“O amor é um abismo de luz, uma fonte
de fogo”
O monge São João Clímaco (séc. VI) nos
apresenta, no trigésimo degrau da Escada Santa, “o amor”, como vemos:
“O amor: sua
natureza e semelhante a Deus (...) sua ação: embriaguez da alma; sua força
própria: fonte da fé, abismo de paciência, oceano de humildade.
O amor, a
liberdade interior e a adoção filial não se distinguem senão pelo nome, como a
luz, o fogo, a chama.
Se o rosto de um
ser amado (...) nos torna felizes, que não fará a força do Senhor quando vier
secretamente habitar a alma purificada?
O amor é um
abismo de luz, uma fonte de fogo. Quanto mais ele corre, mais queima aquele que
tem sede (...) Eis porque o amor é uma progressão eterna”.
Ser
discípulo missionário é propor-se a subir esta “escada santa”, degrau por degrau, até chegar ao seu ápice, que
consiste no amor.
Asim
somos conhecidos como discípulos do Senhor: se nos amarmos uns aos outros como
Ele nos amou, assim como ele próprio afirmou (Jo 13,35).
Roguemos
a Deus, para que jamais desistamos desta subida, incansavelmente, até que
alcancemos este “abismo de luz” e “fonte de fogo”, como nos falou o monge.
É
tempo de formar comunidades que vivam como as primeiras comunidades cristãs,
perseverantes na Doutrina dos Apóstolos, na fração do Pão, na comunhão fraterna
e na oração.
Tudo isto em perfeita sintonia com as novas Diretrizes Gerais da
Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil (2019-2023), a fim de construirmos
comunidades como uma casa, com seus quatro pilares indispensáveis: o pilar da
Palavra, do Pão, da Caridade e da ação missionária.
PS:
A Escada Santa, 30º degrau – citado em Fontes: Os
Místicos Cristãos dos primeiros séculos – textos e comentários – Edições
Subíaco – p.224
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