Sinais
de esperança
A
passagem bíblica do Livro do Gênesis descreve o fim do dilúvio e o recomeço com
Noé, que permaneceu por quarenta dias na arca,
(Gn 8,6-13.20-22).
Para
certificar-se, Noé solta primeiramente um corvo, depois uma pomba, por três
vezes; sendo que na primeira nada traz consigo, enquanto na segunda traz no
bico um rebento novo de oliveira. Somente na terceira, a pomba não mais retorna,
em sinal de que as águas haviam cessado de cobrir a terra.
A
partir da fé destes envios narrados na passagem, lemos no Lecionário Comentado:
“Qualquer crente,
consciente de que o seu coração está inclinado para o mal ‘desde sempre’,
aceita experimentar a bondade e o amor de Deus gradualmente, tendo em conta os
sinais de estagnação e de fadiga (o corvo), na esperança de não só poder
encontrar os sinais de misericórdia de Deus, mas também de conseguir voar rumo
á liberdade, à plenitude da vida (pomba).” (1)
Enriquece-nos
o Comentário da Liturgia Diária:
“O relato traz a
simbologia de um tempo ainda sombrio (corvo) para a humanidade e a perspectiva
de um horizonte de esperança (pomba). O ramo de oliveira sinaliza que a vida é
sempre um recomeço.” (1)
De
fato, o retorno da pomba no segundo momento, sinaliza para todos os seres humanos um símbolo de paz e
de reconciliação. Quanto à terceira e
última vez, ao não retornar, é porque a pomba se encontra livre para voar em
direção à liberdade e à vida.
Também
nós precisamos de sinais de esperança, e Deus nos apresenta, e quer que alcemos
voos para liberdade e à vida, confiantes em Sua presença, de tal forma que
podemos contar com a sua proteção e misericórdia.
Reflitamos:
-
Quais os dilúvios em nossa história que, por vezes, parecem ser o fim de tudo?
-
Quais são os sinais de esperança que contemplamos nas páginas de nossa
história?
-
O que fazer neste Tempo Jubilar, para que seja um tempo de graça, reconciliação
e um novo começo em todos os âmbitos de nossa vida?
Vivamos a graça do Jubileu (2025), promovido pela Igreja, que
tem como tema: – “Peregrinos de Esperança”.
Seja para todos nós o começo de um novo tempo, e como peregrinos
de esperança, renovemos os sagrados compromissos com o Reino, em maior e
fecunda fidelidade à vontade divina, pois é próprio do amor de Deus vir ao
nosso encontro, construindo relações mais humanas, justas e fraternas.
(1)
Lecionário Comentado – Tempo Comum – Volume I – Editora Paulus –
2010 – pág. 284-285
(2)Liturgia Diária –
Editora Paulus – pág. 89
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