terça-feira, 9 de abril de 2024

Vivamos a comunhão fraterna

                                                             

 Vivamos a comunhão fraterna 

Reflexão à luz da passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos (At 4,32-37), em que Lucas nos dá mais do que uma fotografia da situação real, apresenta-nos um retrato divino e modelo ideal de uma comunidade eclesial. 

Urge que edifiquemos a Igreja marcada por este espírito: – “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma” (At 4,32). 

Sempre oportuno que façamos a revisão de nossas comunidades, e o quanto ela vive este retrato divino, edificando uma Igreja que nasce da escuta da Palavra, fortalece os vínculos de comunhão fraterna, na perseverança na doutrina dos Apóstolos, nutrindo-se da Eucaristia (fração do Pão), fonte e ápice de toda a Igreja, regada também, com múltiplos e fecundos momentos de oração. 

Evidencia-se, nesta passagem, a comunhão fraterna, expressa na partilha dos bens, e não menos importante o papel dos Apóstolos na motivação e administração destes bens. 

A estes são confiados o ofício da pregação e a presidência da atividade caritativa, o que distingue a Igreja de uma mera organização burocrática governada pelo princípio da eficiência, em que vigoram relações meramente funcionais. 

O Papa Francisco, insistentemente, nos diz que a Igreja não é uma ONG (Organização não Governamental), mas uma comunidade de pessoas, que nasce do Espírito e por Ele assistida e conduzida, e não nasce da carne e do sangue.   

Oremos para que, como Igreja, na ação Evangelizadora, sejamos sempre atentos aos PILARES que se completam, inseparavelmente: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária, como vemos nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023), e que também nos remete, imediatamente à outro retrato das primeiras comunidades que Lucas nos descreve nos Atos dos Apóstolos (At 2,42-47) – “Eles eram perseverantes no ensinamento dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na Fração do Pão e nas Orações” (At 2,42).  

Este tempo difícil por que passamos, é muito favorável para promovermos e intensificarmos a comunhão fraterna, com gestos de amor, partilha e solidariedade, a fim de que possamos vislumbrar um novo amanhecer. 

Não podemos nos salvar sozinhos. No amor vivido e na comunhão fraterna vivida, damos testemunho da presença do Ressuscitado. 

Mais uma vez, ecoem as palavras de Tertuliano, ao se referir aos primeiros cristãos: “Vede como eles se amam”.

 

PS: Fonte inspiradora – Missal  Cotidiano – Editora Paulus – p.362


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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG