terça-feira, 29 de outubro de 2024

Vocacionados para as Bem-Aventuranças

                                                               

Vocacionados para as Bem-Aventuranças

As Bem-Aventuranças estão no coração da pregação de Jesus, e o seu anúncio retorna às promessas feitas ao povo eleito, desde Abraão.

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino dos céus.

Bem-aventurados sereis, quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal de vós. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos céus a vossa recompensa” (Mt 5, 3-12).

Elas retratam o rosto de Jesus Cristo, descrevendo Sua caridade e exprimindo a vocação dos fiéis, associados à glória da Sua paixão e Ressurreição; definem os atos e atitudes características da vida cristã.

São as promessas paradoxais que sustentam a esperança no meio das tribulações; anunciam aos discípulos as bênçãos e recompensas já obscuramente adquiridas; já estão inauguradas na vida da Virgem Maria e de todos os santos.

Elas respondem ao desejo natural de felicidade, que por sua vez, é de origem divina.

Como falou o Bispo Santo Agostinho:

- “Todos nós, sem dúvida, queremos viver felizes, e não há entre os homens quem não dê o seu assentimento a esta afirmação, mesmo antes de ela ser plenamente enunciada”.

- “Como é então, Senhor, que eu Te procuro? De facto, quando Te procuro, ó meu Deus, é a vida feliz que eu procuro. Faz com que Te procure, para que a minha alma viva! Porque tal como o meu corpo vive da minha alma, assim a minha alma vive de Ti”.

E também afirmou Santo Tomás de Aquino: 

“Só Deus sacia'.

Sobre a Bem-Aventurança “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus”, disse Santo Agostinho:

“Lá, descansaremos e veremos: veremos e amaremos; amaremos e louvaremos. Eis o que acontecerá no fim sem fim. E que outro fim temos nós, sendo chegar ao Reino que não tem fim?”

As Bem-Aventuranças nos ensinam qual o fim último a que Deus nos chama: o Reino, a visão de Deus, a participação na natureza divina, a vida eterna, a filiação, o repouso em Deus.

E os caminhos que conduzem ao Reino dos céus são: o Decálogo, o Sermão da Montanha e a catequese apostólica, pois, por eles avançamos, passo a passo, pelos atos de cada dia, amparados pela graça do Espírito Santo; fecundados pela Palavra de Cristo, pouco a pouco, damos frutos na Igreja para a glória de Deus.

Fonte: Catecismo da Igreja Católica – parágrafos números 1716-1729

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG