"E vós, quem dizeis que Eu Sou?"
Uma pergunta que Jesus fez aos discípulos e que ressoa, permanentemente, em nosso coração: “E vós, quem dizeis que Eu Sou?”.
Pedro deu sua resposta, contando com a revelação divina, como o próprio Senhor o disse: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
O Apóstolo Paulo também deu a Cristo incontáveis nomes, como nos falou o Bispo São Gregório de Nissa, no século IV:
- Luz inacessível onde Deus habita
- Máximo Sacerdote e Páscoa
- Propiciação pelas almas
- Figura de sua substância
- Alimento e Bebidas espirituais
- Imagem do Deus invisível
- Cabeça do Corpo da Igreja
- Primogênito da nova criação
- Primícias dos que adormeceram
- Primogênito entre os mortos
- Primogênito entre muitos irmãos
- Mediador entre Deus e os homens
- Filho Unigênito coroado de glória e de honra
- Possuidor do domínio sobre o Reino que não tem limite. (1)
O Papa São Paulo VI, em memorável Homilia em Manila (1970), também nos presenteou com estas palavras: “Jesus é o centro da história e do universo.Ele nos conhece e ama, é o companheiro e o amigo em nossa vida, o homem das dores e da esperança.
Ele é quem de novo virá, para ser o nosso juiz, mas também – como confiamos – a eterna plenitude da vida e nossa felicidade.
Jamais cessarei de falar sobre Ele.
Ele é a luz, é a verdade, mais ainda, é o Caminho, a Verdade e a Vida. É o Pão e a Fonte de água viva, saciando a nossa fome e a sede. É o Pastor, o guia, o modelo, a nossa força, o nosso irmão.
Assim como nós, mais até do que nós, Ele foi pequenino, pobre, humilhado, trabalhador, oprimido, sofredor.
Em nosso favor, falou, fez milagres, fundou Novo Reino onde os pobres são felizes, onde a paz é a origem da vida em comum, onde são exaltados e consolados os de coração puro e os que choram, onde são saciados os que têm fome de justiça, onde podem os pecadores encontrar perdão e onde todos se reconhecem como irmão…
Cristo Jesus é o princípio e o fim, o alfa e o ômega, o Rei do mundo novo, a misteriosa e suprema razão da história humana e de nosso destino. É Ele o mediador e como que a ponte entre a terra e o céu.
É Ele, o Filho do Homem, maior e mais perfeito do que todos por ser o eterno, o infinito, Filho de Deus e Filho de Maria, bendita entre as mulheres, Sua mãe segundo a carne, nossa mãe pela comunhão com o Espírito do Corpo Místico.
Jesus Cristo, não vos esqueçais, é a nossa inalterável pregação.
Queremos ouvir Seu nome até os confins da terra e por todos os séculos dos séculos!” (2)
Procuremos a resposta que nos fale ao coração. Porém, mais do que respostas que possam ser acrescentadas, urge que cristãos o sejamos, de fato!
Urge conhecer Seu Nome e, muito mais do que isto, amar profundamente Sua Pessoa, assumir Seu projeto de vida, a nós apresentada com a Boa Notícia do Reino por Ele inaugurado.
Urge, também, mais do que nunca, um encontro pessoal,
Íntimo e sincero com o Senhor!
Estabelecer, amadurecer e aprofundar
Nossas relações sinceras de amor
com Ele e com nosso próximo,
até que Deus seja tudo em todos.
(1) Liturgia das Horas - vol. III - pp. 351-352
(2) Liturgia das Horas - Vol. III – pp. 376-377