segunda-feira, 25 de março de 2024

A Dimensão Social da Evangelização (Evangelii Gaudium - Capítulo IV) - (parte I)


A Dimensão Social da Evangelização  
(Evangelii Gaudium - Capítulo IV)

Evangelizar é tornar o Reino de Deus presente no mundo: não se pode deixar de lado a dimensão social, para não desfigurar o sentido autêntico e integral da missão evangelizadora (n.176)

O querigma possui um conteúdo inevitavelmente social: no próprio coração do Evangelho, aparece a vida comunitária e o compromisso com os outros: Confissão da fé e compromisso social na prática da caridade. (n.177)

O próprio Mistério da Trindade nos recorda que somos criados à imagem desta comunhão divina, logo, não podemos nos salvar sozinhos. A partir do coração do Evangelho, vemos a conexão íntima entre evangelização e promoção humana, que se deve, necessariamente, exprimir e desenvolver em toda a ação evangelizadora (pela palavra, atitude e ações) (n.178; n.258)

É perigoso e prejudicial o habituar-se, que nos leva a perder a maravilha, a fascinação, o entusiasmo de viver o Evangelho da fraternidade e da justiça. A Palavra de Deus ensina que, no irmão, está o prolongamento permanente da Encarnação para cada um de nós: “Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes” (Mt 25, 40) (n.179)

A Igreja é missionária por natureza, logo a caridade efetiva para com o próximo, a necessidade da compaixão que compreende, assiste e promove. Na medida em que Jesus reinar entre nós, a vida social será um espaço de fraternidade, de justiça, de paz, de dignidade para todos. Por isso, tanto o anúncio como a experiência cristã, tendem a provocar consequências sociais. (n.180)

O mandato de caridade de Jesus alcança todas as dimensões da existência, todas as pessoas, todos os ambientes da convivência e todos os povos. Nada do humano pode lhe parecer estranho». (DAP n.380) (n.178)

A verdadeira esperança cristã, que procura o Reino escatológico, gera sempre história.
A conversão cristã exige rever especialmente tudo o que diz respeito à ordem social e consecução do bem comum. (n.182)

Não se pode relegar a religião à intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem se preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem se pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos. (n.183)

Pensamento social da Igreja: todos os cristãos, incluindo os Pastores, são chamados a preocupar-se com a construção dum mundo melhor. É disto mesmo que se trata, pois, o pensamento social da Igreja...” O Compêndio da Doutrina Social da Igreja é um instrumento muito apropriado para ser usado, estudado. (n.184)

Grandes questões fundamentais neste momento da história: a inclusão social dos pobres; a questão da paz e do diálogo social. (n.185)

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG