Prantos vespertinos, alegrias matutinas...
“Eu Vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes,
e preservastes minha vida da morte!...
Cantai Salmos ao Senhor, povo fiel,
Dai-lhe graças e invocai Seu Santo nome!
Pois Sua ira dura apenas um momento,
Mas Sua bondade permanece a vida inteira;
Se à tarde vem o pranto visitar-nos,
De manhã vem saudar-nos a alegria...” (Sl 29)
Medito sobre um trecho do Salmo na Missa cantado,
De beleza indescritível, em Oração pessoal, agora retomado.
Contemplo a bondade divina, presença permanente
Nas alegrias, como também nas adversidades.
A vida é um mistério, complexo e intenso,
De prantos vespertinos e alegrias matutinas.
Assim foi naquela Sexta Maior da morte do Amado Senhor,
Prantos, dor também tão intensa, lágrimas dos amigos e de Sua Mãe.
Assim foi naquela tarde de sábado, num silêncio abismal,
Que o vazio a humanidade experimentou.
Ele estava na mansão dos mortos, almas libertando,
A humanidade desde sempre e para sempre redimindo.
Mas algo novo se inaugurou, na madrugada da Ressurreição,
Alegria incontida das mulheres e dos amigos resplandeceu.
Nunca mais os prantos vespertinos ficariam sem consolo,
Porque com a Ressurreição a alegria da vitória o mundo celebrou.
Prantos vespertinos e alegrias matutinas
Todos também as temos, irremediavelmente.
Não somos condenados a eternos prantos,
Mas vocacionados à eterna e plena alegria.
Ainda que a tristeza venha por um instante, suportemos.
Sabedoria Divina invocada, superação, alegria experimentemos.
Ainda que o pranto e lágrimas de dor cortante pela morte nos fragilizem,
Serão secas pela promessa da imortalidade, fé na Ressurreição.
Entre prantos vespertinos e alegrias matutinas,
Vamos tecendo a teia da vida, escrevendo nossa história.
Confiantes na bondade e ternura divinas,
Nossos prantos aos céus chegando, alegria no coração saudando...
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