segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

A Imaculada Conceição e o Tempo do Advento

                                                         

A Imaculada Conceição e o Tempo do Advento

No dia 8 de dezembro, celebramos a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria, nascida sem a mancha do pecado original, como afirma o Dogma de 8 de dezembro de 1854, declarado pelo Papa Pio IX.

Como se sabe, à Igreja do Brasil é concedida a graça de poder celebrar a Solenidade, ainda que caia no Domingo do Advento, dada a grande devoção que o povo por ela possui, e ainda, porque Maria muito pode nos ajudar a preparar o Natal de Seu Filho.

Com Maria, somos agraciados nesta preparação para a Celebração do Mistério de nossa Redenção, na Encarnação do Menino Jesus em seu ventre.

Por isto, somos convidados a visitar e rezar as páginas dos Santos Evangelhos, contemplando os momentos fundamentais da nossa Redenção, em que Maria se faz presente:

- a Encarnação do Verbo;
- o canto do “Glória” entoado pelos anjos;

- a alegria dos pastores, contemplando Deus no Menino Jesus;
- a estrela que guiou os magos até a luz, os presentes a Ele oferecidos (ouro, incenso e mirra – realeza, divindade e humanidade, respectivamente simbolizados);

- a consolação de Simeão e Ana, e as palavras do primeiro, para sempre entranhadas em sua alma – “Uma espada transpassará seu coração...”;
- o primeiro sinal nas Bodas de Caná;

- presença em Sua atividade pública ao anunciar a Boa-Nova do Reino;
- participação no Mistério da Paixão, Morte;

- a presença aos pés da Cruz, na hora de Sua morte;
- a participação e presença junto aos apóstolos após a Ressurreição de Jesus, como nos relata os Atos dos Apóstolos.

- apresentada como modelo para a comunidade em tempo de perseguição, como nos fala o Livro do Apocalipse, na luta contra o mal, a perseguição, a dor e morte, porém mais que vencedora por meio do Cordeiro Imolado, Seu Filho.

Portanto, “A Liturgia torna presente no meio da Assembleia a força que preservou a Virgem do pecado; de fato, celebra, na Eucaristia, o mesmo Mistério da Redenção, cujos benefícios, Maria foi a primeira a gozar e do qual nós participamos, segundo nossa fraqueza e nossas forças”. (1)

Agora é o nosso Tempo de preparar a chegada do Senhor, que veio, vem e virá gloriosamente. Enquanto não vem, vigiemos e oremos à espera de Sua chegada, preparando-nos, ininterruptamente e incansavelmente, para que Ele nos encontre devidamente vigilantes.

Que venha a Luz de Deus mais uma vez iluminar nossos caminhos, como veio e Se fez presente no ventre de Maria.

Que a Luz faça morada em nossa mente e coração, e então, será o verdadeiro Natal, marcado por relações mais fraternas, com vida plena e abundante para toda a humanidade. Amém.


(1)         Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.1824

Maria, a Mãe que cremos e amamos

                                                                  


Maria, a Mãe que cremos e amamos

Maria, cremos que tu és:

- A primeira discípula, quem melhor aprendeu as coisas de Jesus, teu Amado Filho;

- A primeira daqueles que «escutam a Palavra de Deus e a põem em prática» (Lc 11, 28);

- A primeira a colocar-se entre os humildes e pobres do Senhor para nos ensinar a esperar e receber, com confiança, a salvação que vem apenas de Deus;

- A primeira a quem Jesus parecia dizer: “Segue-me”, mesmo antes de dirigir este chamamento aos Apóstolos ou a quaisquer outros (cf. Jo 1, 43)»;

- Modelo de fé e caridade para a Igreja pela sua obediência à vontade do Pai, cooperadora na obra redentora do seu Filho na abertura à ação do Espírito Santo;

- Aquela a quem mais valeu ser discípula de Cristo do que ter sido mãe de Cristo, como nos falou Santo Agostinho;

- Mais discípula que mãe, a primeira e a mais perfeita discípula de Cristo;

- Mãe, e que  Cristo te entregou a nós porque não quer que caminhemos sem uma mãe;

- A Mãe fiel que se tornou «Mãe de todos os que creem, e ao mesmo tempo, é «a Mãe da Igreja evangelizadora, e nos acolhe assim como Deus nos quis convocar, não apenas como indivíduos isolados, mas como Povo que caminha;

- A nossa Mãe, que quer sempre caminhar conosco, estar perto, ajudar-nos com a sua intercessão e o seu amor;

- A Mãe do Povo fiel que, movida por uma ternura amorosa, caminha em meio ao seu povo e cuida das suas angústias e vicissitudes. Amém.

