quarta-feira, 30 de abril de 2025

O amor de Deus nos impulsiona ao discipulado

                                                          

O amor de Deus nos impulsiona ao discipulado

Na quarta-feira da 2ª semana do Tempo da Páscoa, ouvimos a passagem do Evangelho de João (Jo 3,16-21).

Deus não só levantou a serpente de bronze no deserto para curar Seu povo, mas ofereceu Seu Filho ao mundo:

“Deus amou tanto o mundo, que enviou Seu Filho Unigênito, para que não morra todo o que n'Ele crer, mas tenha a vida eterna” (João 3,16).

Deus não só participou de Sua elevação na Cruz pela Redenção do mundo: Mistério do Amor Trinitário, que em Jesus, possuidor de condição divina, despojando-Se de tudo, aceita a morte, e morte de Cruz.

A Morte de Jesus não é ausência de Deus, mas na aparência de Sua ausência, eterna permanência de Seu amor:

Como Santo Agostinho afirmou: Deus Amante (Pai); Deus Amado (Filho); Deus Amor (Espírito).

Antes de ser elevado, desce ao fundo da miséria da condição humana, vai à mansão dos mortos para reconciliar todos os que habitam nas trevas.

Ressuscitado, elevado, glorificado, à direita de Deus, no eterno relacionamento de Amor, também quer nos elevar um dia ao Seu eterno, alegre e amoroso convívio: Céu - Plenitude da vida e luz!

A humanidade, ainda que experimente os porões da miséria humana, os porões da morte, é chamada a habitar nas alturas, na glória de Deus.

Quando se multiplica a morte dos inocentes, renova-se o compromisso inadiável com os crucificados da História.

Ver Jesus, n'Ele tocar, por Ele ser sempre tocados, com a convicção de que quando N’Ele tocamos e somos tocados pela Palavra e Eucaristia, n’Ele tocamos e somos tocados pela Sua real presença em cada crucificado.

A fé no Ressuscitado, e envolvidos por Seu amor e presença somos enviados a ser d’Ele sinal e instrumento, comprometidos com Ele em tantos rostos e expressões de crucificados. Aleluia!

Cremos no Senhor, expressão maior do Amor de Deus

                                                    


Cremos no Senhor, expressão maior do Amor de Deus

“Pois Deus amou tanto o mundo, que
deu o Seu Filho único para que não morra
quem n’Ele crê, mas tenha vida eterna.”  (Jo 3,16)

Na 2ª quarta-feira da Páscoa, ouvimos a passagem do Evangelho de João (Jo 3, 16-21), no qual encontramos um dos mais belos versículos da Sagrada Escritura: “Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o Seu Filho único para que não morra quem n’Ele crê, mas tenha vida eterna”.

À luz desta passagem, elevo uma Oração ao Senhor, que tendo nos amado, nos amou até o fim, e continua manifestando o Seu Amor com a presença do Seu Espírito, que nos anima e nos fortalece na fidelidade ao Projeto do Pai, pelo qual a Vida entregou.

Oremos: 

Contemplo, Senhor Jesus, Vossa vinda ao mundo como a maior manifestação do Amor misericordioso de Deus por todos nós, que não quer a nossa morte como pecadores que somos, mas que nos convertamos e vivamos.

Creio em Vós, Senhor, e em Vossa missão, que viestes ao mundo não para condená-lo, mas para que seja salvo por Vós, pelo Mistério de Vossa Paixão, Morte e Ressurreição.

Creio em Vós, Senhor, que não permitis que caiamos em tentação diante das dificuldades e provações, multiplicando as obras das trevas, numa vida marcada pelo pecado com suas tristes e por vezes mortais consequências.

Creio em Vós, que nos libertastes para não mais vivermos segundo a carne, escravos do pecado e da morte, e assim, vivendo livres, segundo o Espírito, como filhos e filhas de Deus, irmãos uns dos outros, na graça abundante e revitalizadora de nossos passos, de amanhecer em amanhecer.

Creio em Vós, Senhor, no transbordamento imensurável de Vossa graça em nosso coração, para que movidos pela Paixão do Reino, fascinados por Vós, em adesão total e incondicional a Vossa Palavra, caminhemos na Vida Nova que vem de Vós, Ressuscitado.

Creio em Vós, Senhor, que viestes ao mundo para trazer a Salvação à humanidade mergulhada no pecado, e que por si só é incapaz de se livrar desta trágica situação.

Creio em Vós, Senhor, que viestes para a divina missão de nos reconciliar com Deus, para por fim na antiga inimizade de nossos pais com o Criador, e, pelo Vosso Sangue derramado, selássemos uma indissolúvel Nova e Eterna Aliança de Amor.

Creio em Vós, Senhor, e também Vos peço, para que, sedentos da Salvação eterna, não apenas Vos confessemos com os lábios, mas que verdadeiramente nos configuremos a Vós; com o Vosso divino modo de ser e viver, em total submissão à vontade de Deus Pai, com o Santo Espírito que pousou sobre Vós.

Creio em Vós, Senhor, que fazeis frutificar a nossa fé na prática da caridade, para que se tornem realizadas as mais belas esperanças, também na mente e coração cultivados, para que um dia alcancemos a esperança maior: a eternidade, e junto de Vós e com Vosso Espírito, a face de Deus contemplar.

Senhor, que o Vosso Amor esteja entranhado em nosso coração e seja expresso na relação para com nosso próximo, porque tão somente assim, luminosos seremos, e ao mundo, por vezes tão sombrio, poderemos comunicar um raio de Vossa divina luz. Amém. Aleluia!

Discípulos missionários do Senhor: amados para amar

                             

Discípulos missionários do Senhor: amados para amar


“Pois o Amor que d’Ele vem e
experimentamos é impossível de ser contido.”

Na quarta-feira da 2ª semana do Tempo Pascal, ouvimos a passagem do Evangelho de João (Jo 3,16-21).

Reflitamos sobre a Encarnação e Missão do Verbo, Nosso Senhor, que é também a nossa missão, de uma comunidade que escuta, acolhe, acredita, anuncia, testemunha a Sua Palavra.

Assim lemos na passagem da Epístola aos Hebreus:

“Muitas vezes e de muitos modos falou Deus outrora aos nossos pais, pelos Profetas; nestes dias, que são os últimos, Ele nos falou por meio do Filho, a quem Ele constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual Ele também criou o universo.

Este é o esplendor da glória do Pai, a expressão do Seu ser. Ele sustenta o universo com o poder de Sua Palavra. Tendo feito a purificação dos pecados, Ele sentou-Se à direita da Majestade Divina, nas alturas. Ele foi colocado tanto acima dos Anjos quanto o nome que Ele herdou supera o nome deles.” (Hb 1,1-4)

Como vemos e cremos, Deus Se revelou e Se comunicou com a humanidade num momento histórico por meio de Jesus de Nazaré, a Palavra de Deus viva e encarnada.

Esta citação nos ajuda a dar um passo neste itinerário Pascal que estamos trilhando:

“Jesus é a Palavra de Deus no meio de nós, porque a Palavra não é uma coisa, mas uma pessoa: ‘A Palavra fez-Se Carne e habitou entre nós’ (Jo 1,14).

Jesus é o Messias enviado por Deus e consagrado pelo Espírito para falar em nome do Senhor, trazendo a Sua misericórdia, a liberdade e o auxílio aos cativos, aos pobres, aos oprimidos (Lc 4,14-21).

A condição hoje necessária a cada cristão é o acolhimento de Jesus e da Sua Palavra” (1)

Iluminadoras as citações do Missal Cotidiano que nos ajudam à compreensão desta inserção do Verbo em nossa história e a missão que nos foi por Ele confiada:

- “A Bíblia é a literatura de um povo; nela estão reunidas as vicissitudes, os sofrimentos, as angústias, as alegrias e as esperanças da história de um povo; as reflexões dos sábios, os líricos, os hinos dos poetas, as canções populares até a vida das primitivas comunidades cristãs... A história passada é lida como Palavra de Deus para que, à sua luz, possamos ler a nossa história, a nossa vida, e descobrir e encontrar Deus nas vicissitudes do nosso cotidiano”

“... A Igreja não proclama uma abstrata ideologia humana, mas a Palavra que Se fez Carne em Cristo, Filho de Deus, Senhor e Redentor de todos os homens”.

- “Antigo e Novo Testamento se tornam atuais, próximos, se não ficarmos presos à letra morta. Mais cedo ou mais tarde descobriremos que podemos dizer a cada página – ‘Aqui se fala de nós. Eu sou Adão.

Nós somos os apóstolos no mar. Encontramo-nos precisamente como Jesus no caminho do Calvário e da Ressurreição. Assim, através da Palavra de Deus, vamos lentamente descobrindo como é nossa vida aos olhos d’Ele, isto é, na dimensão profunda...’

A Palavra que vem de Deus possui a força e a eficácia de Deus. Interpela, provoca, consola, cria comunhão e salva, das mais diversas maneiras, conforme os momentos e as formas; todo ato de pregação é glorificação de Deus e acontecimento sociológico para os homens. Hoje também a Palavra quer tornar-se carne para nossa vida”.

A força e a eficácia da Palavra em nossa vida são inegáveis:

“A Palavra de Deus deve ser conhecida, redescoberta, vivida. A Palavra de Deus fundamenta a fé dos crentes e constrói a Igreja: ‘A Palavra de Deus é viva, eficaz’ (Hb 4,12); ‘toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar... para que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda a boa obra’ (2Tm 3,16-17). Pedro diz claramente que: ’nascemos de novo, não de uma semente mortal, mas imortal, por meio da Palavra de Deus, que é viva e permanece’” (1Pd 1,23)”.

Concluímos com as palavras de São João Crisóstomo, em sua Homilia sobre o Evangelho de São João:

“As Escrituras não nos foram dadas para que as conservássemos só escritas nos livros, mas para que as gravássemos no coração [...] impressas na alma para que esta fosse purificada”.

Expressemos nosso amor ao Senhor, que ainda não amamos nunca o bastante, e que desejamos amá-Lo com todo nosso ser, nossa alma, nossa força e nosso entendimento, pois Ele é Aquele que um dia Se fez igual a nós, exceto no pecado, para caminhar conosco.

Reclinaremos em Seu Sagrado Coração, como fez o discípulo amado, e nada mais diremos, pois diante do amor, as palavras se tornam desnecessárias.

Diante da Palavra, nossas palavras nada são, pois não expressam quão grande é o amor do Senhor por nós.

Refeitos pelo Amor e carinho do Senhor, revigorados pelo Pão da Palavra e da Eucaristia, vamos ao encontro de nosso próximo, pois o Amor que d’Ele vem e experimentamos é impossível de ser contido.



(1) Lecionário Comentado - Tempo Comum – p.121. 

Pães ázimos de pureza e verdade

                                                                 

Pães ázimos de pureza e verdade
 
“Assim, celebremos a Festa, não com velho fermento,
nem com fermento da maldade ou da perversidade,
mas com os pães ázimos de pureza e verdade”
(1 Cor 5,8)
 
Reflexão à luz da passagem da Primeira Carta do Apóstolo Paulo aos Coríntios (1 Cor 5,1-8), que rezamos nas Laudes:
 
- “Purificai-nos, Senhor, de todo fermento de malícia e perversidade, para vivermos a Páscoa de Cristo com os pães ázimos da sinceridade e da verdade;
 
- Ajudai-nos a vencer neste dia o pecado da discórdia e da inveja, e tornai-nos mais atentos às necessidades de nossos irmãos e irmãs”.
 
Para aprofundamento sejamos enriquecidos pelo Sermão do Papa São Leão Magno (séc. V):
 
Caríssimos filhos, a natureza humana foi assumida tão intimamente pelo Filho de Deus, que o único e mesmo Cristo está não apenas neste Homem, primogênito de toda a criatura, mas também em todos os Seus santos [...]
 
É Ele (Jesus) que une à Sua Paixão não apenas a gloriosa fortaleza dos mártires, mas também a fé de todos aqueles que renasceram nas Águas Batismais.
 
É nisto que consiste celebrar dignamente a Páscoa do Senhor com os ázimos da sinceridade e da verdade: tendo rejeitado o fermento da antiga malícia, a nova criatura se inebria e se alimenta do próprio Senhor.
 
A nossa participação no Corpo e no Sangue de Cristo age de tal modo que nos transformamos n’Aquele que recebemos. Mortos, sepultados e ressuscitados n’Ele, que O tenhamos sempre em nós tanto no espírito como no corpo”.
 
Malícia, perversidade, discórdia, inveja, e tantas outras formas de pecado, mancham nossa veste batismal, e ninguém pode dizer que não está livre, tanto que elevamos a Deus súplicas, para que Ele nos ajude a vencer tais tentações. Também suplicamos a Sua Misericórdia para nossa necessária purificação.
 
Sinceridade, verdade, solicitude para com os irmãos e irmãs, são mais do que desejáveis para nós que temos uma fé Pascal.
 
Rezar com a Igreja nos enriquece cotidianamente, e em cada Eucaristia ser nutrido pelo pão ázimo do amor e da verdade, porque isenta de todo fermento de maldade, que impossibilitaria que, n’Ele inserido, nova criatura fôssemos.
 
Somos fortalecidos ao receber a Eucaristia, pois somos nutridos com o mais belo Pão, que foi fermentado sim, mas com o mais puro Amor, no Sangue, copiosamente, na Cruz derramado.
 
Bem como, somos inebriados quando do Cálice participamos e bebemos da mais pura e necessária Bebida.
 
Comungando do Pão Consagrado, bebendo do Vinho consagrado, Corpo e Sangue do Senhor, n'Ele somos transformados e no mundo cada gesto de amor, partilha, perdão, compreensão, solidariedade, Sua ação e presença, testemunhadas.
 
