“Seja o Tempo do Advento...”
“Deus não está no fim da procura humana,
mas sim no início. O homem
é livre no seu ato de fé
e de partida à procura de
Deus; mas a sua aventura não é
solitária, porque o próprio
Deus o procura e o ama”. (1)
Seja o Advento o tempo desta procura, que é sempre um “novo
início”, pois Deus é um Mistério tão grande, que uma vez encontrado, ainda
falta tudo para encontrá-Lo, como nos disse Santo Agostinho.
Seja o Advento o tempo de reiniciarmos uma nova preparação, em
todos os âmbitos, para bem celebrarmos o Nascimento do Menino Deus, de modo
especialíssimo na manjedoura de nosso coração.
Seja o Advento o tempo da vigilância e oração, em que renovamos
a graça de sentir a presença d’Aquele que veio, vem e virá, para caminhar conosco,
pois é próprio de quem ama, sentir-se bem ao lado do amado.
Seja o Advento o tempo de sentir-se por Deus amado, por meio do
Seu Amado Filho, o Verbo que fez morada, comunicando Sua Luz, vida e graça,
derramando o amor em nós por meio do Espírito, como nos falou o Apóstolo Paulo (cf. Rm 5,5).
Seja o Advento, portanto, tempo favorável do recolhimento em
sincera e frutuosa oração, abandonando as obras das trevas e nos revestindo com
as armas da luz, de modo especial na prática do essencial da fé cristã: o
Mandamento do amor a Deus e ao próximo.
Seja o Advento o início permanente de nossa procura de Deus,
Mistério profundo, imenso e intenso, de amor incansável pela humanidade, não
por méritos que possuamos, mas porque Deus é bom e nos ama imerecidamente.
Lecionário Comentado – Vol. Advento/Natal - Editora Paulus –
Lisboa - p.42
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