terça-feira, 1 de julho de 2025

Minhas reflexões no Youtube

 



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Em poucas palavras...

                                             


Em Deus, nossa confiança e esperança

“Na realidade, é difícil muitas vezes compreender porque acontecem certos fatos, mas o cristão sabe que Deus o vê e n’Ele confia, não fica inerte, se esforça, reza, porém, acima de tudo tem grande esperança, põe sua confiança em Deus.” (1)

 

(1)         Comentário do Missal Cotidiano - Editora Paulus - passagem do Evangelho Mt 8,23-27 - pág. 969

 

O Senhor está conosco: nada a temer!

                                                               

O Senhor está conosco: nada a temer!

“Levantando-Se, ameaçou os ventos e o mar,
e fez-se uma grande calmaria” (Mt 8,26)

A Liturgia da Palavra, da Terça-feira da 13ª Semana do Tempo Comum (ano ímpar), nos apresenta como Leituras: Livro do Gênesis (19,15-29) e Evangelho de Mateus (Mt 8, 23-27).

Na primeira Leitura, o Senhor fez chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra, e também a célebre passagem sobre a mulher de Ló que, olhando para trás, tornou-se uma estátua de sal.

Na passagem do Evangelho, Jesus presente na barca dando ordem aos ventos e ao mar, e concedendo uma grande calmaria.

O Missal Cotidiano, sobre a primeira leitura, apresenta estes questionamentos: 

Num mundo como o nosso, “Para onde poderiam fugir os justos, se Deus quisesse destruir as cidades pecadoras?”
- “Quais cidades poderiam declarar-se sem pecado?”

Em seguida, afirma que o real problema não é tanto o fugir materialmente, porque nem mesmo é preciso fugir, e como pecadores precisamos ter diante dos olhos os testemunhos dos justos, pois “O bom grão é destinado a crescer ao lado do joio, até a ceifa. O importante é que o bom grão não se torne joio”.

De fato, como cristãos, temos sempre um duplo princípio evangélico: não podemos nos isentar da responsabilidade pelo mal praticado e jamais nos omitirmos em sua eliminação.

Se há uma volta, é aquela acompanhada do arrependimento sincero e o propósito de não mais errar; de trilhar um novo caminho na mais perfeita sintonia com o querer e a vontade divina, com a certeza de que o Senhor está na “barca”.

Verdadeiramente, Ele está fazendo conosco a grande travessia e nos ajudando a superar o medo dos ventos contrários, símbolo das contrariedades e dificuldades que precisamos enfrentar com coragem, e vivendo nossa fé, experimentar a “calmaria” que Ele pode nos garantir, e então também diremos admirados como os discípulos: 

“Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt 8,27).



Missal Cotidiano - Editora Paulus - p.966

Com o Senhor, serenidade nas travessias

                                         


Com o Senhor, serenidade nas travessias

Sejamos enriquecidos pelo Sermão n.63,1-3, de Santo Agostinho:

“Subiu Ele a uma barca com seus discípulos. De repente, desencadeou-se sobre o mar uma tempestade tão grande, que as ondas cobriam a barca. Ele, no entanto, dormia.

Os discípulos achegaram-se a ele e o acordaram, dizendo: Senhor, salva-nos, nós perecemos! E Jesus perguntou: Por que este medo, gente de pouca fé?

Então, levantando-se, deu ordens aos ventos e ao mar, e fez-se uma grande calmaria. Admirados, diziam: Quem é este homem a quem até os ventos e o mar obedecem?” (Mt 8,23-27).

Vamos comentar, com a ajuda de Deus, a leitura que o Santo Evangelho nos propõe hoje, não aconteça que tenham a fé adormecida nos vossos corações, no meio das tempestades e ondas deste tempo.

Cristo não teve poder sobre a morte ou o sono? Ou por acaso o sono pôde dominar a vontade do Navegador Todo-Poderoso? Se pensardes assim, sem dúvida, Cristo e a fé estão adormecidos em vossos corações. Mas se Cristo vela em vós, a vossa fé também está acordada. ‘Que Ele faça Cristo habitar em vossos corações pela fé’ (Ef 3,17), disse o Apóstolo.

O sono de Cristo é sinal de mistério. Os ocupantes da barca representam as almas que atravessam a vida deste mundo agarradas ao madeiro da cruz. Por outro lado, a barca é símbolo da Igreja. Sim, verdadeiramente […] o coração de cada fiel é uma barca que navega no mar e que não se afundará se o espírito mantiver bons pensamentos.