 

PS: Fonte - Dicastério para a Doutrina da Fé  Mater Populi fidelis - Nota doutrinal sobre alguns títulos marianos referidos à cooperação de Maria na obra da Salvação – parágrafos n.73.76

 

Maria, tu és para nós...

                                                                

Maria, tu és para nós...


Maria, tu és para nós:
 
A aurora radiante, e o teu Amado Filho,
O Sol Nascente da justiça que nos veio visitar,
Para nossos caminhos obscuros iluminar.
 
O paraíso terrestre, a árvore da vida,
E Teu Filho, bendito fruto, na cruz crucificado,
Água e Sangue do coração jorrados.
 
A Arca da Nova e Eterna Aliança;
Mais que a arca da Aliança  trouxeste em ti
O Verbo, que nos reatou e, com Deus nos reconciliou.
 
Maria, tu és para nós:
 
A escada de Jacó que nos leva aos céus,
Porque és modelo de  fidelidade plena a Deus, 
E contigo, aprendemos a nunca desistir de esta escada subir.
 
A sarça ardente, maternidade e virgindade vividas,
Ardeste de amor por Deus e não foste corrompida.
Em ti, Deus revelou Seu poder e Sua plenitude.
 
O vaso de ouro, pensado e querido desde sempre;
Sobre ti pousou a sombra do Altíssimo, disse o anjo.
Em ti, se realizou a graça da Encarnação do Verbo.
 
Maria, tu és para nós:
 
O ramo florido de Aarão, o ramo florido de Jessé.
E deste ramo florido, nasceu Aquele que esperávamos:
O Salvador e Redentor de toda a humanidade.
 
A terra fecunda, em que a Palavra gerou frutos
Mais incontáveis que os grãos de areia do mar,
E ainda, mais que todas as estrelas do céu. 
 
A pérola da virgindade, Mãe da Igreja,
Antes, durante e depois do parto, assim cremos e professamos.
Alma pura e cristalina, plenamente fiel a Deus, igual a ti, ninguém.
 
Maria, tu és para nós:
 
A motivação para sagrados compromissos com a cidade de Deus que tanto queremos;
Sinal profético para nossas cidades que ceifam vidas,
Pecaminosamente sacrificam inocentes, com a cultura de morte.
 
A estrela da manhã anunciando um novo dia,
Em que sonhos de um novo céu e uma nova terra, cultivados,
Se veem em pequenos gestos de amor e partilha realizados. Amém.

Quem melhor que Nossa Senhora do Caminho?

                                                          


Quem melhor que Nossa Senhora do Caminho?

Ó Deus, rico em misericórdia, a Vós recorremos confiantes e suplicamos, pela gloriosa Virgem Maria, Vossa Mãe e nossa, a quem invocamos como Nossa Senhora do Caminho.

Verdadeiramente Nossa Senhora do Caminho, porque seu coração é imaculado, e jamais conheceu o pecado e a desobediência à Vossa vontade e projetos.

Quem melhor que Nossa Senhora do Caminho para:

- nos apontar Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida, e nos fazer mergulhar no Mistério profundo e imenso do Coração trespassado e ferido de amor do Seu Amado Filho?

 - caminhar conosco, e nós, como os discípulos de Emaús, sentirmos arder nosso coração como Seu Amado Filho fez ao revelar as Sagradas Escrituras no caminho e reconhecido no partir do Pão (Lc 24,13-35)?

- nos ensinar a falar com o coração para que no discipulado vivamos a necessária proximidade, compaixão e ternura, sobretudo com os pobres, Vossos amados e preferidos?

- nos ensinar o caminho de conversão, para que passemos de um mundo sem coração, para uma civilização do amor, fraternidade e comunhão?

- nos ajudar a discernir e nos comprometermos com novas posturas e mentalidades para curar a “Terra ferida” pelo nossa arrogância, consumismo e autossuficiência, comprometidos com uma necessária Ecologia integral, onde tudo está interligado?

- nos ajudar a contemplar os Vossos Mistérios, meditando e guardando tudo no Coração, como assim Ela o fazia, pois olhava com o coração, com olhar da contemplação?

- nos lembrar e nos ajudar a redescobrir, na era da inteligência artificial, que não podemos nos esquecer que a poesia e o amor são necessários para salvar o humano (Papa Francisco)?

- nos ensinar a confiar em Seu Filho, que viveu um amor apaixonado, que sofreu por nós, um coração ferido de amor e por nós Se entregou para nossa redenção, e espera tão apenas que sejamos uma resposta ao Seu divino amor, como um mendicante de nosso amor?

- nos encorajar, como peregrinos da esperança rumo à casa do Pai, mergulhados no Coração de Cristo, a obra prima do Espírito Santo (Papa São João Paulo II)?

- fazer nosso coração bater em uníssono com seu coração e o com o Sagrado Coração do Seu Filho, o compêndio do Evangelho, para vivermos a ternura da fé e a alegria do serviço, em sagrados compromissos comunitário, social e missionário?

- firmar nossos passos, para que sejamos discípulos missionários e irradiar as chamas do amor de Cristo, não nos perdendo com discussões secundárias, mas fazendo da vida uma agradável oferenda e sacrifício de louvor a Deus?

- nos ajudar, para que sejamos enamorados pelo Verbo que Se fez Carne, e a missão nossa de cada dia não seja por obrigação ou dever, mas simplesmente por um amor que nos envolve e nos enche de ternura, que se torna impossível conter?

- apontar o Caminho, ainda que marcado por renúncias e cruz carregada cotidianamente, com horizonte de eternidade, ela, que jamais nos apontaria caminhos e atalhos do abismo do sofrimento sem esperança Amém.

Maria, sempre Maria!

                                                                           

Maria, sempre Maria!

Quanto mais dela falo, nada ainda disse...
Quão forte sua voz! Quão doce seu canto!

Maria, sempre Maria!

Ela é por excelência a Cantora Divina:
Canta com alegria, confiança e esperança.
Basta de cantos tristes, nefastos lamentos!
Cantar com Maria com alma de criança...

Que canta na fidelidade incondicional ao Pai,
Na acolhida e amor irrenunciável pelo Filho Jesus,
Confiante na docilidade da ação e presença do Espírito.
Canto que revigora, ilumina, facho imensurável de luz!

Ainda que algumas vezes nos encontremos desanimados
Sob as cinzas de possível incredulidade, fragilizados,
Na indiferença, omissão, indignação ou apatia política;
Magnificat mantém acesa a menor centelha de luz! 

Com Maria sonhamos e cantamos o Mundo Novo a cada dia,
E com ela aprendemos que a mais ousada profecia.
É o compromisso com o Deus da vida e dos empobrecidos,
Reavivando a chama de quem em nada mais acredita.

Quem melhor que ela multiplicou alegrias?
Quem, a seu exemplo, o mesmo incansavelmente faz?
Atenua desesperos e refaz sonhos, reaponta novos caminhos.
Com ela, Mãe das Dores, suportemos as dores dos espinhos.

Maria não só cantou a esperança dos pobres,
Desta realização com intensidade participou.
Dedico estas palavras a quem também assim o faz,
Quem com o Mundo Novo sonha, Mundo Novo de paz!

Maria, sempre Maria!

Que este singelo poema seja uma centelha de luz;
Que para ti seja uma nota ao menos de alegre canto;
Que teus pés sejam fortalecidos, rumos reorientados, animado, acalmado,
Seque eventuais lágrimas, não se eternize o pranto!

Quanto mais dela falo, mais a venero e amo.
Quão forte sua voz! Quão doce seu canto!
Quem melhor, sob a ação do Espírito Santo,
Poderia nos dizer: “Fazei o que Ele vos disser”? (Jo 2,5)

Maria, sempre Maria!
Quanto mais dela falo, nada ainda disse...

"Salve, Rainha”

                                                           


"Salve, Rainha”

“Salve, Rainha”, uma oração milenar de súplica a Nossa Senhora. Com expressões pouco comuns ao nosso vocabulário, retrata situações de dor, solidão, dificuldades enfrentadas em todos os âmbitos.

É também uma homenagem a Maria, que veneramos como Rainha do Céu, da humanidade e da paz, ressaltando algumas de suas virtudes, conforme relatos dos Evangelhos: doçura, misericórdia, clemência e piedade.

“Salve, rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura, esperança nossa! Salve!”
“Salve”! Saudamos a ti, ó Mãe e Rainha do céu e de todo o mundo, de toda a humanidade, em todos os tempos e lugares.

Estás acima de todas as mulheres, mas não distante de nós, porque nos amas como Mãe, e tens amor especial pela vida de todos nós, porque foste e serás sempre sinal de “doçura” e “esperança”, como vimos, sobretudo, ao visitar tua prima Isabel.

Tu és a Mãe que podemos procurar em todos os momentos de nossa vida, sempre pronta a nos socorrer com amor e misericórdia, como fizeste no primeiro sinal de Jesus em Caná da Galileia.

“A vós bradamos, os degredados filhos de Eva.”
A ti bradamos, pedimos socorro, suplicamos em todos os momentos, porque sabemos que estás junto do teu amado Filho e sempre pronta a caminhar com os “degredados” da história, os que são privados da liberdade, afastados de sua gente, de seu país, migrantes, desterrados, por inúmeros fatos, em realidades de flagelo, fome, miséria, dor, enfermidades e morte.

