segunda-feira, 11 de março de 2024

Torpedos


“Torpedos”

Quantos torpedos já foram lançados para destruição e morte?

Quanto já se torpedeou com projéteis, mísseis com poderes avassaladores? 

Entretanto, a linguagem do mundo moderno nos possibilita rever o conceito de torpedo, não mais como rapidez de ataques destruidores, mas para a urgência de se gerar vida e alegria, levando às pessoas luz e amor. 

Nos celulares, como torpedos, mensagens/WhatsApp são multiplicados, e a cada instante na tela aparece algo comunicando... 

Que o leitor reflita comigo quais são os “torpedos” que devemos lançar para construirmos laços indestrutíveis de comunhão, vida, fraternidade. 

Torpedeemos mísseis e projéteis para algumas destruições necessárias, não mais contra navios, povos e cidades, multiplicando vítimas inocentes, 

Mas para desmoronamentos mais que desejáveis: Montanhas do egoísmo, individualismo que possa existir dentro de cada um de nós. 

Enviemos mensagens que, como torpedos, terão efeito avassalador,

Deixando apenas ruínas dos cumes destruídos da maldade e desumanidade. 

Enviemos incansavelmente mensagens de boa nova, que farão desmoronar tronos da arrogância que submergem, paradoxalmente, no mar da mediocridade. 

Enviemos mensagens de paz, quando os números apontam sinais de violência, mensagens de amor e esperança que brotam de nossa fecunda fé. 

Enviemos mensagens, tantas quantas possamos, com palavras que edifiquem o outro, que devolvam a alegria de viver, sonhar, correr, lutar, amar, sem ao mal se render. 

Enviemos mensagens numa troca recíproca de palavras que nos faça mais humanos, que nos faça mais de Deus semelhança e imagem, que nos divinize. 

Enviemos mensagens como arautos a tantos sedentos de uma palavra iluminadora, mas que também por ela nos deixemos conduzir e iluminar. 

De nada adianta enviar para o mundo todo mensagens de conversão, se esta não for buscada antes dentro de cada um que a envia. 

De nada adianta enviar mensagens de perdão, se insistirmos em regar e cultivar o ódio, a indiferença, o rancor. 

De nada adianta enviar mensagens de partilha e solidariedade, se não soubermos dar ouvidos ao coração, abrindo a mão com generosidade. 

De nada adianta enviar mensagens de pureza e paz, se não nos purificarmos de pensamentos que a maculem e a violem. 

De nada adianta enviar mensagens, se dentro de nós não destruirmos o que for preciso; se não iluminarmos nossa alma com mensagens positivas. 

Torpedos a lançar para destruir o que rouba a beleza da vida, “torpedos” a enviar tornando a vida bela e edificante. 

Há muito a que se “torpedear” para que morra sem ressurreição, mas há torpedos a enviar com o germe de glorificação e Ressurreição. 

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG