Mulheres que escrevem uma nova história
Uma homenagem à todas mulheres, lembrando Díogenes de Sinope, filósofo da Grécia antiga, que perambulava pelas ruas carregando uma lamparina, durante o dia, alegando estar procurando por um homem honesto.
Com lamparina nas mãos, andei por vilas, ruas e praças, e entrei em vários lugares a procura de mulheres virtuosas que constroem com valentia e sabedoria uma nova história.
Encontrei-as em lares, escolas, hospitais, comunidades de fé, e em tantos outros lugares...
Mulheres movidas pelas virtudes cardeais, da prudência, da justiça, da fortaleza e da temperança.
Mulheres que amam a justiça, cujo fruto do trabalho são as virtudes, porque ensinam a temperança e a prudência, a justiça e a fortaleza (Sb 8, 7).
Mulheres prudentes, que dispõem da razão prática para discernir, em qualquer circunstância, o verdadeiro bem e para escolher os justos meios para atingi-lo.
Mulheres que não confundem prudência com a timidez ou o medo, a duplicidade ou dissimulação.
Mulheres sedentas de justiça, movidas e comprometidas pela virtude moral da constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido.
Mulheres que desejam e lutam pelos direitos de todos estabelecendo harmonia nas relações humanas, objetivando a promoção do bem comum, vivendo com retidão de pensamentos e conduta.
Mulheres fortes, que no meio das dificuldades e as enfrentando com coragem e ousadia, asseguram a firmeza e a constância na realização do bem.
Mulheres que resistem às tentações de desistir e evadir do mundo, mas que se põem cotidianamente de pé na superação dos obstáculos, vencendo os medos, mesmo da morte, enfrentando provações e por vezes perseguições e discriminações.
Inúmeras que vivem a renúncia de si mesmas, com o sacrifício da própria vida, na defesa de uma causa justa porque creem no Senhor e em sua Palavra, e assim rezam – “O Senhor é a minha fortaleza e a minha glória” (Sl 118, 14); “No mundo haveis de sofrer tribulações: mas tende coragem! Eu venci o mundo!” (Jo 16, 33).
Mulheres que agem com Temperança, que sabem moderar a atração dos prazeres e encontram equilíbrio no uso dos bens criados.
Mulheres que sabem viver o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os desejos nos limites da honestidade, guardando sã discrição e não se deixando arrastar pelas paixões do coração.
Mulheres que vivem com moderação, justiça e piedade no mundo presente (Tt 2, 12).
Às mulheres que encontrei, e não são poucas, movidas pelas virtudes cardeais, dedico estas palavras de Santo Agostinho, pois as vivem de fato:
“Viver bem é amar a Deus de todo o coração, com toda a alma e com todo o proceder [...], de tal modo que se lhe dedica um amor incorrupto e íntegro (pela temperança), que mal algum poderá abalar (fortaleza), que a ninguém mais serve (justiça), que cuida de discernir todas as coisas para não se deixar surpreender pela astúcia e pela mentira (prudência)” .
Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher!
PS: Postado com vistas ao Dia 8 de março - Dia Internacional da Mulher
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