sábado, 22 de fevereiro de 2025

Prantos vespertinos, alegrias matutinas...

                                                      

Prantos vespertinos, alegrias matutinas...

 

“Eu Vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes,

e preservastes minha vida da morte!...

 

Cantai Salmos ao Senhor, povo fiel,

Dai-lhe graças e invocai Seu Santo nome!

 

Pois Sua ira dura apenas um momento,

Mas Sua bondade permanece a vida inteira;

 

Se à tarde vem o pranto visitar-nos,

De manhã vem saudar-nos a alegria...” (Sl 29)

 

 

Contemplo a bondade divina, presença permanente

Nas alegrias, como também nas adversidades.

 

A vida é um mistério, complexo e intenso,

De prantos vespertinos e alegrias matutinas.

 

Assim foi naquela Sexta Maior da morte do Amado Senhor,

Prantos, dor também tão intensa, lágrimas dos amigos e de Sua Mãe.

 

Assim foi naquela tarde de sábado, num silêncio abismal,

Que o vazio a humanidade experimentou.

 

Ele estava na mansão dos mortos, almas libertando,

A humanidade desde sempre e para sempre redimindo.

 

Mas algo novo se inaugurou, na madrugada da Ressurreição,

Alegria incontida das mulheres e dos amigos resplandeceu.

 

Nunca mais os prantos vespertinos ficariam sem consolo,

Porque com a Ressurreição a alegria da vitória o mundo

 

Prantos vespertinos e alegrias matutinas

Todos também as temos, irremediavelmente.

 

Não somos condenados a eternos prantos,

Mas vocacionados à eterna e plena alegria.

 

Ainda que a tristeza venha por um instante, suportemos.

Sabedoria Divina invocada, superação, alegria experimentemos.

 

Ainda que o pranto e lágrimas de dor cortante pela morte nos fragilizem,

Serão secas pela promessa da imortalidade, fé na Ressurreição.

 

Entre prantos vespertinos e alegrias matutinas,

Vamos tecendo a teia da vida, escrevendo nossa história.

 

Confiantes na bondade e ternura divinas,

Nossos prantos aos céus chegando, alegria no coração saudando.

 


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