sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Contemplemos a Sabedoria divina

                                                                  

Contemplemos a Sabedoria divina

Assim escreveu o Apóstolo Paulo aos Coríntios sobre a sabedoria de Deus, que nos foi revelada pelo Seu Filho, Jesus (1Cor 2,7-10a):

“Falamos da misteriosa Sabedoria de Deus, Sabedoria escondida, que, desde a eternidade, Deus destinou para nossa glória.

Nenhum dos poderosos deste mundo conheceu essa Sabedoria. Pois, se a tivessem conhecido, não teriam crucificado o Senhor da glória.

Mas, como está escrito, o que Deus preparou para os que O amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu. A nós Deus revelou esse Mistério através do Espírito”.

A nós, como discípulos missionários do Senhor, cabe testemunhar nossa fé, deixando-nos conduzir pela Sabedoria divina, que nos é concedida pelo dom do Espírito que nos foi confiado.

Viver conduzido pela Sabedoria é ter coragem de fazer as renúncias necessárias, para que, tomando nossa cruz a cada dia, sigamos o Senhor, participando da construção do Reino de Deus.

Conceda-nos, Deus, olhos para contemplar, ouvidos para captar e coração para acolher, compreender e sentir a Sua presença entre nós, e abertos plenamente à vontade divina, realizá-la, sem demora, sem adiamentos, sem medos, na mais perfeita e incondicional fidelidade em todo e qualquer lugar, e em qualquer situação.

Oremos: 

"Ó Deus, cuja inefável sabedoria maravilhosamente se revela no escândalo da Cruz, concedei-nos de tal modo contemplar a bendita paixão de Vosso Filho, que confiantes nos gloriemos sempre na Sua Cruz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém."

Cruz: Fonte de Salvação e Amor para nós

                                              

Cruz: Fonte de Salvação e Amor para nós

O comentário do Missal Cotidiano sobre a passagem do Evangelho proclamada na sexta sexta-feira do Tempo Comum (Mc 8,34-9,1) nos enriquece intensamente.

“Jesus estava plenamente ciente da necessidade de chegar a bom termo em Sua missão, e para isto não havia outra maneira a não ser entregar Sua vida ao Pai, capaz de ressuscitá-Lo.

É evidente que o Pai não quer a morte do Filho: quer somente que Ele ofereça amor ao mundo. Mas esta missão não se poderá cumprir sem a provação e sem a fidelidade à condição mortal do homem.

O amor não pode chegar a terra sem passar pela dor. A sorte do Mestre atinge também a dos discípulos. Estes também deverão ‘tomar a cruz’ e ‘segui-Lo’, ‘perder a própria vida’ para salvá-la.

A salvação não virá pelo sucesso, mas pelo sacrifício oferecido por amor; aceito e reconhecido pelo Pai, que saberá restituir a vida. E Cristo será por isso o responsável diante do Pai, quando ‘vier na glória’”  (1)

Por ora, é preciso que os discípulos abracem três propostas do Mestre, que deverão ser vividas com fidelidade e amor incondicional até o fim, no anúncio e testemunho da Boa-Nova d’Ele acolhida:

a)        Para serem fiéis às suas opções de vida é necessário pagar o preço delas (v. 34b) – “se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”;

b)        A vida só tem sentido se e quando é oferecida e doada gratuitamente (vv. 36-37) – “com feito, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar sua própria vida? Pois, que daria o homem em troca da sua vida?”;

c)        Jesus deve ser reconhecido como Messias e Salvador de todos os povos (v. 38) – “Aquele, que nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e de minhas Palavras, também o Filho do Homem Se envergonhará quando vier na glória com os Santos Anjos”.  (2)

Agora, cabe a cada de um de nós ver de que modo vivemos nossa fidelidade ao Senhor.

É tempo de viver a fé como resposta de amor à proposta que Deus tem a nos oferecer, mas com a coragem do carregar a cruz, fazendo da vida uma história marcada pela doação, por amor vivido e consumido.

É tempo de carregar com coragem nossa cruz, com a esperança de que assumida por amor, como assim o fez o Senhor, caminharemos para a glória da eternidade.

