O Senhor nos chama e nos envia em missão
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Lucas (Lc 6,12-19), em que Jesus escolhe os doze apóstolos depois uma noite toda em oração.
Vejamos o que nos diz o Comentário do Missal Cotidiano:
“Uma coisa é certa: Cristo é um amor que acende o fogo na terra. Se a fé é um movimento secreto e oculto que se liga ao primeiro Pentecostes, é também uma luz para os homens e os filósofos.
O cristão, por seu amor a Cristo e aos irmãos, é chamado a tornar-se um inegável fermento de fraternidade, comunhão e participação para toda a humanidade”.
O cristão, por seu amor a Cristo e aos irmãos, é chamado a tornar-se um inegável fermento de fraternidade, comunhão e participação para toda a humanidade”.
Deus, por meio de Seu Filho, escolheu a quem Ele bem quis: chama-nos pelo nome, confia-nos uma missão. Jamais pelos nossos méritos, pelo contrário, até mesmo porque não temos nenhum.
Ele não nos chama por sermos perfeitos, paradoxalmente, chama-nos até por causa da ausência de nossa perfeição, e assim manifesta Sua misericórdia e Seu ardente poder transformador.
É próprio do Amor de Deus nos amar para nos fazer melhores, mais conforme à Sua imagem. Deste modo é preciso:
- sentirmo-nos enraizados em Cristo Jesus, e também n’Ele edificados, apoiando-nos na fé que nos foi ensinada, transmitida, como uma pequena e maravilhosa semente no coração plantada, para frutos abundantes produzir;
- participar, colaborar, continuar a Missão do Divino Redentor, contando com Sua presença, força e o Espírito Santo, em total fidelidade ao Pai;
- sonhar e se comprometer com um mundo novo, sem miséria, violência, injustiça, impunidade, discriminação; sem a vida ser diminuída pela perda da dignidade e sacralidade, como bem a Igreja nos ensina, desde a concepção até o seu mais belo e inevitável declínio natural de todos nós;
- contar com a Divina Força da Palavra e da Eucaristia, que nos revigora, ilumina, impulsiona, horizontes novos nos possibilita;
- sentir o “Fogo do Amor” de Cristo aceso em nosso coração;
- contemplar o Fogo de Pentecostes vindo sempre ao nosso encontro, irradiando a chama ardente da caridade, para que reiniciemos sempre um novo caminho de diálogo, comunhão, amor e serviço em incansável participação na construção do Reino de Deus;
- poder fermentar com palavras e ações um novo tempo, deixando-nos transformar pela Boa Nova do Reino de Deus;
Como é maravilhoso ser uma Igreja que rejuvenesce com a Santa Palavra, confiante na presença do Senhor que acendeu em nós fogo do Seu amor, com o envio do Seu Espírito, junto do Pai!
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