Quaresma: a prática da misericórdia nos faz fraternos
Reflexão sobre a passagem do Evangelho sobre o julgamento final, ao qual seremos todos submetidos (Mt 25,31-46).
A Palavra proclamada, escutada, acolhida, meditada e vivida, nos propõe e nos inspira a um balanço de nossa vida cristã, na vigilante expectativa da última vinda do Senhor, servindo-O na alegria, fazendo frutificar o amor que vence no dia do juízo final.
Jesus nos fala do juízo final, nos revela qual será o fim daqueles que se mantiveram ou não vigilantes e preparados para a Sua vinda vitoriosa “... para que Deus seja tudo em todos)” (1Cor 15,28).
Lembremo-nos do contexto da comunidade de Mateus, que é de desinteresse, instalação, acomodação, rotina. É preciso despertá-la para uma atitude vigilante e comprometida na espera do Senhor que vem. Vigilância para o juízo final.
O critério de julgamento será o amor ou a indiferença vivida para com os pobres (famintos, sedentos, doentes, presos, estrangeiros, nus). Somente o amor concreto e a solidariedade ativa nos credenciam para a eternidade.
Somente o amor na simplicidade e na gratuidade nos eterniza. Quem vive a misericórdia, o amor, a solidariedade ativa não tem motivo para temer o julgamento final (Tg 2,12-13).
Os discípulos têm que amar Cristo e viver como Ele. Deus não quer condenar ninguém. A autoexclusão de Seu amor está em nossas mãos. Não há lugar para egoísmo e indiferença na construção do Reino de Deus, como Jesus nos falou através de diversas Parábolas.
Cabe a nós, como discípulos missionários, edificá-lo na história através do amor concreto, em solidariedade ativa até que Ele venha e instaure o Reino definitivo, na realização da Parusia.
Jesus também reconhece que existe um cristianismo autêntico mesmo fora da Igreja visível, e que aqueles que não O conheceram mediante o Evangelho, nem por isto ficam isentos do Mandamento do Amor, que se estende a toda a humanidade, nem da sua manifestação na solidariedade ativa.
Reflitamos:
- Como vivemos o amor e a solidariedade ativa?
- O que fazemos para que o Reino de Deus deixe de ser uma imagem e seja, de fato, o Reino do amor, da verdade, da graça, da liberdade, da santidade e da vida?
- Fazemos da religião um ópio que nos anestesia, nos entorpece ou ela é, de fato, a expressão e o revigoramento de nosso compromisso com os empobrecidos, na verdadeira adoração a Deus?
Vivendo a Quaresma, mais configurados a Jesus Cristo no Mistério de Sua Paixão e Morte, contemplemos a Cruz de nosso Senhor: O Seu trono.
Contemplemos Sua coroa, a coroa de espinhos dada pelos homens, a Coroa da Glória dada pelo Pai.
Fixemos nosso pensamento e abramos nosso coração ao Seu Novo Mandamento, o Mandamento do Amor.
A Sua Lei seja a nossa Lei: o amor, vivenciado na mais bela página das Bem-Aventuranças. Que ela seja nosso programa de vida para que um dia também participemos do Reino definitivo, quando Ele vier em Sua glória.
Sejamos armados em Seu exército com a arma do amor.
Testemunhando nossa fé,
damos corpo e conteúdo à caridade no coração inflamada,
e somos movidos pela fé na Ressurreição.
A solidariedade, a fraternidade, o amor à vida,
a paixão pelo Reino nos consome,
e nos sentimos fascinados por Sua Palavra,
em nosso pregar e viver,
e somos movidos pela fé na Ressurreição.
A solidariedade, a fraternidade, o amor à vida,
a paixão pelo Reino nos consome,
e nos sentimos fascinados por Sua Palavra,
em nosso pregar e viver,
provocando o mesmo fascínio
naqueles que nos ouvem.
naqueles que nos ouvem.
PS: Oportuno para reflexão sobre a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 25,31-46)
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