Na fidelidade ao Senhor, a cruz encontra seu sentido quando assumida e carregada com as motivações das virtudes divinas que nos acompanham: fé, esperança e caridade.


(1) Missal Cotidiano – Ed. Paulus. - P.787
(2) Lecionário comentado – Ed. Paulus – Lisboa – pp.294-295

A torre e a Cruz

                                                           


A torre e a Cruz

Viver é sempre uma possibilidade de decidir... Por exemplo, participar da construção da torre de Babel ou carregar a cruz de cada dia construindo a Jerusalém Celeste?

Conhecemos a passagem bíblica em que se quis a construção de uma cidade com uma torre que alcançasse os céus, e a multiplicação de línguas onde ninguém mais se entendia. Conhecemos também uma passagem do Evangelho em que Jesus nos chama a tomar uma decisão, pois para segui-Lo é preciso renunciar a si mesmo, tomar a cruz de cada dia, pôr-se a caminho…

- Qual a nossa escolha: edificar a torre ou carregar a cruz?
- Babel ou a Jerusalém Celeste, do que, de fato, participamos?

Torre e Cruz, sinais fortes embora diferentes; sinais que podem ser vitais ou mortais.

Reflitamos o que nos reporta a torre e, o necessário contraponto, a cruz, que, aos céus, nos conduz:

Erguer a Torre de Babel
Erguer a Cruz de Nosso Senhor
Desejo de ser como Deus
Desejo de servir a Deus
Autossuficiência
Dependência de Deus
Arrogância
Relação de confiança
Soberba
Humildade
Egoísmo/ambição
Partilha/solidariedade
Opressão
Liberdade
Infidelidade a Deus
Fidelidade a Deus
Eliminação do amor
Relação profunda de amor
Multiplicação da iniquidade
Eliminação da maldade
Escravidão
Libertação
Opressão/dominação
Relação de serviço
Autopromoção
Promoção do bem comum
Ódio/ira
Amor
Linguagem apenas humana
Linguagem do Espírito
Reino limitado e parcial
Reino eterno e universal


A continuidade da reflexão nos possibilitará entender alguns “porquês” da não realização do Projeto Divino.

É tempo de reler Gênesis e parar de teimosamente querer erguer as “torres de Babel” de cada dia. Antes, é tempo de tomar nossa cruz de cada dia, nutridos do mesmo Pão que suplicamos na oração que Ele nos ensinou, que recebemos em cada Eucaristia.

Seguindo Cristo Jesus, fixemos nossos passos na caminhada rumo a Jerusalém Celeste, carregando sem medo nossa cruz de cada dia, na alegre e necessária renúncia.

Carreguemos a cruz com seu exato peso, não a cruz de amanhã, apenas a cruz de hoje. A cada dia a cruz, a cada dia o Pão.


PS: Reflexão inspirada em Gn 11,1-9 e Mc 8,34-9,1.

Rezando com os Salmos - Salmo 17 (18)

 


Com o Senhor, mais que vencedores

“– 1 Do mestre de canto. De Davi, servo de Deus, que dirigiu as palavras deste cântico, quando Deus o libertou de todos os seus inimigos e da mão de Saul. Ele disse:

– 2 Eu Vos amo, ó Senhor! Sois minha força,
-   3 minha rocha, meu refúgio e Salvador!
= Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga,
minha força e poderosa salvação,
sois meu escudo e proteção: em Vós espero!

– 4 Invocarei o meu Senhor: a Ele a glória!
e dos meus perseguidores serei salvo!
– 5 Ondas da morte me envolveram totalmente,
e as torrentes da maldade me aterraram;
– 6 os laços do abismo me amarraram
e a própria morte me prendeu em suas redes.

– 7 Ao Senhor eu invoquei na minha angústia
e elevei o meu clamor para o meu Deus;
– de Seu Templo Ele escutou a minha voz,
e chegou a Seus ouvidos o meu grito.

  – 8 a terra toda estremeceu e se abalou,
os fundamentos das montanhas vacilaram
e se agitaram, porque Deus estava irado.
= 9 De Seu nariz fumaça em nuvens se elevou,
da boca saiu fogo abrasador
dos Seus lábios, carvões incandescentes.