Tu, que disseste “sim” a Deus para ser a Mãe do Salvador, teu Filho, Jesus Cristo, que nos recuperou a filiação que havíamos perdido no Paraíso, pela desobediência de Eva, mãe de todos os viventes, e Adão, o primeiro da criação, o primeiro casal humano criado por Deus.

“A vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lágrimas.”
A ti continuamos suplicando, já não mais com palavras, mas com suspiros, gemidos e choros e lágrimas, porque muitas são as dificuldades, dores, tentações a serem enfrentadas e vencidas cotidianamente, na fidelidade ao teu Filho, para que tenhamos vida plena e feliz.

“Eia, pois, advogada nossa...”
Contigo, sempre avante, pois ao te contemplarmos, sentimos renovar em nós o ânimo, o estímulo, a coragem. Sabemos que podemos contigo contar, porque estás sempre pronta a nos ajudar; és nossa advogada, e, com solicitude, nos defenderás, nos recomendando a Deus. Suplicamos em oração tua materna proteção, com o Paráclito que vem em nosso divino auxílio, o Santo Espírito, que em ti agiu e fez maravilhas, te concebendo e fazendo de ti a mãe do Salvador.

“Esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei!”
Maria, pedimos que voltes para nós teus olhos cheios de piedade, graça e perdão; contamos com teu valioso e indispensável auxílio, pois, como Mãe, tu amparas, guardas e proteges teus filhos.

“E depois deste desterro...”
Tu que soubeste o gosto do “desterro”, da fuga necessária para salvar teu Filho no Egito, experimentaste, longe de tua pátria, a solidão, o isolamento e, melhor que ninguém, tens sabedoria para nos ensinar a confiar e a construir um novo céu e uma nova terra, como peregrinos que somos enquanto aqui vivemos.

“Mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre...”
Suplicamos a ti, ó M  ãe, ajuda-nos a fim de que nos mantenhamos firmes e corajosos, seguindo sempre os ensinamentos de teu Filho, Jesus, para que tenhamos d’Ele mesmos sentimentos (Fl 2, 5), totalmente a Ele configurados, de modo que possamos dizer: Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.”  (Gl 2, 20).

“Ó clemente, ó piedosa, ó doce, sempre Virgem Maria!”
Tu és a pura expressão da doçura e da bondade; estás assentada no cume das virtudes; és abismos de graças, oceano de carismas, como nos falou Santo Amadeu.

“Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém.” 

A ti, que és Mãe e Rainha, fazemos um último pedido: recomenda-nos  ao teu Filho, Jesus, Rei e Senhor do Universo, para que mereçamos receber um lugar no Seu Reino. Amém.

“Aonde chega Deus, aí chega também a alegria”

                                                            


“Aonde chega Deus, aí chega também a alegria

A passagem do Evangelho de Lucas (Lc 1,26-38) nos apresenta a visitação do Arcanjo Gabriel a Maria, e seu “sim” dado, para que a Encarnação do Verbo acontecesse, sendo nela gerado pela ação do Espírito Santo.

Sem dúvida, uma página que nos convida a refletir sobre os efeitos da chegada de Deus em nossas vidas, em todo o Tempo:

“Aonde chega Deus, aí chega também a alegria: a narração começa com o convite ‘Alegra-te’ (Lc 1,28); traduzido com a saudação ‘Ave’ e termina com a exclamação jubilosa da Virgem: ‘Faça-se!” (Lc 1,38)”.

Continuemos nos preparando para celebrar o Nascimento do Salvador, do Menino Jesus, não como um acontecimento do passado, mas que se dá em cada momento da nossa vida, quando aprendemos, com Maria, a ser totalmente “sim” para a vontade divina, pois de fato, “aonde chega Deus, aí chega também a alegria”. 

Continuemos vigilantes e em oração, à espera do Senhor que veio, vem e virá, cumulando-nos de amor e alegria.

Aguardemos, ansiosos, a “chegada de Deus”, e esta alegria que chegará com Ele, seja comunicada a tantos quantos precisam de nossa presença, acolhida e solidariedade.

Seja o Natal a Festa da chegada d’Aquele que vem para conosco continuar a caminhar, lado a lado, em nossa difícil e desafiadora missão de evangelizar, sobretudo num contexto de mudança de época.

Se muitos são os desafios, bem mais forte e necessária será a presença de Jesus conosco.

Alegremo-nos, pois Ele está para chegar! Já sentimos a irradiação da alegria com a Sua divina e desejada chegada, e que encontre acolhida e espaço em nossos corações e em nossos lares, bem como em todos os corações de boa vontade.

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