quarta-feira, 5 de março de 2025

Síntese da Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2023


 

Síntese da Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2023

A Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2023 tem como título “A Ascese quaresmal, itinerário sinodal”.

O Papa nos exorta para que vivamos a Quaresma, subindo com Jesus ao Monte da Transfiguração, para que façamos a experiência do Seu esplendor divino e, fortalecidos na fé, prossigamos o caminho com Ele, glória do Seu povo e luz das nações, sem descuidar dos compromissos ordinários, compromissos cotidianos.

Esta exortação ele o faz a partir da passagem da Transfiguração de Jesus, narrada pelos Evangelistas Mateus, Marcos e Lucas, e que ouvimos no 2º Domingo da Quaresma- “Quaresma somos convidados a subir «a um alto monte» juntamente com Jesus, para viver com o Povo santo de Deus uma particular experiência de ascese.”.

Esta ascese quaresmal consiste num empenho, sempre animado pela graça, no sentido de superar as nossas faltas de fé e as resistências em seguir Jesus pelo caminho da cruz – “É preciso pôr-se a caminho, um caminho em subida, que requer esforço, sacrifício e concentração, como uma excursão na montanha.”.

No decorrer da Mensagem aprofunda a relação necessária entre a ascese quaresmal e a experiência sinodal – “À semelhança da subida de Jesus e dos discípulos ao Monte Tabor, podemos dizer que o nosso caminho quaresmal é «sinodal», porque o percorremos juntos pelo mesmo caminho, discípulos do único Mestre...”.

Embora o processo sinodal possa se apresentar árduo e por vezes podemos até desanimar, não podemos desistir, pois “...aquilo que nos espera no final é algo, sem dúvida, maravilhoso e surpreendente, que nos ajudará a compreender melhor a vontade de Deus e a nossa missão ao serviço do seu Reino...”.

Para trilharmos este caminho ascético quaresmal e, de modo semelhante, o sinodal, que tem como meta uma transfiguração, pessoal e eclesial, o Papa nos propõe percorrer duas “veredas” para que subamos com Jesus e cheguemos com Ele à meta.

A primeira: escutar Jesus - diz respeito à ordem que Deus Pai dirige aos discípulos no Tabor, enquanto estão a contemplar Jesus Transfigurado. A voz da nuvem diz: «Escutai-O» (Mt 17, 5). O Senhor nos fala na Palavra de Deus proclamada pela Igreja na Liturgia; nos irmãos, sobretudo nos rostos e vicissitudes daqueles que precisam de ajuda; a escuta de Cristo passa também através da escuta dos irmãos e irmãs na Igreja.

A segunda – não se refugiar numa religiosidade feita de acontecimentos extraordinários, de sugestivas experiências, levados pelo medo de encarar a realidade com as suas fadigas diárias, as suas durezas e contradições.” – “Ao ouvir a voz do Pai, «os discípulos caíram com a face por terra, muito assustados. Aproximando-Se deles, Jesus tocou-lhes dizendo: “Levantai-vos e não tenhais medo”. Erguendo os olhos, os discípulos apenas viram Jesus e mais ninguém» (Mt 17, 6-8).”

É preciso viver a Quaresma que se orienta para a Páscoa: o «retiro» não é um fim em si mesmo, mas prepara-nos para viver – com fé, esperança e amor – a paixão e a cruz, a fim de chegarmos à ressurreição.

Da mesma forma, o percurso sinodal deve ser vivido, sempre a caminho, e a Palavra de Jesus nos é dirigida «Levantai-vos e não tenhais medo», de modo que é preciso que desçamos à planície e que a graça experimentada nos sustente para sermos artesãos de sinodalidade na vida ordinária das nossas comunidades, conclui o Papa, contando com a ajuda do Espírito Santo neste propósito: viver a ascese quaresmal, num itinerário sinodal.

 

PS: Desejando, leia a mensagem na integra: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/events/event.dir.html/content/vaticanevents/pt/2023/2/17/messaggio-quaresima.html

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