– 10 Os céus Ele abaixou e então desceu,
pousando em nuvens pretas os Seus pés.
– 11 Um querubim O conduzia no Seu voo,
sobre as asas do vento Ele pairava.

– 12 Das trevas fez um véu para envolver-Se,
escondeu-Se em densas nuvens e água escura.
– 13 No clarão que procedia de Seu rosto,
carvões incandescentes se acendiam.

– 14 Trovejou dos altos céus o Senhor Deus,
o Altíssimo fez ouvir a Sua voz;
– 15 e, lançando as Suas flechas, dissipou-os,
dispersou-os com Seus raios fulgurantes.

– 16 Até o fundo do oceano apareceu,
e os fundamentos do universo foram vistos,
– ante as Vossas ameaças, ó Senhor,
e ao sopro abrasador de Vossa ira.

– 17 Lá do alto Ele estendeu a Sua mão
e das águas mais profundas retirou-me;
– 18 libertou-me do inimigo poderoso
e de rivais muito mais fortes do que eu.

– 19 Assaltaram-me no dia da aflição,
mas o Senhor foi para mim um protetor;
– 20 colocou-me num lugar bem espaçoso:
o Senhor me libertou, porque me ama.

– 21 O Senhor recompensou minha justiça
e a pureza que encontrou em minhas mãos,
– 22 pois nos caminhos do Senhor eu caminhei,
e de meu Deus não me afastei por minhas culpas.

– 23 Tive sempre à minha frente os Seus preceitos,
e de mim não afastei Sua justiça.
– 24 Diante d’Ele tenho sido sempre reto
e conservei-me bem distante do pecado.
– O Senhor recompensou minha justiça
e a pureza que encontrou em minhas mãos.

– 25 Ó Senhor, Vós sois fiel com o fiel,
sois correto com o homem que é correto;
– 26 sois sincero com aquele que é sincero,
mas arguto com o homem astucioso.
– 27 Pois salvais, ó Senhor Deus, o povo humilde,
mas os olhos dos soberbos humilhais.

– 29 Ó Senhor, fazeis brilhar a minha lâmpada;  
ó meu Deus, iluminai as minhas trevas.
– 30 Junto convosco eu enfrento os inimigos,
com Vossa ajuda eu transponho altas muralhas.


– 31 São perfeitos os caminhos do Senhor,
Sua Palavra é provada pelo fogo;
– nosso Deus é um escudo poderoso
para aqueles que a Ele se confiam.

– 32 Quem é deus além de Deus nosso Senhor?
Quem é Rochedo semelhante ao nosso Deus?
– 33 Foi esse Deus que me vestiu de fortaleza
e que tornou o meu caminho sem pecado.

– 34 Tornou ligeiros os meus pés como os da corça
e colocou-me em segurança em lugar alto;
– 35 adestrou as minhas mãos para o combate,
e os meus braços, para usar arcos de bronze.

= 36 Por escudo Vós me destes Vossa ajuda;
com a Vossa mão direita me amparastes,
e a Vossa proteção me fez crescer.
– 37 Alargastes meu caminho ante meus passos,
e por isso os meus pés não vacilaram.

– 38 Persegui meus inimigos e alcancei-os,
não voltei sem os haver exterminado;
– 39 esmaguei-os, já não podem levantar-se,
e debaixo dos meus pés caíram todos.

– 40 Vós me cingistes de coragem para a luta
e dobrastes os rebeldes a meus pés.
– 41 Vós fizestes debandar meus inimigos,
e aqueles que me odeiam dispersastes.

– 42 Eles gritaram, mas ninguém veio salvá-los;
os seus gritos o Senhor não escutou.
– 43 Esmaguei-os como o pó que o vento leva
e pisei-os como a lama das estradas.

– 44 Vós me livrastes da revolta deste povo
e me pusestes como chefe das nações;
– serviu-me um povo para mim desconhecido,
45 mal ouviu a minha voz, obedeceu.

= Povos estranhos me prestaram homenagem,
46 povos estranhos se entregaram, se renderam
e, tremendo, abandonaram seus redutos.

– 47 Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo!
E louvado seja Deus, meu Salvador!
– 48 Porque foi Ele, o Senhor, que me vingou
e os povos submeteu ao meu domínio;

= libertou-me de inimigos furiosos,
49 me exaltou sobre os rivais que resistiam
e do homem sanguinário me salvou.
–50  Por isso, entre as nações, Vos louvarei,
cantarei salmos, ó Senhor, ao Vosso nome.

= 51 Concedeis ao Vosso rei grandes vitórias
e mostrais misericórdia ao Vosso Ungido,
a Davi e à sua casa para sempre.”

O Salmo 17(18) é uma ação de graças pela salvação e pela vitória, e poderemos rezá-lo agradecendo a Deus, sempre presente em nossos combates cotidianos, sem o quê, não teríamos razão alguma para manter viva a esperança de um novo tempo, ou vitória. No entanto, como afirmou Paulo, com Cristo, somos mais que vencedores:

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, angústia, a perseguição, a fome, a nudez, os perigos, a espada? Segundo está escrito: ‘Por sua causa somos postos à morte o dia todo, somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro’. Mas em tudo isto somos mais que vencedores, graças Àquele que nos amou.” (cf. Rm 8,35-37).

Rezando com os Salmos - Salmo 15 (16)

 


O Senhor é nosso refúgio e nossa herança

“=1 Guardai-me, ó Deus, porque em Vós me refugio!
2 Digo ao Senhor: 'Somente Vós sois meu Senhor:
nenhum bem eu posso achar fora de Vós!'

–3 Deus me inspirou uma admirável afeição
pelos Santos que habitam Sua terra.

–4 Multiplicam, no entanto, suas dores
os que correm para os deuses estrangeiros;
– seus sacrifícios sanguinários não partilho,
nem seus nomes passarão pelos meus lábios.

–5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,
meu destino está seguro em Vossas mãos!
–6 Foi demarcada para mim a melhor terra,
e eu exulto de alegria em minha herança!

–7 Eu bendigo o Senhor, que me aconselha,
e até de noite me adverte o coração.
–8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois se O tenho a meu lado não vacilo.

=9 Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,
e até meu corpo no repouso está tranquilo;

–10 pois não haveis de me deixar entregue à morte,
nem Vosso amigo conhecer a corrupção.

=11 Vós me ensinais Vosso caminho para a vida;
junto a Vós, felicidade sem limites,
delícia eterna e alegria ao Vosso lado!”

 

Rezemos o  Salmo 15(16) renovando nossa confiança e esperança no Senhor, pois tão somente Ele é nosso refúgio, herança e taça.

N’Ele confiando, jamais vacilaremos frente aos desafios que a vida nos apresenta, no testemunho das virtudes divinas que nos iluminam.

Cremos que Deus ressuscitou a Jesus, libertando-O das angústias da morte (At 2,24), e da mesma forma virá ao nosso encontro, para enxugar nossas lágrimas, refazer nossas forças, e nos ajudar na conquista de nossos sonhos e projetos, em todo o tempo, com a ação e presença do Santo Espírito. Amém.

“A esposa é o sol da família”

                                              


“A esposa é o sol da família”

O Papa Pio XII, na metade do século passado, dirigiu, a um grupo de recém-casados, palavras que guardam atualidade.

“A família tem o brilho de um sol que lhe é próprio; a esposa. Ouvi o que a Sagrada Escritura afirma e sente a respeito dela:

A graça da mulher dedicada é a delícia do marido. Mulher santa e virtuosa é graça primorosa. Como o sol que se levanta nas alturas do Senhor, assim o encanto da boa esposa na casa bem-ordenada (Eclo 6,19-21).

Realmente, a esposa e mãe é o sol da família. É sol por sua generosidade e dedicação, pela disponibilidade constante e pela delicadeza e atenção em relação a tudo quanto possa tornar agradável à vida do marido e dos filhos. Irradia luz e calor do espírito.

Costuma-se dizer que a vida de um casal será harmoniosa quando cada cônjuge, desde o começo, procurar não a sua felicidade, mas a do outro...

Embora este nobre sentimento e propósito pertençam a ambos, constitui principalmente uma virtude da mulher.

Por natureza, ela é dotada de sentimentos maternos, de  sabedoria, prudência e coração que a faz responder com alegria as contrariedades; quando ofendida, inspira dignidade e respeito, à semelhança do sol que ao raiar alegra a manhã coberta pelo nevoeiro e, quando se põe, tinge as nuvens com seus raios dourados.

