domingo, 30 de março de 2025

Celebremos o Domingo da alegria (IVDTQC)

                                                               

Celebremos o Domingo da alegria

“(a rosa) mostra o odor doce de Cristo 
que deve ser difundido extensamente por Seus seguidores fiéis, 
e os espinhos e o matiz vermelho relembram a Sua paixão” 

A Liturgia do 4º Domingo da Quaresma é conhecida como Domingo “Laetare”, ou seja, Domingo da alegria, devido à proximidade da Páscoa.

A antífona inicial assim nos convida: “Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações" (Is 66, 10s).

Na Antiguidade cristã, este Domingo era chamado “Dia das Rosas”, pois os cristãos se presenteavam mutuamente, num belo gesto, com as primeiras rosas da primavera.

Somente no século X, entrou na Liturgia deste dia a singular Bênção da Rosa, sendo que em Roma a rosa passou a ser de ouro. O Papa ia à Basílica estacional de Santa Cruz de Jerusalém, levando na mão uma rosa de ouro que significava a alegria pela proximidade da Páscoa e, regressando, presenteava com ela o prefeito de Roma.

Esta Solenidade permanece, mas de forma diferente: o Papa costuma benzer neste dia uma rosa de ouro e a oferece a uma pessoa, a uma Igreja ou instituição, em sinal de particular atenção.

O Brasil já recebeu três rosas de ouro: uma foi ofertada à Princesa Isabel em 1888, pelo Papa Leão XIII, pela abolição da escravatura; outra oferecida à Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em 1966, pelo Papa São Paulo VI, devido à monumentalidade de sua edificação, e o Papa Bento XVI, em visita àquele Santuário Nacional, em 2007, também ofereceu a simbólica rosa de ouro à Senhora Aparecida.

Há um significado muito interessante no fato da rosa ser de ouro: primeiro o ouro lembra a realeza de Jesus, e o odor exalado pela mesma lembra o doce odor de Cristo, que todo cristão deve exalar: o Mandamento do Amor a ser vivido, como o Papa Leão XIII assim o disse: “mostra o odor doce de Cristo que deve ser difundido extensamente por Seus seguidores fiéis, e os espinhos e o matiz vermelho relembram a Sua paixão” - (Acta, vol. VI, 104).

Com isto, toda a Igreja entra mais intensamente em preparação para a Páscoa do Senhor, e a Liturgia é de modo especial um convite para mergulharmos no Amor de Deus, que nos oferece a vida eterna, gratuitamente.

Mergulhemos, portanto, no mar imenso da misericórdia, para que, brevemente, celebremos com exultação e alegria a Páscoa do Senhor.

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