Insultaram-te: é o vento que te fustiga. Encolerizaste-te: é a onda que se levanta. Surgiu a tentação: é o vento que sopra. A tua alma está perturbada: são as vagas que se elevam. Insultaram-te e desejas vingança; castigaste sem temperança e estás caído. E por quê? Porque Cristo dorme no teu coração. O que significa que Cristo dorme? Que tu te esqueceste dele. Acorda Cristo, deixa que Ele te fale.

O que querias? Vingança. Não te lembras de que quando o crucificaram, ele disse: ‘Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem’(Lc 23,34)? O que dormiu em teu coração não quis vingar-se. Acorda-o! Contempla-o. A sua memória são as suas palavras; a sua memória é a sua Lei. E se Cristo cuida de ti, te dirás: Quem sou eu, para querer punir? Quem, para ameaçar a alguém? Talvez eu morra antes de me vingar. E se morrer, inflamado pela ira, com anseio e sede de vingança, aquele que não quis punir me receberá? Aquele que disse: ‘Perdoai, e sereis perdoados, dai, e dar-se-vos-á’ (Lc 6,36-38)? Portanto, reprimirei a minha ira e pacificarei o meu coração. Cristo deu ordem ao mar e este ficou calmo (cf. Mt 8,27).

O que disse acima sobre a ira, aplicai-o a todos os tipos de tentações. És tentado e estás perturbado: são o vento e as ondas que se levantam. Desperta Cristo e fala com ele. ‘Quem é Este, a quem até o vento e o mar obedecem?’ (Mt 8,26) Quem é Ele? ‘Dele é o mar, pois foi Ele quem o formou’ (Sl 95,5)‘por Ele é que tudo começou a existir’ Jo 1,3).

Imita, pois, os ventos e o mar: obedece ao Criador. O mar mostra-se dócil à voz de Cristo e tu continuas surdo? O mar obedece, o vento acalma-se e tu continuas a soprar? Que queremos dizer com isso? Falar, agitar-se, meditar na vingança: não será tudo isto continuar a soprar e não querer ceder diante da palavra de Cristo? Quando o teu coração está perturbado, não te deixes submergir pelas vagas.

No entanto, se o vento nos virar — porque somos apenas humanos — e acicatar as emoções más do nosso coração, não desesperemos. Acordemos Cristo, para que possamos prosseguir a nossa viagem por mares mais calmos.”

Nossa vida consiste numa constante travessia pelo mar da vida, e por vezes os mares são agitados pelos ventos.

Precisamos confiar na presença do Senhor na barca de nosso coração, e confiantes em Sua Palavra, superar todo o medo, vivendo a fé, em atitude orante, confiantes, suplicantes na mais autêntica relação com o Senhor que jamais nos abandona.

Creiamos que Ele está em nossa barca seja de nosso coração, como na barca de Sua Igreja em todo o tempo: e a última e poderosa Palavra somente Ele tem a nos dirigir e a serenidade nos devolver nas travessias cotidianas. Amém.

 

PS: Sermão apropriado para a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 6,24-34).

Rezando com os Salmos - Sl 58(59),2-5.10-11.17-18

 



O Senhor é a minha força, refúgio e proteção

“–2 Libertai-me do inimigo, ó meu Deus,
e protegei-me contra os meus perseguidores!
–3 Libertai-me dos obreiros da maldade,
defendei-me desses homens sanguinários!

–4 Eis que ficam espreitando a minha vida,
poderosos armam tramas contra mim.
=5 Mas eu, Senhor, não cometi pecado ou crime;
eles investem contra mim sem eu ter culpa:
despertai e vinde logo ao meu encontro!

=10 Minha força, é a vós que me dirijo,
porque sois o meu refúgio e proteção,
11 Deus clemente e compassivo, meu amor!
– Deus virá com seu amor ao meu encontro,
e hei de ver meus inimigos humilhados.

–17 Eu, então, hei de cantar vosso poder,
e de manhã celebrarei vossa bondade,
– porque fostes para mim o meu abrigo,
o meu refúgio no dia da aflição.

=18 Minha força, cantarei vossos louvores,
porque sois o meu refúgio e proteção,
Deus clemente e compassivo, meu amor!”

O Salmo 58(59),2-5.10-11.17-18 é a oração do justo perseguido:

“Ameaçado por gente poderosa, o salmista protesta sua inocência; numa prece confiante invoca o socorro divino contra os que desejam matá-lo.” (1)

Segundo Eusébio de Cesareia, estas palavras ensinam a todos o amor filial do Salvador para com seu Pai.

Também deve ser esta a nossa atitude diante de Deus em meio as provações e dificuldades. E sempre que preciso for, façamos deste Salmo a nossa oração e no Senhor, em quem colocamos toda a confiança, busquemos refúgio e proteção, não evasão ou omissão dos sagrados compromissos. Amém.

 

(1) Comentário Bíblia Edições CNBB – pág. 774



Rezando com os Salmos - Sl 56(57)

 

Peregrinamos confiantes sob a sombra do Altíssimo

 “–1 Ao maestro do coro. Conforme a melodia
“Não destruas”. Poema de Davi.
Quando fugindo de Saul, escondeu-se na caverna.

–2 Piedade, Senhor, piedade,
pois em vós se abriga a minh'alma!
– De vossas asas, à sombra, me achego,
até que passe a tormenta, Senhor!

–3 Lanço um grito ao Senhor Deus Altíssimo,
a este Deus que me dá todo o bem.
=4 Que me envie do céu sua ajuda
e confunda os meus opressores!
Deus me envie sua graça e verdade!

–5 Eu me encontro em meio a leões,
que, famintos, devoram os homens;
– os seus dentes são lanças e flechas,
suas línguas, espadas cortantes.

–6 Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus,
vossa glória refulja na terra!

–7 Prepararam um laço a meus pés,
e assim oprimiram minh'alma;
– uma cova me abriram à frente,
mas na mesma acabaram caindo.

–8 Meu coração está pronto, meu Deus,
está pronto o meu coração!
–9 Vou cantar e tocar para vós:
desperta, minh'alma, desperta!
– Despertem a harpa e a lira,
eu irei acordar a aurora!

–10 Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos,
dar-vos graças, por entre as nações!
–11 Vosso amor é mais alto que os céus,
mais que as nuvens a vossa verdade!

–12 Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus,
vossa glória refulja na terra!”

O Salmo 56(57) é uma Oração da manhã numa aflição, e como nos falou Santo Agostinho, este Salmo canta a Paixão do Senhor:

“O Salmista sabe que está seguro sob a proteção de Deus; mesmo quando habita no meio de gente violenta. Sua firme esperança o leva a sentir-se salvo e suscita nele a ação de graças.”(1)

Experimentemos também nós a força e presença divina nos momentos de aflição por que possamos passar, e renovemos em cada Eucaristia as forças necessárias para que carreguemos as cruzes cotidianas das aflições ou de quaisquer outros nomes. Amém.


(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 773

 

Uma página Missionária

                                                            


Uma página Missionária

 “O Deus da esperança, que nos cumula de toda 
alegria e paz em nossa fé, pela ação do
Espírito Santoesteja convosco!" (Rm 15,13)
Era o mês de julho de 2002, e eu estava em Missão na Diocese de Ji-Paraná – R(2000-2002).

Acabávamos de realizar a segunda rodada de visitas às Comunidades, que começamos em abril. Excepcionalmente, procuramos fazê-las aos sábados e domingos, pois era o tempo da colheita do café, e o povo das Comunidades ficava muito sobrecarregado.

Tivemos, em maio, uma Semana de reciclagem teológica para Padres e Irmãs, e, no começo de junho, o Encontro dos Presbíteros de nosso Regional Noroeste na Diocese de Ji-Paraná.

Foi uma experiência muito rica ao longo do Encontro. Diversos presbíteros, diversas realidades. Procuramos neste encontro um rosto, uma identidade para o presbítero nesta desafiadora realidade amazônica, como ainda o é.

No final de junho, ajudei o Pe. Afonso, Pároco da Paróquia de São João Batista, em Presidente Médici-RO, nas visitas às Comunidades simples e acolhedoras, sedentas de Deus, pois devido à falta de Sacerdotes, ficavam meses sem a Celebração Eucarística.

Em julho, recebemos a Visita Pastoral do Bispo D. Antônio Possamai (in memoriam), aos setores de nossas Comunidades (eram 10), e em cada um ficava o dia todo, conversando com pais, mães, juventude e crianças.

Ao final do dia, presidia a Celebração Eucarística, num clima de muita fé e alegria e esperança, pois o Povo estava muito abatido pela situação econômica que pesava sobre seus ombros. Sua presença renovava e estimulava as forças das lideranças das comunidades.

No dia 09 de julho, presidiu a Celebração Eucarística na Cidade, conferindo o Ministério do Batismo, da Eucaristia, da Visitação e do Matrimônio (testemunhas qualificadas) para aproximadamente 80 Ministros (as), que tiveram, anteriormente, um retiro num final de semana, com dias memoráveis de profunda espiritualidade:

Tudo isto num cenário político e econômico desafiador, pois estávamos preocupados com algumas questões que nos tocavam profundamente. Dentre elas, a gravíssima realidade da água no planeta, “o ouro azul do milênio”, as eleições, o fortalecimento dos Conselhos Municipais, o Mutirão Nacional contra a fome e a miséria etc.

No final de julho, participei de passeio Ecológico dos Padres da Diocese, em plena floresta amazônica Memorável pelos desafios, sobretudo para mim que vinha de uma realidade essencialmente urbana.

Em agosto e setembro, faríamos a terceira rodada de visita as Comunidades, indo pela manhã e voltando bem à noite, cansados, mas felizes pela missão realizada, revigorados pelo carinho e acolhida das comunidades.

Pela manhã, daríamos a formação para os Agentes, e à tarde, celebraríamos a Eucaristia com todo o Povo da Comunidade. Este jeito de visitar seria uma novidade. Ir ao encontro do Povo, procurar ser maior presença, dentro de nossos limites econômicos e recursos humanos.

Ainda sobrou um tempinho para a Copa do Mundo 2002, em julho! Ganhamos o penta! E torcíamos também para que o Brasil encontrasse caminhos para superação da fome e da miséria a que eram condenados mais de 53 milhões de brasileiros (as). Deste modo, venceríamos outros campeonatos que nos desafiam...

Caminhava para o final do terceiro ano em Missão. E 2003? Ainda não sabia. Os Bispos de lá me pediram para trabalhar no Seminário, na Formação, mas a Diocese de Guarulhos precisava que eu voltasse.

Em conversa com D. Luiz (in memoriam), o mesmo deixou a decisão em minhas mãos. Continuar em Rondônia seria minha livre e espontânea decisão, desligar-me de Guarulhos e incardinar naquela Diocese.

Por fim, depois de muita oração para discernimento, retornaria a Guarulhos, no final de dezembro de 2002.

Apóstolo Paulo, modelo de servidor do Evangelho

                                                                 

Apóstolo Paulo, modelo de servidor do Evangelho
 
Na passagem da Segunda Carta de Paulo aos Coríntios (2 Cor 4,6-11), encontramos o modelo de evangelizador que devemos ser, a partir do exemplo de ardor apostólico de São Paulo.
 
O Apóstolo, por sua vida, foi um prolongamento da vida de Cristo, apesar das fragilidades próprias, de modo que a mensagem evangélica não fica comprometida mesmo com nossas fragilidades.
 
Com o Apóstolo, aprendemos que o evangelizador é portador de um tesouro precioso e a obra evangelizadora é obra do poder de Deus.
 
A grande mensagem da passagem está nas frases de abertura e de conclusão, que servem de moldura a esta descrição autobiográfica de Paulo: ele não se anuncia a si mesmo (v. 5), mas anuncia “a glória de Deus, que se reflete no rosto de Cristo” (v. 6), e que Deus, autor da luz na criação do mundo, fez brilhar como luz no seu coração:

"O objetivo de Paulo é demonstrar que Cristo está vivo no seu ministério apostólico, mesmo a partir da fragilidade que se manifesta na forma como é perseguido e entregue à morte em nome de Cristo (v. 11).” (1)
 
Como vemos, o Apóstolo Paulo é um modelo de servidor do Evangelho para todos os que, na Igreja, se posicionam ao serviço humilde do Povo de Deus:
 
“Dele aprendemos que a grande característica do apostolado, mais que as ações pastorais inovadoras ou não, é a relação com Cristo, a ponto de trazer na própria vida as marcas dessa união, seja nas tribulações que se sofre por causa de Cristo e do Evangelho, seja porque se incarna na própria vida aquilo que se ensina”. (2)
 
Com Paulo, aprendemos que “...a  vida do evangelizador deve conformar-se cada vez mais à vida de Cristo a ponto de se tornar um espelho de Cristo, um livro aberto do Evangelho, onde se pode ler os sinais da vida oferecida de Jesus. Só uma grande intimidade com Jesus Cristo, como a que teve Paulo, poderá dar-nos a possibilidade de sermos pessoas identificadas com o Evangelho que anunciamos”. (3)
 
Deste modo, a grande característica do apostolado, mais que as ações pastorais inovadoras ou não, é a relação com Cristo, a ponto de trazer na própria vida as marcas dessa união, seja nas tribulações que se sofre por causa de Cristo e do Evangelho, seja porque se encarna na própria vida aquilo que se ensina.
 
Com Paulo, aprendemos que a  vida do evangelizador deve conformar-se cada vez mais à vida de Cristo a ponto de se tornar um espelho de Cristo, um livro aberto do Evangelho, onde se pode ler os sinais da vida oferecida de Jesus.
 
Neste sentido, é preciso fortalecer nossa intimidade com Jesus Cristo, assim como fez o Apóstolo, e assim teremos a possibilidade de sermos pessoas identificadas com o Evangelho que anunciamos e haveremos de testemunhar com palavras e obras.
 
Urge que aprendamos com Paulo a evangelizar, empenhando-nos em viver a nossa missão com a mesma dedicação e coragem, assistidos pelo mesmo Espírito que o conduziu em sua missão, e com ele, também, possamos dizer – “ai de mim se eu não evangelizar” (1 Cor 9,16).
 
  
PS: Citações extraídas de www.Dehonianos.org/portal

Oliveiras e candelabros do Senhor

 


Oliveiras e candelabros do Senhor 

Apóstolos, Pedro e Paulo,
“São duas oliveiras
Diante do Senhor,
Brilhantes candelabros
De esplêndido fulgor.”(1)
 
Selaram a missão com o martírio,
Vidas configuradas a quem tanto amaram:
Jesus Cristo, Nosso Senhor,
Da humanidade, Divino Redentor
A Ele, toda honra, glória, poder e louvor.
 
Vidas modeladas pela Palavra divina,
Mais que cortante e penetrante
Do que a espada nas Escrituras mencionada,
Dividindo a alma e o espírito,
Seguiram passos firmes e confiantes.
 
Despojamento incondicional testemunhado,
Sem pompas nem acastelamentos enganadores,
Pois tão somente no Senhor depositavam a esperança,
Fé autêntica na Divina Fonte do Amor:
Corações seduzidos pelo Fogo Abrasador.
 
Duas histórias de paixão pelo Senhor,
Coragem vivida sob a luz das estrelas,
Iluminados pela Luz do Sol Nascente,
Fidelidade provada em todo tempo,
Acrisolada, pelo fogo do amor purificador.
 
Sacrifício, combate e empenho -
Em cada linha da história de ambos,
Foram escritas para sempre:
Um o Martírio pela cruz, o outro pela espada,
Na glória celestial, vidas eternizadas. Amém.


(1) Ofício das Leituras - Hino da Solenidade de São Pedro e São Paulo

A fé no Senhor na travessia do mar da vida

                                                 

A fé no Senhor na travessia do mar da vida
 
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 8,23-27), em que contemplemos o Amor de Deus, que está sempre de braços dados com a humanidade.
 
Sua mão está sempre estendida ao nosso alcance. Mais ainda, na travessia do mar, a partir da fé de Pedro, somos convidados a renovar nossa fé e confiança no poder de Deus e atravessar para a outra margem, comprometidos com o Reino de Deus.
 
A barca da Igreja fará a travessia para a outra margem, e Deus nos garante o êxito nesta travessia.
 
Tenhamos fé! A Salvação de Deus é para todos, mas depende do empenho de cada um de nós; de nossa abertura, da nossa entrega, do nosso compromisso e confiança.
 
Jesus está sempre nos dirigindo a Sua Palavra: “Vem, não temais, tende confiança...".
 
A escuridão de nossas noite será sempre iluminada; o medo será afastado; as forças devoradoras da vida serão vencidas; os ventos contrários cessarão e as tempestades serão acalmadas, pois elas não são e não serão para sempre. Em outro momento Jesus disse: “Coragem, eu venci o mundo!”
 
O simbolismo da passagem é extremamente rico: O mar é sinal de morte, frustração, desânimo, desilusão.
 
Vençamos as forças da morte! Façamos a mesma experiência de fé das primeiras comunidades.
 
