segunda-feira, 21 de outubro de 2024

A consolação divina

                                                          

A consolação divina

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação” (2 Cor 1,3)

Jesus assim nos falou no Sermão da Montanha ao nos apresentar a terceira Bem-aventurança: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados” (Mt 5, 5).

Esta Bem-Aventurança nos remete ao Apóstolo Paulo (2 Cor 1,1-7), na qual ele nos fala de Deus como “o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação” (2 Cor 1,3).

Acompanhado de uma bênção, o Apóstolo agradece a Deus que “gratifica com as Suas consolações àqueles que estão aflitos por causa do Evangelho, para que eles sejam por sua vez anunciadores da consolação” (vv.3-7). (1)

Em poucos versículos menciona nada menos do que dez vezes a palavra “consolação”. Esta consolação consiste na “libertação interior” diante da dor, com a certeza da presença do Pai de misericórdia que sustenta a quem sofre, e assim “o sofrimento é embebido de amor e serenidade”. (2)

O Apóstolo tendo experimentado a misericórdia e bondade divinas, aprendeu a ser também instrumento destas para com seus irmãos: “Paulo agradece a Deus não só porque foi consolado, mas porque agora sabe como consolar”. (3)

Da mesma forma, como discípulos missionários do Senhor, haveremos de comunicar aos outros a experiência de amor vivida em relação ao próximo: “A experiência é convincente, porque transmite alguma coisa de vivo, de pessoal”. (4)

Deste modo, suportar com maturidade e confiança o sofrimento com Cristo, permite que aprofundemos a solidariedade e alcancemos a promessa da consolação que nosso Senhor fez, e sejamos bem-aventurados.

Ressoe também o Salmo 33, com seu refrão que, por vezes, retomamos na Celebração da Ceia Eucarística, ao apresentar o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo: “Provai e vede quão suave é o Senhor!”.


(1) Lecionário Comentado – Tempo Comum – volume I – Editora  Paulus – Lisboa – p.479
(2) (3) (4) Missal Cotidiano – Ed Paulus – p.874 

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