Construamos diques de coragem
“Devemos construir diques de coragem
para conter a correnteza do medo”
(Martin Luther King)
Em tempos difíceis e obscuros por que passamos, em diversos âmbitos, reflitamos sobre a necessária coragem, que pode ser arruinada, absolutamente destruída pelo medo, fazendo multiplicar a dor, sofrimento e morte de tantos.
Recorro às memoráveis palavras de Martin Luther King sobre a missão de construir diques de coragem, para conter a correnteza do medo, e assim, reescrevermos novas páginas de vida plena, abundante e feliz para todos: “Devemos construir diques de coragem para conter a correnteza do medo”.
Oportuna esta definição de diques: são construídos com a função simples, no entanto, muito importante: conter a água. Eles ajudam a evitar que rios e lagos transbordem durante tempestades e provoquem inundações em terras baixas.
São também construídos para drenar terras que, em estado natural, ficariam debaixo d’água, e deste modo, podem ser usados para criar novas áreas de terra seca ao longo de uma região costeira. (1)
Construamos diques de coragem no primeiro espaço vital de todos nós, ou seja, na família, onde refazemos aprendizados que nos acompanham por toda a vida, dentre eles, a coragem, desde as primeiras quedas, ao aprendermos a andar.
Construamos diques de coragem nas escolas, onde a violência, lamentavelmente, se faz presente, colocando em risco alunos e professores, quando nela haveria de ser o espaço da busca e troca de saberes, para vencermos o medo do mar infinito do analfabetismo.
Construamos diques de coragem no vasto e complicado mundo da política, para conter a correnteza da apatia, indiferença, omissão, para salvaguardar sua real vocação: a prática sublime da caridade, que tenha tão apenas em vista a promoção do bem comum.
Construamos diques de coragem em todos os lugares por onde andarmos, para conter a correnteza do medo, a fim de que não faça ruir e desmoronar os mais sagrados e belos sonhos acordados, que cultivamos de novos céus e nova terra.
É tempo favorável para construir diques, unindo-nos a todas as pessoas de boa vontade, que professem ou não a nossa fé, mas que carreguem na alma a pureza, no coração a caridade, no olhar a esperança, porque creem na dignidade e sacralidade de cada pessoa.
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