A outra margem é o Banquete do Reino, que só será alcançado por quem não sucumbir, não submergir na luta. É preciso enfrentar o mar de dificuldades com fé.

Reflitamos:
 
- Qual o tempo reservo e dedico para a minha intimidade com Deus?
- Sei fazer silêncio para que Deus e Sua presença possa sentir?
 
- Quais são as raízes que não posso perder, ou que devo revitalizar, para corresponder ao Projeto de Salvação que Deus tem para mim e para a humanidade, para não ficar mergulhado num estéril intimismo que d’Ele, ao contrário, me afasta?
 
- Abro-me à Salvação que Deus me oferece e correspondo com gestos, compromissos, atitudes?
- Sou fiel aos valores do Reino?
 
- A Celebração Eucarística tem sido para mim o maior e o melhor momento do meu encontro com Deus e com os meus irmãos e irmãs?
- Tenho uma proposta credível, iluminadora,  para ao mundo apresentar e testemunhar?
 
Concluindo, crer no Cristo Ressuscitado é a certeza de que jamais seremos vencidos. 

Como disse o Apóstolo Paulo: “Nada nos separe do Amor de Cristo porque n’Ele somos mais que vencedores” (Rm 8,37).
 
Coragem!
 
Com o Senhor atravessaremos as noites escuras e enfrentaremos os ventos contrários. Amém.
 
“Creio em Deus Pai todo Poderoso...

Coragem! O Senhor está conosco

                                                              

Coragem! O Senhor está conosco

“E Jesus perguntou:
Por que este medo, gente de pouca fé?
Então, levantando-se, deu ordens aos ventos
e ao mar, e fez-se uma grande calmaria.” (Mt 8, 26)

Senhor, somos Teus discípulos missionários,
E queremos viver com fidelidade e autenticidade
O seguimento de Ti, por isto suplicamos:
Dá-nos, Senhor, coragem para assumir as implicações desta missão,
Para levar a bom termo o bom combate da fé,
Pois não bastam entusiasmo e boa vontade.

Senhor, ajuda-nos a ter disposição de deixar muitas coisas para trás,
inclusive o conforto, os costumes, a cultura, se necessário,
e até mesmo os grandes valores que não forem os Teus.

Dá-nos a disposição de seguir em frente, de ir além,
sempre buscando o novo, para que a boa-nova aconteça,
escrevendo linhas de uma vida marcada por novos desafios.

Senhor, fica conosco e nos dê segurança para atravessar o lago
e buscar a outra margem, onde novas pessoas esperam
para serem evangelizadas, porque têm sede de vida e paz,
que somente encontrarão em Ti e em Tua Palavra,
portanto, que nada se anteponha ou sobreponha à Tua vontade, .
porque seguir-Te é colocar a evangelização acima de tudo.

Senhor, nesta travessia, nossa vida é constantemente marcada por turbulências
que nem sempre são fáceis de serem vencidas,
Muitas vezes temos a impressão de que seremos naufragados.
Tantas situações nos desafiam, e parecem maiores do que possamos suportar.
Reconhecemos, Senhor, nossa impotência diante de determinadas situações,
Faça com que nossa fé em Ti fale mais alto.

Senhor, não permita que nossa vida seja marcada pelo medo paralisante,
pela covardia ou pela transferência da responsabilidade para Ti.
Esteja conosco no assumir com coragem os desafios;
Reaviva em nós a certeza de que és nosso grande companheiro
E que sendo nosso eterno aliado, seremos mais que vitoriosos,
porque não realizaremos uma obra que é nossa, mas, antes de tudo, Tua.

Senhor, fica em nossa barca nesta longa travessia,
Tua Palavra nos dá força e coragem
Para enfrentar ventos contrários e ondas que geram medo;
Contigo nada poderá nos fragilizar, porque tens poder,
Tens poder sobre tudo e todos, sobre a vida e a morte,
E Teu amor na Cruz vivenciado, vitória do Ressuscitado.

Senhor, que jamais Te recusemos ou reneguemos,
Que jamais nos fechemos à evidência do Teu amor,
E com a sabedoria que vem do Teu Espírito,
Na fidelidade a Deus, Teu Pai e nosso Pai,
Saibamos discernir o que é essencial e mais importante
E nunca colocar nenhum bem material acima de Ti,
Porque és para nós o supremo bem, o bem maior. Amém.


PS: Fonte inspiradora: Mt 8, 23-27

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