Quando na Palavra cremos,
as redes do nosso coração ficam cheias.
Quando o Senhor conosco parte e reparte o Pão
Alegra-se nossa alma, refazem-se as nossas fibras,
Sangue novo jorra nas veias de nosso coração.
E, assim, amor professado e renovado,
Quem será capaz de impedir o ardor na missão?
A presença do Ressuscitado, ontem e hoje, é a comunicação da paz, do “shalom”, da plenitude de todos os dons para que vivamos a missão sem medo, desânimo, lentidão, omissão.
Nada pode impedir a manifestação do Ressuscitado, e como o Pai O Enviou, Ele nos comunica o Seu Espírito para levarmos adiante a Sua missão (Jo 20,19-31).
Como não sentirmos Sua presença caminhando e falando conosco Sua Palavra, fazendo arder nossos corações?
Como não abrir nossos olhos e não O reconhecermos no partir do Pão, na vivência da comunhão, do amor fraterno, da partilha?
Como ouvir Sua Palavra e não lançarmos as redes exatamente onde Ele manda, para que a noite de nossos fracassos se torne uma pesca abundante (Jo 21, 1-19)?
Como não oferecermos a Ele o melhor de nós, os frutos de nosso trabalho, o pouco ou muito que tenhamos, em cada Banquete Eucarístico, para que o milagre do amor e da partilha leve à superação de toda forma de dor, sofrimento, miséria, tornando a vida mais bela e Pascal?
Como não responder sim, como Pedro o fez três vezes quando Ele o interrogou se O amava mais do que todos, para com fidelidade, coragem e muito amor conduzir a barca, a Igreja de Cristo, não mais pescando peixes, mas resgatando a humanidade do mar da escravidão, do egoísmo, do sofrimento e da morte.
É Tempo Pascal e, somente na atenta escuta à Sua Palavra é que nossas Eucaristias farão o vínculo mais estreito e desejável entre a fé e a vida, para fidelidade incondicional no seguimento.
Fidelidade na cruz, alegria na glória alcançada. Combatendo o bom combate da fé, completando nossa corrida, como nos falou o Apóstolo (2Tm 4, 1-8) é que alcançaremos a coroa da glória.
No encontro com o Senhor:
- a confiança se renova e frutifica, pois cremos em Sua palavra.
- a familiaridade da ceia no Pão partilhado nos nutre e nos inebria.
- o coração inflamado de amor, febris de amor nos pomos alegremente em missão.
Façamos nossas as palavras do Salmista:“Maravilhas fez e faz conosco o Senhor, exultemos de alegria!” (Sl 125):
É Páscoa, é novo amanhecer.
Aprendamos com Pedro, o discípulo amado,
e tantos que deram testemunhos da fé,
febris de amor sejamos, para que jamais nos sintamos
enfraquecidos a ponto de não dar a razão de nossa esperança.
Aleluia!
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