É preciso sempre gerar e formar Cristo em nós, para gerá-Lo e formá-Lo no coração do outro. 
 
Cada Eucaristia é e será sempre um novo e eterno acontecimento, sem nenhum mérito de nossa parte, mas pura expressão do Amor Divino.
 
Ontem, hoje e sempre, a Deus, honra, glória, poder e louvor, acompanhado do mais sincero e autêntico agradecimento. Amém. 
 

Rezando com os Salmos - Sl 35 (36)

 


O Senhor é fonte de vida, graça e luz


“–1 Ao mestre do coro. De Davi, servo do Senhor.

–2 O pecado sussurra ao ímpio
lá no fundo do seu coração;
– o temor do Senhor, nosso Deus,
não existe perante seus olhos.
–3 Lisonjeia a si mesmo pensando:
‘Ninguém vê nem condena o meu crime’.

–4 Traz na boca maldade e engano;
já não quer refletir e agir bem.
=5 Arquiteta a maldade em seu leito,
nos caminhos errados insiste
e não quer afastar-se do mal.

–6 Vosso amor chega aos céus, ó Senhor,
chega às nuvens a Vossa verdade.
–7 Como as altas montanhas eternas
é a vossa justiça, Senhor;
– e os vossos juízos superam
os abismos profundos dos mares.

– Os animais e os homens salvais:
8 quão preciosa é, Senhor, vossa graça!
– Eis que os filhos dos homens se abrigam
sob a sombra das asas de Deus.
–9 Na abundância de Vossa morada,
eles vêm saciar-se de bens.

– Vós lhes dais de beber água viva,
na torrente das Vossas delícias.
–10 Pois em Vós está a fonte da vida,
e em Vossa luz contemplamos a luz.
–11 Conservai aos fiéis Vossa graça,
e aos retos, a vossa justiça!

–12 Não me pisem os pés dos soberbos,
nem me expulsem as mãos dos malvados!
–13 Os perversos, tremendo, caíram
e não podem erguer-se do chão.”

Com o Salmo 35(36) refletimos sobre a malícia do pecador e a bondade de Deus que vem em socorro dos justos, iluminando seus caminhos:

“Em dois quadros bem distintos descreve-se a maldade do pecador que não quer converter-se (v.2-5) e, depois, a infinita misericórdia de Deus, que coloca a salvação ao alcance de todos (v. 6-13).” (1)

Peregrinos do Senhor, experimentamos cotidianamente as delícias de Deus em nosso favor; e Ele nos comunica vida, graça e luz, como tão bem se expressou e rezou o Salmista.

Firmemos nossos passos confiantes na presença do Senhor, porque quem o Segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida (cf. Jo 8,12).

 

(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 755

Em poucas palavras...

                                                        


Escravos, mercenários ou filhos

 

“Nós, ou nos desviamos do mal por temor do castigo e estamos na atitude do escravo, ou vivemos à espera da recompensa e parecemo-nos com os mercenários; ou, finalmente, é pelo bem em si e por amor d’Aquele que manda, que obedecemos […], e então estamos na atitude própria dos filhos”

 

(1)São Basílio – cf. Catecismo da Igreja Católica n. 1828

 

Rezando com os Salmos - Salmo 34 (35)

 



Na perseguição, uma súplica confiante ao Senhor

“–1 Acusai os que me acusam, ó Senhor,
combatei os que combatem contra mim!
=2 Empunhai o Vosso escudo e armadura;
levantai-Vos, vinde logo em meu socorro
e dizei-me: ‘Sou a tua salvação!’

–3 Vibrai a lança e refreai meus inimigos
e dizei-me: ‘Sou a tua salvação!’
–4 Que sejam confundidos e humilhados,
todos aqueles que procuram me matar.

Que voltem para trás envergonhados,
os que maquinam a maldade contra mim.
–5 Sejam palha que é levada pelo vento
e o anjo do Senhor os leve embora.

–6 Sejam de lama e de trevas seus caminhos
e o anjo do Senhor venha empurrá-los.
–7 Pois sem razão me armaram laços traiçoeiros
para matar-me sem motivo abriram covas.

=8 Caia a ruína sobre eles de repente,
em seus laços traiçoeiros fiquem presos
e na cova que cavaram caiam eles.

–9 Então minh'alma no Senhor se alegrará
e exultará de alegria em seu auxílio.
–10 Direi ao meu Senhor com todo o ser:
‘Senhor, quem pode a Vós se assemelhar,
– pois livrais o infeliz do prepotente
e libertais o miserável do opressor?’

–11 Surgiram testemunhas mentirosas,
acusando-me de coisas que não sei.
–12 Pagaram com o mal o bem que fiz,
e a minh'alma está agora desolada!

=13 Quando eram eles que sofriam na doença,
eu me humilhava com cilício e com jejum
e revolvia minhas preces no meu peito;
–14 eu sofria e caminhava angustiado
como alguém que chora a morte de sua mãe.

=15 Mas apenas tropecei, eles se riram;
como feras se juntaram contra mim
e me morderam, sem que eu saiba seus motivos;
–16 eles me tentam com blasfêmias e sarcasmos
e se voltam contra mim rangendo os dentes.

=17 Até quando, ó Senhor, podeis ver isso?
Libertai a minha alma destas feras
e salvai a minha vida dos leões!
–18 Então, em meio à multidão, Vos louvarei
e na grande assembleia darei graças.

–19 Que não possam nunca mais rir-se de mim
meus inimigos mentirosos e injustos!
– Nem acenem os seus olhos com maldade
aqueles que me odeiam sem motivo!

–20 São incapazes de falar o que é de paz
e maquinam contra os mansos e pacíficos.
–21 Escancaram sua boca contra mim,
dizendo: ‘Ah, ah, ah, nosso olho viu!’.

–22 Vós bem vistes, ó Senhor, não Vos caleis!
Não fiqueis longe de mim, ó meu Senhor!
–23 Levantai-Vos, acordai, fazei justiça!
Minha causa defendei, Senhor, meu Deus!

–24 Julgai-me, ó Senhor, porque sois justo,
ó meu Deus, que não se alegrem com meus males!
–25 No seu íntimo não pensem: ‘Foi bem feito!’,
e não digam: ‘Afinal o devoramos!’

–26 Que se cubram de vergonha e confusão
todos aqueles que se alegram com meus males!
– Que se vistam de ignomínia e de desonra
os que se elevam com orgulho contra mim!

–27 Rejubile de alegria todo aquele
que se faz o defensor da minha causa
– e possa dizer sempre: ‘Deus é grande,
Ele deseja todo o bem para o seu servo!’
–28 Minha língua anunciará Vossa justiça
e cantarei Vosso louvor eternamente!”

Rezemos o Salmo 34(35) confiantes no Senhor, que nos salva nas perseguições. O Salmo trata-se de uma súplica do justo perseguido:

“Os que antes eram amigos, hoje são inimigos. Diante de Deus o orante exprime a amargura de sentir-se traído e pede-Lhe que entre na luta a seu favor, zelando pela sua segurança.” (1)

Confiemos e nos unamos ao Senhor, que não foi poupado da mesma situação:

“Então, os sumos sacerdotes e os anciãos do povo reuniram-se no palácio do sumo sacerdote Caifás e deliberaram para, com astucia, prender Jesus e matá-Lo.” (cf. Mt 26,3-4).

“Pai nosso que estais nos céus...”

 

 

 

(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – pág. 753

 

terça-feira, 29 de abril de 2025

Quem, por medo, as portas não fecharia?

 


Quem, por medo, as portas não fecharia?

“Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas,
por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e pondo-Se no meio deles, disse:  ‘A paz esteja convosco’”(Jo 20,19)
 
Quem a portas, por medo, não fecharia?
Eliminaram a vida do Amado, em quem tanto confiávamos.
Esperanças e confiança, com eles mortas, para sempre enterradas!
 
Enterradas?
Não. Definitivamente não!
Ressuscitou como disse. Aleluia!
 
Não há portas que possam impedir Sua nova presença.
Ele vive e está entre nós, O Primeiro e o último.
Aquele que vive, nos falou o discípulo amado(cf. Ap 1,17).
 
“Estive morto, mas agora estou vivo para sempre.
Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos.
Escreve, pois o que viste, aquilo que está acontecendo
E que vai acontecer depois.” (cf. Ap. 1,18)
 
Com Ele vivo e Ressuscitado,
O início de uma nova criação,
Primeiro dia da semana.
 
Centralidade em nossas vidas em todos os momentos e lugar
Com Ele, por Ele, para Ele todo o nosso existir.
Com o sopro do Seu Espírito, há uma missão a cumprir.
 
Suas chagas que na sexta-feira escura da dor paixão e morte,
A mansão dos mortos, o sepulcro por amor visitou.
Mas o Pai, para sempre, em mesmo amor, glorificou.
 
Vive, para sempre, Aquele que tantos nos amou.
Viveremos para sempre por quem tanto nos amou.
Peregrinando na esperança, fiéis a divina missão
Que à Sua Igreja, com o Santo Espírito nos confiou. 
 
Vençamos todo o cansaço, todo o medo.
Anunciar o mundo o mais belo segredo de quem crê:
Nada mais será como antes. Ressuscitou Aleluia.
 
Quem, por medo, as portas não fecharia?
Mas agora não pode impedir o anúncio,
Corajoso testemunho. Aleluia! Aleluia!

Vivamos a comunhão fraterna

                                                        

Vivamos a comunhão fraterna

Reflexão à luz da passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos (At 4,32-37), em que Lucas, mais do que uma fotografia da situação real, apresenta-nos um retrato divino e modelo ideal de uma comunidade eclesial. 

Urge que edifiquemos a Igreja marcada por este espírito: – “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma” (At 4,32), e ainda “Eles eram perseverantes no ensinamento dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na Fração do Pão e nas Orações” (At 2,42).  

Evidencia-se, nesta passagem, a comunhão fraterna, expressa na partilha dos bens, e a missão dos Apóstolos na motivação e administração destes bens. 

A estes são confiados o ofício da pregação e a presidência da atividade caritativa, o que distingue a Igreja de uma mera organização burocrática governada pelo princípio da eficiência, em que vigoram relações meramente funcionais. 

Sempre oportuno que façamos a revisão de nossas comunidades, e o quanto ela vive este retrato divino, edificando uma Igreja que nasce da escuta da Palavra, fortalece os vínculos de comunhão fraterna, na perseverança na doutrina dos Apóstolos, nutrindo-se da Eucaristia (fração do Pão), fonte e ápice de toda a Igreja, regada também, com múltiplos e fecundos momentos de oração. 

O Papa Francisco sempre afirmava que a Igreja não é uma ONG (Organização não Governamental), mas uma comunidade de pessoas, que nasce do Espírito e por Ele assistida e conduzida, e não nasce da carne e do sangue.   

Oremos para que, como Igreja, na ação Evangelizadora, sejamos sempre atentos aos PILARES que se completam, inseparavelmente: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária, como vemos nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2019-2023), e que também nos remete, imediatamente a outro retrato das primeiras comunidades que Lucas nos descreve nos Atos dos Apóstolos (At 2,42-47).

Este tempo difícil por que passamos, é muito favorável para promovermos e intensificarmos a comunhão fraterna, com gestos de amor, partilha e solidariedade, a fim de que possamos vislumbrar um novo amanhecer. 

Não podemos nos salvar sozinhos. No amor vivido e na comunhão fraterna vivida, damos testemunho da presença do Ressuscitado. 

Mais uma vez, ecoem as palavras de Tertuliano, ao se referir aos primeiros cristãos: “Vede como eles se amam”.

A comunidade cristã tem, portanto, algumas marcas:

- É o lugar privilegiado do encontro com Jesus Cristo Ressuscitado: na Palavra proclamada, no pão partilhado, no amor vivido e no corajoso testemunho dado;

- É formada homens e mulheres novos, que nascem da Cruz e da Ressurreição de Jesus, a Igreja;

- Rica pela diversidade, unidade e caridade, tendo como centro o próprio Jesus Cristo Ressuscitado;

- Formada por diversas pessoas, mas tem uma só fé e vive num só coração e numa só alma, assim manifestado em gestos concretos de partilha;

- Deve superar todo tipo de egoísmo, autossuficiência, fechamento em si mesma, para que possa dar testemunho da vida e presença do Ressuscitado;

- Continuará a missão do Senhor: comunicar a vida nova que brota de Sua Ressurreição.

Que nossas comunidades vivam cada vez mais a unidade, a comunhão fraterna e a caridade para serem alegres testemunhas do Cristo Ressuscitado, aquele que nos concede a verdadeira paz – Shalom!

Oremos:

“Fazei-nos, ó Deus todo-poderoso, proclamar o poder do Cristo Ressuscitado, e, tendo recebido as primícias dos Seus dons, consigamos possuí-los em plenitude. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém



Fontes inspiradoras:

- Missal  Cotidiano – Editora Paulus – p.362

-  www.dehonianos.org/portal

Eucaristia: Sacramento da unidade e da caridade

                                                

Eucaristia: Sacramento da unidade e da caridade

Sejamos iluminados pela mensagem dos “Livros a Monimo”, escrita pelo Bispo de Ruspe, São Fulgêncio (Séc.VI), que nos fala da Eucaristia, como Sacramento da unidade e da caridade.

“A edificação espiritual do corpo de Cristo realiza-se na caridade, segundo as palavras de São Pedro: ‘Como pedras vivas, formai um edifício espiritual, um sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo’ (1Pd 2,5).

Esta edificação espiritual atinge sua maior eficácia no momento em que o próprio Corpo do Senhor, que é a Igreja, no Sacramento do Pão e do Cálice, oferece o Corpo e o Sangue de Cristo: ‘o cálice que bebemos é a comunhão com o sangue de Cristo; e o pão que partimos, é a comunhão com o corpo de Cristo. Porque há um só pão, nós todos participamos desse único pão’ (cf. 1Cor 10,16-17).

Por isso pedimos que a mesma graça que faz da Igreja o Corpo de Cristo, faça com que todos os membros, unidos pelos laços da caridade, perseverem firmemente na unidade do corpo.

E com razão suplicamos que isto se realize em nós pelo dom daquele Espírito que é ao mesmo tempo o Espírito do Pai e do Filho; porque sendo a Santíssima Trindade, na unidade de natureza, igualdade e amor, o único e verdadeiro Deus, é unânime a ação das três Pessoas divinas na obra santificadora daqueles que adota como filhos.

Eis por que está escrito: ‘O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado’ (Rm 5,5).

O Espírito Santo, que é unidade do Pai e do Filho, realiza agora naqueles a quem concedeu a graça da adoção divina, transformação idêntica à que realizou naqueles que receberam o mesmo Espírito, conforme lemos no livro dos Atos dos Apóstolos: ‘A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma’ (At 4,32). Quem fez dessa multidão dos que creram em Deus um só coração e uma só alma, foi aquele Espírito que é unidade do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é um só Deus.

Por isso, o Apóstolo exorta a conservarmos com toda a solicitude esta unidade do espírito no vínculo da paz, quando diz aos Efésios: ‘Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: com toda a humildade e mansidão, suportando-vos uns aos outros com paciência, no amor. Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito’ (Ef 3,1-4).

Deus, com efeito, enquanto conserva na Igreja o amor que ela recebeu pelo Espírito Santo, transforma-a num sacrifício agradável a seus olhos. De modo, que, recebendo continuamente esse dom da caridade espiritual, a Igreja possa sempre se apresentar como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”.

 

Roguemos a Deus que nos envie o Espírito Santo, que acompanhou Jesus Cristo em toda a Sua divina missão, para que nos conduza, a fim de que sejamos sacramento da unidade e da caridade.

Que o Espírito nos conceda os sete dons (Sabedoria, Entendimento, Conselho, Ciência, Fortaleza, Temor de Deus e Piedade), para edificarmos uma Igreja na unidade, sem jamais confundirmos unidade com uniformidade, abertos às diversidades de ministérios e carismas.

De modo especial, para que nossas comunidades cresçam na caridade e fortaleçam os vínculos fraternos, iluminados pela Palavra e fortalecidos pela Sagrada Eucaristia, vivendo com ardor a ação missionária.

No entanto, urge que cada vez mais nossa espiritualidade Eucarística: impossível o discipulado sem que celebremos e comunguemos o Corpo e Sangue do Senhor (por vezes espiritualmente).

Oportuno concluir com as palavras do Papa São João Paulo II, que, em seus últimos escritos sobre Eucaristia: Ecclesia de Eucharistia – 2003 e Mane Nobiscum Domine – 2004), assim nos falou:

- “A Eucaristia é amor levado ao extremo”;

- “A Eucaristia edifica a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia”;

- “A Eucaristia cria comunhão e edifica para a comunhão”;

“Na simplicidade dos sinais do banquete se esconde o abismo da santidade de Deus”;

-“A Eucaristia é verdadeiramente um pedaço do céu que se abre sobre a terra – é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da história e vem iluminar nosso caminho”;

“... o cristão, que participa na Eucaristia, dela aprende a tornar-se promotor de comunhão, de paz, de solidariedade em todas as circunstâncias da vida...  a Eucaristia como uma grande escola de paz...”.

Concluindo, saciados pelo Pão de Imortalidade, antídoto para não morrermos (cf. Santo Inácio de Antioquia), somos revigorados e animados para edificar a Igreja, sacramento da unidade e da caridade.

 

Um diálogo amoroso

                                                                          

Um diálogo amoroso
 
Da Virgem Santa Catarina de Sena (séc. XIV), Doutora da Igreja, temos um Diálogo que ela faz com a Providência divina, e que muito nos ajuda a crescer na intimidade com Deus.
 
Assim inicia seu diálogo com Deus:
 
Com a indizível benignidade de Sua clemência, o Pai eterno dirigiu o olhar para esta alma, e começou a falar...”
 
Em seguida, ela nos apresenta o falar da Providência Divina:
 
Caríssima filha, determinei com firmeza usar de misericórdia para com o mundo e quero providenciar acerca de todas as situações dos homens. Mas o homem ignorante julga levar à morte aquilo que lhe concedo para a vida, e assim se torna muito cruel, para si próprio; no entanto, dele Eu cuido sempre.”
 
Como Deus é misericordioso para conosco! Incansavelmente, cuida de nós, ainda que não mereçamos, ainda que não percebamos.
 
“Por isso quero que saibas: tudo quanto dou ao homem provém da suprema providência.”
 
Nada teríamos se Deus não nos providenciasse. Tudo é nosso pela iniciativa de Deus. Importa reconhecer que tudo que temos é nosso, mas antes de tudo é de Deus. O mundo, a vida, o nosso ser, tudo é de Cristo, e Cristo é de Deus, já nos disse o Apóstolo Paulo.
 
“E o motivo está em que, tendo criado com providência, olhei em mim mesmo e fiquei cativo da beleza de minha criatura. Porque foi de meu agrado criá-la com grande providência à minha imagem e semelhança. Mais ainda, dei-lhe a memória para guardar meus benefícios em seu favor, por querer que participasse de meu poder de Pai eterno.”
 
Deus nos criou, somos obras de Suas mãos. A beleza que temos é a perfeita semelhança com Ele. Criado à Sua imagem e semelhança nos deu a memória, que por vezes mal usamos, não guardamos os benefícios e maravilhas incontáveis que Ele realiza.   Possuidores de memória, de inteligência, de liberdade, podemos corresponder ou não aos desígnios divinos; fortalecer vínculos com a fonte de nossa vida e aprofundar nossa amizade com Ele, no senhorio sobre todas as coisas.                 
 
“Dei-lhe, além disto, a inteligência para conhecer e compreender na sabedoria de meu Filho a minha vontade, porque Sou com ardente caridade paterna o máximo doador de todas as graças. Concedi-lhe também a vontade de amar, participando da clemência do Espírito Santo, para poder amar aquilo que a inteligência visse e conhecesse.”
 
Explicita a inteligência para compreensão de Sua sabedoria para que sua vontade seja conhecida e realizada. Deus é Pai e possui por nós uma “ardente caridade paterna” e é para nós o “doador de todas as graças.” Ainda, nos comunica a ação e a presença do Espírito Santo para “amar aquilo que a inteligência visse e conhecesse”.
 
Continua a Doutora:
 
“Isto fez minha doce providência. Ser o único capaz de entender e de encontrar seu gozo em mim com alegria imensa na minha eterna visão. E como de outras vezes te falei, pela desobediência de vosso primeiro pai Adão, o céu estava fechado. Desta desobediência decorreram depois todos os males no mundo inteiro.”
 
Ó quão doce é a providência divina; capaz de derramar e comunicar Seu Amor por nós, ainda que nossos primeiros pais tenham pecado. É próprio do Amor de Deus não desistir de nós, porque somos obras de Sua mão, expressão de Seu amor.
 
“Para fazer desaparecer do homem a morte de sua desobediência, em minha clemência providenciei, entregando-vos meu Filho unigênito com grande sabedoria, para que assim reparasse vosso dano. Impus-lhe uma grande obediência, a fim de que o gênero humano se livrasse do veneno que se difundira no mundo pela desobediência de vosso primeiro pai.”
 
Somos remetidos à algumas passagens bíblicas:
 
 “Deus amou tanto o mundo que entregou o Seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16);
 
 “Tornando-se semelhante aos homens e reconhecido em seu aspecto como um homem abaixou-se, tornando-se obediente até a morte, à morte sobre uma cruz. Por isso Deus soberanamente o elevou e lhe conferiu o nome que está acima de todo nome...” (Fl 2, 1-9);
 
 “Vede que manifestação de amor nos Deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus e nós o somos. Se o mundo não nos conhece, é porque não o conheceu” (1 Jo 3,1).
 
Retomando o seu diálogo:
 
- “Assim, como que cativo de amor e com verdadeira obediência, correu com toda a rapidez, correu à ignominiosa Morte Sacratíssima, deu-vos a vida, não pelo vigor de Sua humanidade, mas da divindade”.
 
- “Cativo de amor” é o Senhor Jesus por nós. Que sejamos então prisioneiros também do mais Belo Amor. Completemos em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo por amor a Igreja, como falou o Apóstolo Paulo (Col 1,24). E com ele, repitamos: “quem nos separará de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, os perigos, a espada?” ( Rm 8,35)
 
Jesus, nos deu a vida não pelo vigor de Sua humanidade, mas pelo vigor de Sua divindade.
 
A onipotência divina tem um rosto e um nome: Jesus, e Se revela no Amor que ama até o fim.
 
A onipotência divina Se revela na impotência da humanidade crucificada por Amor de nós, para nos redimir, reconciliar com Deus e nos tirar da mansão dos mortos, do abismo do pecado, da escuridão, do desamor... Ó Suprema e Divina Santíssima Trindade!
 
Glorifiquemos a Deus por mulheres tão sábias, que nos comunicam as maravilhas das delícias divinas, ontem, hoje e sempre.
 


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