quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Bem-Aventuranças: a carteira de identidade do cristão

 


Bem-Aventuranças: a carteira de identidade do cristão 
 
Celebramos no dia 1º de novembro a Solenidade de todos os Santos e Santas (no Brasil é transferida para o domingo seguinte, quando dia 1º for um dia da semana).
 
Santidade é um caminho a ser percorrido, ou mesmo, podemos dizer como que a subida de uma escada, degrau por degrau, de modo que, não há santidade alcançada plenamente e para sempre.
 
Ela consiste num processo contínuo de lapidação, para que o esplendor da verdade e da caridade aconteça em nós, até o encontro com a plenitude da luz que se dá no céu!
 
Celebramos a memória de todos os santos e santas, canonizados ou não pela Igreja, e tantos outros que hoje cantam a Deus, no Céu, o perfeito louvor, intercedendo a Deus por nós.
 
Devemos venerá-los e jamais adora-los, pois tão somente a Deus se adora. “Santo é um pecador de quem Deus teve misericórdia”, conforme afirmação atribuída a Santo Agostinho.
 
São exemplos a serem imitados – cada santo tem uma marca forte e apaixonante no seguimento de Jesus – podemos aprender com eles.
 
A santidade é participar da vida de Deus, e deve ser compreendida como dom de Deus e nossa resposta a Ele:
 
“A santidade cristã manifesta-se, pois, como uma participação na vida de Deus, que se realiza com os meios que a Igreja nos oferece, particularmente com os sacramentos.
 
A santidade não é o fruto do esforço humano, que procura alcançar a Deus com suas forças, e até com heroísmo; ela é dom do amor de Deus e resposta do homem à iniciativa divina” (1)
 
Com o batismo, alcançamos a filiação, recebemos a semente de imortalidade,  e com a Ressurreição, a imagem perfeita de Cristo, e o nosso futuro é a pertença e a semelhança de Deus – imagem perfeita de Cristo.
 
Deste modo, as Bem-Aventuranças (Mt 5,1-12)  são caminho que leva à santidade, com uma ética própria, que renova a pessoa, a comunidade e a sociedade, porque, se vividas, provocam mudança radical de vida.
 
Compreendamos as Bem-Aventuranças:
 
- Os pobres em espírito:  mais do que no sentido econômico e social, são os humildes, pecadores e abertos ao perdão. Ser pobre é ter o olhar voltado para o futuro, para a eternidade, confiando totalmente em Deus.
 
- Os que “choram” partilham o sofrimento do outro.
 
- Os “mansos” mantém a serenidade sempre!
 
- A prática da justiça consiste no fazer a vontade de Deus.
 
- A Pureza de coração é sinônimo de retidão...
 
- Somos como discípulos promotores da paz e impulsionados pela misericórdia divina.
 
- Temos a serenidade e maturidade para enfrentar as adversidades, calúnias e perseguições.
 
A Igreja haverá sempre de nos ensinar que, na comunhão dos santos, não caminhamos sós, e contamos com aqueles que lavaram a suas vestes no Sangue do Cordeiro, que hoje contemplam a face do Pai, continuam vivos em nosso coração, como exemplos a serem imitados, sedentos da Salvação divina, que tão somente Deus pode nos alcançar.
 
Sejamos santos como Deus é Santo, vivendo iluminados e conduzidos pelas Bem-Aventuranças, caminho de santidade e felicidade plena e verdadeira. Sejam as Bem-Aventuranças a carteira de identidade do cristão (cf. Papa Francisco).
 
 
 
(1) Missal Dominical – Editora Paulus - pág. 1367

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