A esposa é o sol da família pela limpidez do seu olhar e o calor de sua palavra. Com seu olhar e sua palavra penetra suavemente nas almas, acalmando-as e conseguindo afastá-las do tumulto das paixões...

A esposa é o sol da família por sua natural e serena sinceridade; sua digna simplicidade; seu distinto porte Cristão;  pela retidão do espírito sem esgotamento, e pela fina compostura com que se apresenta, veste e adorna; mostrando-se ao mesmo tempo reservada e amável.

Sentimentos delicados, agradáveis expressões do rosto, silêncio e sorriso sem malícia e um condescendente sinal de cabeça; tudo isso lhe dá a beleza de uma flor rara, mas simples, que ao desabrochar se abre para receber e refletir as cores do sol.

Ah, se pudésseis compreender como são profundos os sentimentos de amor e de gratidão que desperta e grava no coração do pai e dos filhos semelhante perfil de esposa e de mãe!”

Hoje, mais do que nunca, a mulher desempenha papel fundamental na edificação e santificação do lar, sobretudo o lar cristão, pequenina Igreja Doméstica, onde se vive e se aprofunda a caridade conjugal.

Caridade conjugal vivida como memória do amor fiel e indissolúvel de Deus para com a humanidade e de Cristo pela Sua Igreja; celebrada em cada Eucaristia, no Mistério do Sacrifício de Sua Morte e Ressurreição.

Esta caridade implica em renúncias, serviço generoso movido pelo amor; como profecia, enquanto sinalização do convívio na  eternidade, na família celestial - céu.

Reflitamos:

- Como revitalizar no coração de cada mãe e esposa a graça que Deus lhe concedeu, para que não perca seu calor e nem ofusque seu brilho indispensável?

- O que fazer para que com a cooperação do esposo e pai, tornar realidade estas tão sábias e profundas palavras?

- Como encontrar eco em cada coração de filho e filha, a fim de que possam desfrutar destes raios de calor e luz; aquecidos e iluminados por raios que não se apagam, mas que nos acompanham por toda a vida?

Que a Sagrada Família, que tem Maria, o “sol por excelência”, abençoe todas as famílias!

“Amai-vos, pois, uns aos outros, de coração e com ardor” (VIIIDTCC)

                                                     

“Amai-vos, pois, uns aos outros, de coração e com ardor”

À luz da Primeira Epístola do Apóstolo São Pedro (1Pd 1,22-23), reflitamos sobre o essencial da vida cristã, na fidelidade a Jesus Cristo, Nosso Senhor:

“Pela obediência à verdade, purificastes as vossas almas, para praticar um amor fraterno sem fingimento. Amai-vos, pois, uns aos outros, de coração e com ardor. Nascestes de novo, não de uma semente corruptível, mas incorruptível, mediante a Palavra de Deus, viva e permanente”. 

Purificados pelo Sangue de nosso Redentor, redimidos de nossos pecados, reconciliados com Deus, como discípulos missionários Seus, vivendo em comunidade, precisamos cada vez mais fazer progressos no amor fraterno –“amai-vos, pois, uns aos outros, de coração e com ardor”.

Nossas comunidades haverão de ser sempre espaço de aprendizado do amor mútuo, quando com humildade cada um reconhecer seus pecados e limitações, compreender e aprender a perdoar, em necessárias e contínuas conversões na prática do perdão, contando sempre com a graça e misericórdia divinas.

Este amor vivido e fortalecido, de modo especial, nutrido ao participarmos do Banquete Eucarístico, torna-se missão, de modo que deve chegar aos mais necessitados, aos empobrecidos, a todos que venham a precisar de acolhida, pão, água, liberdade, como o Senhor mesmo nos falou na passagem de Mateus (Mt 25,31-46).

Que Deus nos conceda a graça, fortaleza e sabedoria necessárias, para que edifiquemos uma Igreja em que a perfeição e a santidade sejam buscadas, reconhecendo sempre nossa condição finita, limitada e pecadora, mas sempre abertas às novas e luminosas realidades.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG