luz, sopro e assistência, do Vosso Santo Espírito. Amém.
Em poucas palavras... (VIIDTCC)
“Cristo morreu por amor de nós, sendo nós
ainda «inimigos»”
“Cristo morreu por amor de nós, sendo nós
ainda «inimigos» (Rm 5, 10). O Senhor pede-nos que, como Ele, amemos até os
nossos inimigos (Mt 5,44), que nos façamos o próximo do mais afastado (Lc
10,27-37), que amemos as crianças (Mc 9,37) e os pobres como a Ele próprio (1
Cor 13,1-4).
O apóstolo São Paulo deixou-nos um
incomparável quadro da caridade: «A caridade é paciente, a caridade é benigna;
não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o
próprio interesse, não se imita, não guarda ressentimento, não se alegra com a
injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta» (1Cor 13, 4-7).”
(1)Catecismo da Igreja Católica parágrafo
n. 1825
Uma Igreja sinodal, misericordiosa e missionária (VIIDTCC)
Uma Igreja sinodal, misericordiosa e missionária
“Por este motivo, exorto-te a reavivar a chama
do dom de Deus
que recebeste pela imposição de minhas mãos. Pois,
Deus não
nos deu um espírito de timidez, mas de fortaleza,
de amor e sobriedade” (2Tm 1,6)
A Doutrina Social da Igreja, vivida à luz da misericórdia divina, nos faz “misericordiosos como o Pai” (Lc 6,36), para que toda a Igreja se coloque a serviço da vida plena para todos.
Conduzidos pelo protagonista da evangelização que é o Espírito Santo, somos fortalecidos pela Doutrina Social da Igreja, na vivência das obras de misericórdia corporais (dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus, acolher os peregrinos, dar assistência aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos); e espirituais (aconselhar os indecisos, ensinar os ignorantes, admoestar os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as fraquezas do próximo, rezar a Deus pelos vivos e defuntos).
Com o Espírito do Senhor, que não nos deixou órfãos, e nos assiste e nos acompanha nesta missão de construir um novo céu e uma nova terra, viveremos concretamente a misericórdia divina - “O Espírito do Senhor repousa sobre mim...” (Lc 4,18).
E é este mesmo Espírito que não nos permite timidez, omissão, indiferença diante dos inúmeros apelos de vida que clamam aos céus, no deserto árido de nossa cidade, porque somos discípulos missionários do Cristo Ressuscitado, que doou a própria vida por toda a humanidade.
Urge intensificar a formação de nossos agentes, a fim de que edifiquemos
uma Igreja verdadeiramente sinodal, Povo de Deus a caminho, na comunhão,
participação e missão em todos os âmbitos, dentro e fora dos espaços da Igreja,
como sal da terra, fermento na massa e luz no mundo.
Deste modo, seremos uma Igreja misericordiosa, reavivando a chama da vocação como dom de Deus, e a graça de participar da missão evangelizadora que o Senhor nos confia, com zelo, amor, ardor e alegria.