sábado, 2 de março de 2024

O abismo da misericórdia divina

                                                         

O abismo da misericórdia divina

Com a Parábola da Misericórdia, Lucas nos apresenta, como um mosaico da misericórdia divina.

Contemplamos o dinamismo da conversão e da penitência,  maravilhosamente descrito, e leva-nos à revisão de nosso caminho penitencial.

No centro da Parábola, temos “o pai misericordioso”, que respeita a iniciativa e liberdade do filho mais novo, sem nada antepor.

Notável o enganador deslumbramento do filho mais novo, “o filho pródigo”, em busca de uma liberdade ilusória e o abandono da casa paterna.

Com ela alcançada, a miséria extrema encontrada depois de delapidada a fortuna; a humilhação profunda de se ver obrigado a guardar porcos e, pior ainda, de desejar alimentar-se das bolotas que os porcos comiam.

Na necessária reflexão sobre os bens perdidos, o arrependimento e a decisão de se declarar culpado diante do pai, o caminho do regresso, contemplamos, sobretudo, o acolhimento generoso por parte do pai, sua alegria. Estes são alguns dos aspectos próprios do processo de conversão.

Meditemos sobre o fato novo, a veste nova, as sandálias, o anel, a e o banquete festivo que são símbolos desta vida nova, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida de todo aquele que volta para Deus e para o seio da família que é a Igreja.

Mas não deixemos de nos confrontar com a atitude do filho mais velho, diante da volta do irmão mais novo, que estava perdido e foi encontrado; morto e voltou a viver.

Contemplemos o coração de Cristo, que conhece a profundidade do amor do Seu Pai, e por isto pôde nos revelar o abismo da Sua misericórdia, de um modo tão cheio de simplicidade e beleza.


Fonte: Catecismo da Igreja Católica (n. 1439); Lc 15,1-3.11-32

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG