“Sede Santos, porque Eu Sou
Santo!”
Santos são homens e mulheres que se empenharam em viver em
perfeita união com Jesus Cristo na plena fidelidade à prática de Seus
ensinamentos com a força e a graça do Espírito Santo, num mergulho confiante no
Amor da Santíssima Trindade, Deus Uno e Trino.
Eles tudo fizeram para viver por causa de Jesus Cristo e do Seu
Evangelho, anunciando e testemunhando esta adesão, mesmo nas mais terríveis
adversidades, passando até mesmo pelo ápice da morte com o martírio, o derramamento
do sangue e a recompensa da coroa da glória receberam.
São aqueles que não somente tiveram a Bíblia em mãos, mas a
entranharam nas fibras mais profundas do coração, para que esta pautasse suas
vidas: pensamentos, palavras e ações numa perfeita coerência e harmonia entre o
que se lê, crê e se vive.
Foram pessoas que, envolvidas pela ternura divina, viveram a fé
com dedicação, firmeza, gosto, intensidade, paciência, alegria, coragem,
ousadia, profecia; que viveram as virtudes teologais da fé e da caridade;
também com o leme das virtudes cardiais da prudência, da justiça, da fortaleza
e da temperança.
Foram sinais da misericórdia divina na prática das obras de
misericórdia corporais e espirituais, ainda que não soubessem mencioná-las, mas
mesmo sem o saber, a viveram, transformaram o cinza da existência em cores que expressam a beleza e a sacralidade da
vida.
São nossos intercessores junto ao Senhor, o Santo dos Santos, que
reina em todo o Universo e em nosso coração, são para nós modelos de vida,
porque seus exemplos nos revelam belos ensinamentos na fidelidade a Jesus, a
fim de que não nos percamos na fidelidade ao Caminho (Jesus).
Ainda que representados em imagens, pinturas, não o são para que
sejam adorados, pois tão somente a Deus devemos adorar em Espírito e Verdade.
Se os temos e os vemos e os tocamos, é para que nosso olhar transcenda o
palpável e nos redirecione para o olhar da eternidade, onde verdadeiramente se
encontram, e com eles, no combate da fé também podemos contar.
Santos e Santas são aqueles que buscaram a verdadeira felicidade
na prática das Bem-Aventuranças: foram pobres, aflitos, mansos, justos,
misericordiosos, puros de coração, defensores da justiça, promotores da
verdadeira Paz e tiveram maturidade nas adversidades, provações e perseguições
por causa de Jesus e da Boa-Nova do Reino por Ele inaugurado.
São aqueles que sabiam por quem foram criados, Deus. Bem como
sabiam o para quê e o destino último a alcançar: a eternidade.
Sabiam que de Deus vieram,
n’Ele se moveram e esperavam o que todos esperamos, a volta para Deus e a
contemplação da Luz Eterna nos céus.
Muitos, as vestes no Sangue do Cordeiro lavaram e purificaram e
hoje cantam e louvam diante do Senhor que está sentado, glorioso, vitorioso,
exaltado (cf. Ap 22); Aquele Nome que está acima de todos os nomes e diante do
qual todos os joelhos no céu e na terra se dobram e proclamam como nos falou o
Apóstolo Paulo – “Por isso Deus
soberanamente o elevou e Lhe conferiu o nome que está acima de todo nome, nos
céus, sobre terra e sob a terra, e que
toda língua proclame que o Senhor é Jesus Cristo para a glória de Deus Pai”
(Fl 2,10-11)
Vivamos uma devoção aos Santos
agradável, como a Igreja nos ensina, procurando viver os ensinamentos e
exemplos que nos deram; escrevendo cada linha da história com a tinta do
Espírito, a tinta indelével do amor, assim como eles o fizeram.
Devoção aos Santos assim, somente nos fará mais fiéis a Jesus,
contando com a indispensável presença e ação do Espírito, na fidelidade ao Pai.
Amém.
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