“Em 2025, a Igreja
Católica celebra o Jubileu, um acontecimento que enche os corações de
esperança. O “jubileu” remonta a uma antiga tradição judaica, quando a cada
quarenta e nove anos o toque da trombeta (em hebraico: yobel) anunciava um
tempo de clemência e de libertação para todo o povo (cf. Lv 25, 10). Este apelo
solene deveria ecoar por todo o mundo (cf. Lv 25, 9), a fim de restabelecer a
justiça de Deus nos diferentes âmbitos da vida: no uso da terra, na posse dos
bens, na relação com o próximo, sobretudo os mais pobres e os que tinham caído
em desgraça.”
Também
nos dias de hoje, o Jubileu é um acontecimento que nos impele a procurar a
justiça libertadora de Deus em toda a terra, e alguns desafios são apresentados
porque ameaçam toda a humanidade: a devastação a que a nossa casa comum está
sujeita, a começar pelas ações que, mesmo indiretamente, alimentam os conflitos
que assolam a humanidade; desigualdades sociais de todos os tipos; rejeição a
qualquer tipo de diálogo e ao financiamento ostensivo da indústria militar.
Exorta
para uma mudança cultural da qual somos todos devedores: superação da
desigualdade social; a lógica da exploração de toda ordem; uma dívida ecológica
e externa, lados de uma mesma moeda...
Aponta
um caminho de esperança com três ações possíveis:
- O perdão da dívida internacional;
- A
promoção do respeito pela dignidade da vida humana (eliminação da pena de morte
em todas as nações);
- Em contexto de gastos em guerras, criar um fundo mundial para eliminar
definitivamente a fome a favorecer atividades educativas nos países mais
pobres, corrigindo erros do passado e construir novos caminhos de paz
verdadeira e duradoura.
Exorta-nos
para o desarmar do coração, um compromisso de todos, com gestos simples, como «um
sorriso, um gesto de amizade, um olhar fraterno, uma escuta sincera, um serviço
gratuito».
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